A segurança social, ou mais concretamente o sistema previdencial desta, começará a ter saldos negativos em menos de uma década e o esgotamento dos fundos algures entre 2040 e 2050, ou seja em cerca de 30 anos.
Dado que a entrada no mercado de trabalho está exatamente entre os 20 e os 30 anos de vida e, dado que o numero de filhos por mulher em Portugal é o mais baixo da Europa e um dos mais baixos do mundo, percebe-se claramente que precisamos de mais gente em Portugal e, para isso há duas formas clássicas, que podem ser concomitantes:
1 - O aumento do numero de filhos por mulher, para o qual contribuirão a melhoria das condições globais de vida, nomeadamente a estabilidade no emprego e um maior apoio às crianças e jovens, de forma a não onerar demasiado as famílias que decidam ter filhos, em detrimentos das outras que optam por não o fazer;
2 - A importação massiva de mão de obra, especialmente de casais em idade fértil, de forma a que, à força de trabalho disponível e necessária - uma vez que as taxas de desemprego são também cada vez mais baixas, sentindo-se até nalguns setores (serviços domésticos, à família e turismo, por exemplo), já havendo uma falta em amplas áreas do País, se some a existência de mais crianças e jovens nas próximas décadas, compensando assim as taxas negativas de reposição geracional das mulheres autócones.
Em todo o caso, é absolutamente necessário, para a sustentabilidade da segurança social, a existência de mais fontes de financiamento, as quais se baseiam atualmente nos contribuintes e, só o aumento destes a médio/longo prazo garante a sua sustentabilidade.
Aqueles que têm hoje 40 ou 50 anos, já só terão direito a aposentação condigna, se este problema se resolver. De preferência através de uma estratégia de curto/médio prazo.
Este deveria ser o grande desígnios de todas as políticas do País nos próximos anos: a nível central, regional e local. Se não o fizermos, ou se o fizermos o mais tarde, custará sempre demais a todos.
Este deveria ser o grande desígnios de todas as políticas do País nos próximos anos: a nível central, regional e local. Se não o fizermos, ou se o fizermos o mais tarde, custará sempre demais a todos.