Vimos dando nos primeiros meses deste ano, especial atenção às situações decorrentes da crise financeira internacional, que rapidamente alastrou por todo o mundo e começa agora a fazer-se sentir, de forma cada vez mais notória, também, no nosso Concelho.
Tendo uma origem bem identificada na total e absoluta irresponsabilidade da alta finança internacional, o colapso deste NEO-LIBERALISMO económico e político, tem levado à redução abrupta do consumo mundial.
Com a redução do consumo, cada vez mais empresas têm dificuldade em vender os seus produtos, e com o sucessivo aperto por parte das instituições financeiras, que renegoceiam os spreds comerciais, neste momento, já na ordem dos 15 a 20% ao ano, mais empresas têm dificuldade em se financiar para cumprir o pagamento dos salários aos trabalhadores e as contribuições ao Estado.
Apesar de estarmos, em Portugal, muito longe da situação que tínhamos há 24 anos, quando mais de meio milhão de Portugueses tinha mais de 6 meses de salários em atraso, a situação começa a ser preocupante.
Também no nosso Concelho situações em médios e grandes grupos como o Freitas Lopes, a Platex ou o João Salvador, que envolvem já perto de 700 trabalhadores, não podem deixar de nos preocupar. Especial atenção merece quando um destes grupos aponta, além da crise financeira internacional, o facto de o Município não honrar os compromissos financeiros que para com ele tem.
Especialmente agora que o tribunal de contas recusou aceitar o empréstimo para a Câmara pagar a decisão judicial de indemnizar a ParqT, em mais de 750.000€, não vai conseguir a Câmara pagar o que deve ao João Salvador ou a outra qualquer empresa.
A falência técnica da Câmara PSD é cada vez mais uma realidade, como sempre o PS disse.
O problema da crise em Tomar, não é assim de hoje, como muito bem sabemos.
A nível nacional e perante o avolumar de problemas financeiros, económicos e agora também sociais, tem o Governo dado resposta pronta, seja estendendo o subsídio social para desempregados por mais seis meses, que a título excepcional entra em funcionamento no próximo dia 1 de Abril, seja reduzindo o pagamento especial por conta e baixando o IRC às Empresas, por exemplo.
Também em inúmeros Municípios maiorias e oposições políticas confluíram para minorar os impactos sociais junto dos seus cidadãos. Em Tomar o assunto assumia especial ênfase em virtude de sucessivos anos de verdadeira RAPINA financeira feita pela Câmara aos seus cidadãos. Fosse nas taxas para a construção ou outras taxas aplicadas por exemplo para a instalação de empresas, na área do comércio, da indústria ou dos serviços. Só para se ter uma ideia um T3 em Tomar tem incorpurado em taxas para o Município, directas e indirectas, mais de 10.000 €, enquanto que em Abrantes ou Torres Novas, o valor não atinge 4.000€.
Nesse sentido, foi feito um esforço por toda a oposição para apresentar propostas que melhorassem a situação das pessoas e das empresas de Tomar. Na essência, o PSD recusou TODAS as que foram presentes pelo PS.
Recordo neste momento duas apresentadas pelo PS, e recusadas, que fazem todo o sentido.
A primeira que era a ISENÇÃO nos Transportes Urbanos de Tomar para todas as crianças até aos 10 anos e a redução de 75% nos bilhetes para os jovens até aos 18 anos e dos idosos com mais de 65, garantindo ainda a extensão da rede para a periferia da Cidade, que mais tarde os seus residentes vieram a exigir.
E, a segunda, a isenção total de taxas para investimentos do comércio local, das pequenas industrias e investimentos no turismo e a devolução de UMA HORA no Estacionamento a quem adquirisse produtos no Comércio local.
Estes exemplos, seguem na boa linha do que o Governo agora deliberou, criando uma moratória no pagamento das prestações à habitação.
Na habitação, as famílias serão auxiliadas com empréstimos para habitação própria e que tenham um dos membros do casal em situação de desemprego há mais de três meses.
Será criada, com as instituições financeiras, uma moratória nas prestações de crédito à habitação. Esta moratória poderá prolongar-se por dois anos e pode ser requerida até ao fim de 2009. Durante este período, as famílias com desempregados beneficiam de uma redução de 50% na prestação da casa. O Estado, através de uma linha de crédito específica, financiará o custo decorrente desta alteração, a uma taxa abaixo da própria Euribor em 0,5%.
Se o Governo PS defende as famílias, porque não o faz, também a Câmara PSD?
Ainda no que diz respeito ao investimento que vimos fazendo nas famílias e em Tomar, convém lembrar o Programa de Alargamento da Rede de Educação Pré-Escolar, estabelecido com municípios e instituições de solidariedade, de forma a poder garantir a TODAS as crianças com 5 anos o acesso ao PRÉ-ESCOLAR.
Com um investimento de 36 milhões de euros, 50% suportado pelos Ministérios do Trabalho e da Segurança Social e da Educação, o programa tem por base a concertação estratégica entre o governo, as autarquias e as instituições privadas de solidariedade social. 300.000€ já foram investidos em Tomar, na nova creche da Gualdim-pais, que será inaugurada no Sábado dia 28, às 15Horas pelo Ministro do Trabalho Vieira da Silva.
Com esta medida pretende-se generalizar o acesso ao ensino pré-escolar para combater as desigualdades.
Promover a justiça social é, sempre foi, o apanágio da governação socialista.
Por isso, precisamos em Tomar de mudar.
Mas já agora, só vale a pena mudar, se for mesmo para melhor.
O PS em Tomar vem demonstrando, de facto, ser a melhor solução para o nosso futuro.
Pode acreditar!
[Nota do dia, lida aos microfones da Rádio Hertz - FM98, hoje após o noticiário das 13H00, repetido no Domingo, também após o noticiário das 13H00]
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