1º Luxemburgo - 2.071,07€ (aumenta 3,62% face a 2018)
2º Irlanda - 1.613,95€ (aumenta 2%)
3º França - 1.598,50€ (aumenta 6,75)
4º Holanda - 1.578,00€ (aumenta 2,7%)
5º Bélgica - 1.562,60€ (aumenta 0,2%)
6º Alemanha - 1.497,80€ (desde que foi criado em 2015)
7º Inglaterra - 1.462,60€ (aumenta 3,5%)
8º Itália - 1.000,00€ (é o valor mínimo praticado, mas não existe na lei)
9º Espanha - 900,00€ (aumenta 22%)
10º Eslovénia - 842,80€ (aumenta 4,7%)
...
12º - Portugal - 600,00€ (aumenta 3,4%)
Principais países Europeus para os quais exportamos (% das exportações totais)
1º Espanha - 17.814,3 x 10^6€ (20,9%)
2º França - 10.869,4 x 10^6€ (12,7%)
3º Alemanha - 9.162,7 x 10^6€ (10,7%)
4º Inglaterra - 8.136,1 x 10^6€ (9,5%)
5º Holanda - 3.431,7 x 10^6€ (4,0%)6º Itália - 2.679,0 x 10^6€ (3,1%) ---- total do peso destes países (60,9%)
Salário médio para as "exportações", considerados os pesos relativos dos principais paises europeus para os quais exportamos, com os salários mínimos praticados nos mesmos = 1.288€
Concluí-se assim que o salário mínimo em Portugal será em 2019 de menos de metade (46,6%) do salário médio dos países para os quais exportamos mais de 60% dos nossos bens e serviços.
Uma conclusão que se poderia tirar seria a de que sendo o TRABALHO um dos clássicos fatores de produção - de bens e serviços, qualquer substancial aumento deste teria um impacto não dispiciendo na "capacidade" de exportação, pelo menos para estes seis mercados principais da Europa, para onde exportamos mais de 60% dos bens e serviços (aqui se incluindo a cada vez mais significativa economia do Turismo).
No entanto deveremos considerar uma outra avaliação, que nos leve a refletir da capacidade de "fixar" trabalhadores, mesmo que indiferenciados - e é isso que o salário mínimo reflete em cada país: a remuneração mínima para indiferenciados.
Com tal nível de diferença, quer em relação à média ponderada produzida, quer em relação a Espanha - com maior proximidade física, que é em Portugal de apenas 67%, ou em relação à França/Alemanha/Inglaterra, que é de 40% ou menos, não parece ser plausível de conseguir "reter" em Portugal, mesmo os menos qualificados.
Fonte: Pordata, atualizado a 15/6/2018 |
E isso, meus caros amigos, terá consequências a médio e a longo prazo, uma vez que com a livre circulação de trabalhadores, bens e serviços, dificilmente a maioria dos Portugueses que procurem trabalho ficarão em Portugal e o êxodo irá assim aumentar.
Em resumo: assim não vamos lá!
Precisamos de uma governação com uma nova ambição e capacidade para alterar o paradigma atual.
Nota:
Nos anos de 2011 a 2017 (7 anos), emigraram de Portugal cerca de 750.000 pessoas. Tal valor bateu todos os records anteriores e temos de somar 12 anos, entre 1960 e 1971, para obtermos os mesmos 750.000 Portugueses a emigrar.
Fonte: PorData, atualizado em 30/4/2018 |
E note-se que a "sangria" não parou, uma vez que em 2017 emigraram 81.051, valor que nos anos 60 só foi ultrapassado em 1965, 66 e 67.
Só para se ter a noção da gravidade disto, o numero de nascimentos em Portugal em 2017 foi de 86.154 - valor quase igual ao daqueles que emigraram, e havia sido de 210.299 (1965), 206.940 (1966) e 202.061 (1967), ou seja cerca de 42% do que foi em média nesses três anos.
Pormenor: Vivíamos nos anos 60/70 em ditadura e com uma guerra a decorrer em três teatros de operações militares...
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Entre outros trabalhos, aconselho este