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10.12.20

Terceira vaga -(atualização de 13 de janeiro)- métricas de risco pandémico atualizadas

De momento, o ponto de situação é o seguinte:


O aumento do número de óbitos, depois de 17/3/2020, face à média dos anos de 2009/19 (período de retorno de 11 anos - com os dados de janeiro já do período de 2009-20) são já quase 17.000 mortos e os óbitos fora os de COVID, equivalem a + de 51%, do total do aumento. 

Nota: Por ano o numero de óbitos em Portugal ronda os 112.000 - temos portanto um aumento de óbitos em 2020, de cerca de 15% (Em 2020, foram cerca de 123.000, fruto direto e indireto desta pandemia)


No último mês de Dezembro, praticamente todos (98%) do aumento dos óbitos - face à média do período 2009-19, deveu-se à doença COVID.

No entanto, em Novembro, o aumento de óbitos médio diário foi de 91 e os que faleceram por COVID - 67, foram responsáveis por 73% desse aumento - e não como o site do INE noticiou de 93%, pois eles analisaram apenas os últimos 5 anos (2015-19), e apenas entre 2/11 e 29/11. Este período de retorno, mais longo, permite aferir melhor a discrepância dos números de óbitos do presente ano, face a um período com mais acontecimentos - incluindo os valores da última pandemia de 2009-10 e mais surtos gripais. 

Em outubro, o mês do início da segunda vaga, o numero de óbitos COVID era responsável por apenas 36% desse aumento. Fora COVID, em outubro morriam diariamente +31 pessoas e em novembro +25 pessoas.

<Atualização de 13/1/2021> 
(previsão até 15/1/2021)

A SEGUNDA VAGA
Podemos observar que os 3000 casos, para período de retorno de 7 dias, atingiu NÍVEL CRÍTICOa partir de 27/10/2020.

Desde 2/12 que o numero médio de novos infetados (no período de retorno de 7 dias), baixou dos 4000, tendo descido consistentemente desde 15/11 até 28/12.

O fim da segunda vaga deu-se assim por volta dos dias 27-28/12, datas em que baixou dos 3000 casos, tendo durante esses dois dias deixado de estar no nível CRÍTICO.

Podemos assim afirmar que a segunda vaga, durou entre 27 de outubro e 26 de dezembro (2 meses), tendo tido o seu pico entre 13 e 15 de novembro - média entre os 5952 e os 5988 casos (para o período de retorno de 7 dias).


A TERCEIRA VAGA

A terceira vaga terá começado nos últimos dias de dezembro e de uma forma bastante mais incremental (forte) do que a segunda vaga - basta olhar para a inclinação da curva de tendência, nos pontos de início de cada uma do seu aumento, prevendo-se o pico tenha sido atingido hoje, dia 13 de janeiro com uma média móvel (de 7 dias), estabilizada por volta dos 8600 casos/dia (+44% do que o pico da segunda vaga).

AS MORTES

A nível de óbitos, o NÍVEL de auto-confinamento, para os idosos com mais de 80 anos (grupo etário nos quais encontramos 2/3 dos óbitos por COVID19, desde o início da pandemia), situado nos 30 óbitos, foi atingido a 30/10/2020 e desde então nunca voltou a esse nível.

Esta cifra esteve estabilizada durante cerca de 10 semanas a partir de 13/11, entre os 70 e 90 óbitos, tendo-se observado o pico de óbitos, em média móvel de 5 dias, nos dias 15 e 16 de dezembro, com 91 óbitos, tendo descido até 28 de dezembro, onde se atingiu o mínimo de 67m óbitos.

O NíVEL de auto-confinamento geral, que se atingiria com 90 óbitos diários COVID e 25% dos óbitos COVID em relação ao nº de óbitos geral, para período de retorno de 5 dias, não foi assim atingido durante a segunda vaga.

Os valores médios dos últimos 5 dias rondam atualmente os 21% de óbitos COVID, entre o total de óbitos.

Prevê-se que o numero de 150 óbitos, em média móvel de 5 dias, possa ser atingida a 15 de janeiro, e os 200 a 19 de janeiro.

Não atingimos AINDA, o NíVEL de auto-confinamento geral, mas podemos estar próximo do atingir - dentro de cerca de uma semana.


OS INTERNAMENTOS

O nível máximo de internamento (enfermaria e unidade de cuidados intensivos), NA SEGUNDA VAGA foi atingido a 30/11, com 3867 e tem estado desde esse dia à volta dos 5% - HOJE: 4,16%, face ao nº total de casos ativos - com variações desde o mínimo de 4,00% de 9/1 e os 5,47% a 15/12.

O valor máximo de internamentos NA TERCEIRA VAGA, é o de hoje, com 4836 (+25% que o pico da segunda vaga).


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A nível de óbitos:
- ACIMA de 80 anos = 67,3%
- Entre 70 e 79 anos = 20,5%
- Menores de 70 anos = 12,2%