Mantemo-nos em NÍVEL CRÍTICO e em NÍVEL de auto-confinamento geral
De momento, o ponto de situação é o seguinte:
O aumento do número de óbitos, depois de 17/3/2020, face à média dos anos de 2009/19 (período de retorno de 11 anos - com os dados de janeiro já do período de 2009-20) são já mais de 25.000 mortos e os óbitos não-COVID, equivalem a 39%, do total do aumento.
Nota: Por ano o numero de óbitos em Portugal ronda os 112.000 - temos portanto um aumento de óbitos em 2020, de cerca de 15% (Em 2020, foram cerca de 123.000, fruto direto e indireto desta pandemia)
No último mês de Dezembro, praticamente todos (92%) do aumento dos óbitos - face à média do período 2009-19, deveu-se à doença COVID.
No entanto, em Novembro, o aumento de óbitos médio diário foi de 91 e os que faleceram por COVID - 67, foram responsáveis por 73% desse aumento - e não como o site do INE noticiou de 93%, pois eles analisaram apenas os últimos 5 anos (2015-19), e apenas entre 2/11 e 29/11. Este período de retorno, mais longo, permite aferir melhor a discrepância dos números de óbitos do presente ano, face a um período com mais acontecimentos - incluindo os valores da última pandemia de 2009-10 e mais surtos gripais.
Em outubro, o mês do início da segunda vaga, o numero de óbitos COVID era responsável por apenas 36% desse aumento. Fora COVID, em outubro morriam diariamente +31 pessoas e em novembro +25 pessoas.
Neste mês de janeiro de 2021, o peso dos mortos COVID, é de 71% - próximo dos valores do mês de pico de desenvolvimento da segunda vaga (Novembro).
<Atualização de 15/2/2021>
(predição até 19/2/2021)
NÍVEL CRÍTICO,(>3000 casos/dia), atingido a partir de 27/10/2020.
NÍVEL de auto-confinamento, (>30 óbitos/dia), para idosos (>80 anos), atingido a partir de 30/10/2020.
NíVEL de auto-confinamento geral, (>90 óbitos/dia e >25% óbitos COVID/nºóbitos geral), atingido a partir de 19/1/2021.
A SEGUNDA VAGA
Podemos observar que os 3000 casos, para período de retorno de 7 dias, atingiu o NÍVEL CRÍTICO, a partir de 27/10/2020.
Desde 2/12 que o numero médio de novos infetados (no período de retorno de 7 dias), baixou dos 4000, tendo descido consistentemente desde 15/11 até 28/12.
O fim da segunda vaga deu-se assim por volta dos dias 27-28/12, datas em que baixou dos 3000 casos, tendo durante esses dois dias deixado de estar no NÍVEL CRÍTICO.
Podemos assim afirmar que a segunda vaga, durou entre 27 de outubro e 26 de dezembro (2 meses), tendo tido o seu pico entre 13 e 15 de novembro - média entre os 5952 e os 5988 casos (para o período de retorno de 7 dias).
A TERCEIRA VAGA
A terceira vaga começou no final de dezembro (27-28/12) e de uma forma bastante mais forte do que a segunda vaga.
O pico desta vaga deu-se (para uma média móvel de 7 dias) no dia 28 de janeiro - um mês depois do seu início, tendo atingido 12891 casos/dia (mais do dobro do pico da segunda vaga - 115%) e atingido 4,4X o valor de base, que havia sido de 2922 casos/dia - valor médio mais baixo a 27-28 de dezembro.
Assim, enquanto a segunda vaga demorou cerca de 6 semanas a crescer, a terceira levou apenas 4 semanas e o o valor máximo da segunda vaga foi de 7,5X o valor base, que havia sido de 795 casos/dia (a 6/10/2020) e a terceira 4,4X o valor base.
O crescimento da terceira vaga foi assim mais rápida, mas cresceu menos - face ao valor base (4,4 vezes contra 7,5 vezes). Prevê-se que o fim da terceira vaga se dará no dia 13/2, tendo demorado apenas 16 dias a voltar ao ponto de partida, enquanto a segunda demorou 42 dias, sendo assim esta terceira vaga muito mais rápida a descer.
AS MORTES
A nível de óbitos, o NÍVEL de auto-confinamento, para os idosos com mais de 80 anos (grupo etário nos quais encontramos 2/3 dos óbitos por COVID19, desde o início da pandemia), situado nos 30 óbitos, foi atingido a 30/10/2020 e desde então nunca voltou a esse nível.
Esta cifra esteve estabilizada durante cerca de 10 semanas a partir de 13/11, entre os 70 e 90 óbitos, tendo-se observado o pico de óbitos, em média móvel de 5 dias, nos dias 15 e 16 de dezembro, com 91 óbitos, tendo descido até 28 de dezembro, onde se atingiu o mínimo de 67 óbitos.
O NíVEL de auto-confinamento geral, que se atingiria com 90 óbitos diários COVID e 25% dos óbitos COVID em relação ao nº de óbitos geral, para período de retorno de 7 dias, não foi assim atingido durante a segunda vaga.
FOI JÁ ATINGIDO - a 19 de janeiro, o NíVEL de auto-confinamento geral, com >90 mortos diários por COVID (a média móvel de 7 dias, está hoje nos 151) e com >25% de óbitos COVID na mortalidade geral (está hoje nos 28%), tendo atingido o seu máximo a 1/2/2021 (com cerca de 45%).
O pico dos óbitos, foi atingido no dia 1 de fevereiro - com 291 (em média móvel de 7 dias), equivalente a 223% do pico da segunda vaga, ou seja mais do TRIPLO.
OU SEJA
Há de facto, um risco real de morte, face à possível infeção, internamento, pela nova doença, pelo que a única forma é as pessoas se recolherem e evitarem interação social o mais possível - DESDE 19 DE JANEIRO, especialmente os dos grupos de risco - com idades iguais ou superiores a 50 anos - onde estão 98,8% dos óbitos COVID!
OS INTERNAMENTOS
O nível máximo de internamento (enfermaria e unidade de cuidados intensivos), na segunda vaga foi atingido a 30/11, com 3867 e tem estado desde esse dia à volta dos 5% dos casos ativos - HOJE: 5,46%, face ao nº total de casos ativos - com variações desde o mínimo de 4,00% de 9/1 e os 5,47% a 15/12.
O valor máximo de internamentos NA TERCEIRA VAGA, foi atingido no dia 1 de fevereiro, com 7734, MAIS 100% que o pico da segunda vaga, ou seja tendo atingido o dobro que a anterior vaga.
ANTERIORES ESTIMATIVAS, EM https://vamosporaqui.blogspot.com/2020/10/metricas-de-risco-covid19.html e https://vamosporaqui.blogspot.com/2020/12/metricas-de-risco-pandemico-atualizadas.html