30.11.16

Os Homens também choram

A Assembleia Municipal de Tomar, na sua última reunião realizada no passado dia 18 de novembro, aprovou por esmagadora maioria, apenas coma abstenção do PS, a moção por mim apresentada, referente ao reconhecimento da integração do apoio às vítimas de violência doméstica, no contexto das políticas municipais.


A moção levantou ainda a hipótese, a ser estudada, de se poder instalar em Tomar um “Gabinete de Apoio à Vítima”, eventualmente em parceria com a Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV), uma vez que os únicos gabinetes existentes na região centro se encontram em Santarém e em Leiria. 


 Longe vão os tempos em que o preconceito sintetizado do “entre marido e mulher, ninguém mete a colher”, numa assunção de que o que se passava no contexto da vida comum e privada entre duas pessoas, era do exclusivo foro privado, assunção jurídica cada vez mais ultrapassada, uma vez que os crimes associados à violência doméstica são hoje crimes públicos, cabendo a qualquer cidadão alertar as autoridades policiais e judiciais para o conhecimento de factos que possam desencadear a respetiva investigação, não estando apenas dependentes de queixa apresentada pela vítima.

Esta evolução da sociedade, na perceção e desenvolvimento jurídico até da sua extensão, para lá da fronteira do casal, antecipando a eventual existência de crimes de violência doméstica ao namoro e prolongando-o para depois do fim das relações e separação efetiva dos namorados ou casais, visou dar proteção jurídica aos cidadãos (mulheres e homens) que, de alguma forma, pelas relações conjuntas que vivem ou viveram, se acham ou acharam em risco – físico ou psicológico.

Cada vez mais hoje, fruto da felizmente cada vez maior presença da mulher em profissões e funções de liderança e poder na sociedade, demonstrando que o anátema de séculos da sua subjugação ao homem, por razões sociais, políticas e muitas das vezes religiosas, estava não só errado, como prejudicava a sociedade no seu todo.

Assim, a adaptação a esse novo papel da mulher, concretizado apenas em Portugal há uma geração, não foi isento do surgimento cada vez mais de violência doméstica exercida sobre os homens, mais 15% só nos últimos dois anos, segundo dados e estudos da APAV, no contexto das relações de cada vez maior desnivelamento de poder existente entre as suas companheiras e eles próprios. 

Quando falamos de poder, falamos de riqueza, de remunerações, de contextos familiares em que o papel do homem, por questões de nascimento ou profissão detida, não segue o “padrão” tradicional. Hoje são cada vez mais os casos em que é a mulher que ganha mais, que tem mais riqueza e protagonismo social, que exerce profissões “mais nobres” e isso, além da detenção natural do seu insubstituível papel na procriação, leva a que cada vez mais homens se afirmem e se queixem de violência doméstica, isto apesar da “vergonha” que têm ao fazê-lo, ainda segundo estudo realizado pela APAV.

Este fenómeno da violência das mulheres sobre os homens, essencialmente de cariz psicológico, em permanente aumento estatístico, não escamoteia a ainda preponderante existência de violência contra as mulheres, especialmente de cariz físico, com sevícias que infelizmente em muitos casos acabam por ser mortais. A violência não tem assim, cada vez mais, um único sentido e se a exercida sobre as mulheres é essencialmente física, aquela a que os homens estão sujeitos é de cariz essencialmente psicológico e de condicionamento social.

Estranha-se assim, que a bancada do PS na assembleia municipal de Tomar, não tenha com o seu voto favorável acompanhado o esforço proposto de reconhecimento desta importante matéria, também no seio do Município. Diria mesmo, como dirigente concelhio e distrital que sou desse partido, ser absolutamente lamentável que em Tomar, em pleno sec.XXI, um Partido como o PS, através dos seus autarcas, não consiga separar o trigo do joio, deixando de estar focado na árvore, vendo a floresta e dessa forma, não tenha conseguido valorizar o papel da vítima, independentemente do sexo de nascimento. 

