O que o comunicado não diz é que o essencial da Floresta que ardeu não devia lá estar, pois era constituída por pinheiros Bravos e por Eucaliptos, numa região onde deviam estar sobreiros, azinheiras, carvalhos e árvores de fruto.
As medidas que os autarcas deveriam exigir eram compensações para conseguirem reduzir todos os anos, de forma significativa, a área ocupada pelas duas especiais que alimentam os fogos em Portugal e a sua substituição pelas especiais autóctones. Como a título de exemplo, as já mencionadas.
O que o comunicado dos nossos autarcas não diz, é que deveria haver um perímetro de pelo menos 500 metros - como existe para as pecuárias, de exclusão da existência de floresta de pinheiros e eucaliptos, à volta de todas as aldeias, de forma a que as casas, os bens e as árvores de fruto, que deviam estar nesse perímetro não ardessem.
Por último, o que este comunicado não diz, é que a atuação das entidades do Estado, ao longo de décadas, ao invés de protegerem as pessoas, as suas vidas e os seus bens, tem trabalhado para proteger os interesses da fileira do negócio das celuloses.
O que os nossos autarcas não fazem, com este comunicado, é representar o interesse público e o povo que os elegeu.