Rutger Bregman, um promissor pensador holandês, escreveu em 2017 um livro intitulado "Utopia para realistas", onde retrata de forma quase exata o que se passa hoje em dia com a "dita" esquerda.
"Aquilo a que vamos assistindo é a uma mudança colossal em curso"
"(...) hoje em dia, a esquerda parece ter esquecido a arte da Política."
"Infelizmente, o socialista subserviente esqueceu-se de que a história da esquerda devia ser uma narrativa de esperança e progresso. (...) O maior pecado da esquerda universitária é ter-se tornado essencialmente aristocrática, escrevendo num jargão bizarro que torna o mais simples infinitamente complexo. Se alguém não for capaz de explicar um ideal a um miúdo de 12 anos relativamente inteligente, então a culpa não é nossa. Do que precisamos é de uma narrativa que se dirija a milhões de pessoas comuns"
Como venho escrevendo há anos, a essência do trabalho do político está na resolução de problemas concretos, de pessoas concretas, reais, que vivem no dia a dia ao nosso lado. Não em colocarem-se em pedestrais, dando ares de mais ou menos distantes "das pessoas" comuns.
Bregman, continua o seu manifesto...
"Tudo começa por reclamar a linguagem do progresso"
REFORMAS?
Queremo-las a valer. Vamos dar a volta ao sistema financeiro. Obrigar os Bancos a estabelecerem reservas maiores para não caírem com a próxima crise financeira. Se for preciso, parti-los, para que os contribuintes não arquem com a conta porque os Bancos «são demasiado grandes para falir»"
Sabiam que de 2015 a 2019 - com o Governo do PS, o Estado Português já injetou na Banca, o equivalente a 6.000 milhões de euros [17 mil milhões desde 2008], dinheiro que equivale a 0,6% do PIB (da riqueza) gerada por ano em Portugal, que dava para pagar DUAS VEZES as dívidas - a mais de 90 dias de TODO O SETOR DA SAÚDE (que tem ascendido neste ano a uma média de 800 milhões de euros).
A continuarmos neste paradigma, não vamos a lado nenhum!
A continuarmos neste paradigma, não vamos a lado nenhum!