Com o Governo em total desagregação, fruto da sua incompetência politica e incapacidade de perceber que a economia reage mal a receitas ultra-liberais, são agora os empresários a fazerem xeque-mate ao Governo.
Passos e Relvas, já só têm uma nesga de solução: assumir que perderam o País, erraram e que perderam a razão. Em todo o caso, daqui para a frente nada será como dantes: restam-nos 3 anos de degradação política...
A notícia:
Só há uma forma de ultrapassar a crise política: o Governo deve admitir que errou e recuar na questão da TSU.
Apesar da recessão, apesar da crise política que inesperadamente rebentou no seio da coligação governamental, apesar das dúvidas sobre o que fazer ou que caminho seguir, o cenário de eleições antecipadas é, para os empresários portugueses, o pior de todos os cenários - aquele que, a todo o custo, é preciso evitar. Sem excepção, a totalidade do painel de empresários ouvidos pelo Diário Económico foi unânime neste ponto. E os epítetos para caracterizar eventuais eleições antecipadas foram para todos os gostos: "ridículo", "mau demais para ser verdade", o pior que nos poderia acontecer", "um absurdo".
Por dois motivos: em primeiro lugar porque iria fragilizar a posição de Portugal face aos seus credores internacionais, lançando o país numa espiral que faria o país aproximar-se perigosamente da Grécia - como recordou Armindo Monteiro, CEO da Compta. Diogo Vaz Guedes, CEO da Aquapura, também enfatizou o mesmo ponto: "Eleições antecipadas seriam gravíssimas, com consequências terríveis a nível internacional". Em segundo lugar porque colocaria em causa muitos meses de sacrifício generalizado e mais ou menos equitativamente repartido entre todos.
A solução - e novamente os empresários responderam de forma unânime - é só uma: o Governo deve assumir que houve um erro de avaliação e recuar. Principalmente no que tem a ver com o que está previsto ser inscrito no texto da Lei do Orçamento do Estado para 2013 relativamente à Taxa Social Única (TSU): uma redução para as empresas e um aumento para os trabalhadores.