 Ao fazê-lo da forma e no momento em que o fez, o PS tornou-se conivente com uma estratégia de vitimização, encetada desde há largos meses pela sua presidente, como se tal fosse necessário para valorizar o já longo e profundo trabalho realizado, especialmente nos dois primeiros anos da sua gestão autárquica. Ele há silêncios na vida pública e fugas à realidade que, parecendo úteis a curto prazo, acabam por ser mortais a mais longo prazo. Em política não pode, não deve, valer tudo e tal como diz o povo : “tão ladrão é o que vai à vinha buscar as uvas, como aquele que fica na estrada a ver”.

A bem de todas as vítimas de violência doméstica, esperemos que o bom senso possa imperar e que os nossos autarcas municipais, agora rejuvenescidos com mais arejados protagonistas, saibam fazer o caminho justo para a instalação em Tomar, de um Gabinete de Apoio à Vítima, mulheres e homens dele necessitados.

Sim, porque apesar de muitas vezes isso ser mal visto e para os próprios constituir ainda uma vergonha, os homens também choram. E muito!

28.11.16

44% DAS PROPOSTAS ELEITORAIS DO PS JÁ CUMPRIDAS EM TOMAR (40% NOS PRIMEIROS DOIS ANOS)


Nota do dia, na Rádio Hertz (FM92 e 98) na quarta-feira, dia 23 de novembro de 2016
Para ouvir carregue aqui

Agora que já passaram os três anos da atual gestão municipal, é o momento de nos quedarmos uns minutos para analisarmos o já longo caminho percorrido, pela gestão da mudança anunciada e, em parte, já concretizada, especialmente nos dois primeiros anos, uma vez que este último, bem, este último é um pouco para esquecer.

O objetivo inicial era o de construirmos um Concelho mais atrativo e com melhores oportunidades para residir, trabalhar e investir.

Para que estes objetivos fossem alcançados era assumido como necessário uma atuação em várias frentes de trabalho.

Desde logo, uma reorganização dos serviços da autarquia e uma adequação dos regulamentos municipais à realidade do nosso Concelho e que se afirmassem como instrumentos potenciadores e não redutores do desenvolvimento de Tomar, o que foi feito.

Dizia-se estarem neste domínio, a busca ativa e permanente de novos investidores, a articulação estreita com os investidores já instalados, a criação da via verde para o investidor, a implementação do gestor de negócios municipal, a descentralização de competências do Município para as freguesias, o que em grande medida já foi concretizado, pelo menos até 2015.

Poupar no funcionamento para investir no Concelho, o que orçamento após orçamento foi concretizado, sendo o deste ano o menor dos últimos 15 anos.

Assumia-se então que para a resolução de problemas como o Parqt, do mercado municipal, do museu da levada, da habitação social e para modernizar a frota de viaturas dos bombeiros, era para onde iriam os principais recursos e preocupações da gestão, em parte concretizada com é público, especialmente através da renegociação dum conjunto de contratos e participações do Município.

A isso se somaria a necessidade de redução do endividamento, da sustentabilidade ambiental e energética, que com a escassez de recursos públicos, nos conduziu a um novo paradigma, caracterizado pelo repovoamento dos núcleos urbanos, instando-nos na reutilização de espaços devolutos, especialmente os detidos pelo Município, a rentabilização de equipamentos, enfim a regeneração urbana.

Era esta também, assumida como uma importante frente de trabalho. A obrigação, assumia-se então, era a de preparar o Concelho para o futuro, através da mobilização do financiamento comunitário, o que só neste ano e no próximo, se irá começar a sentir.

Em concreto, hoje 44% das cem medidas preconizadas no programa eleitoral do PS estão já concretizadas, apesar da sua quase totalidade (40%), ter acontecido nos dois primeiros anos.

Que se passou então? Que falta de vontade, equilíbrio, saber ou rasgo, de repente assaltou os nossos governantes? Pelos acontecimentos mais recentes, é notório que há sempre um limite inultrapassável, o qual sem energia, capacidade e estratégia, fica o mesmo depressa atingido, diria mesmo esgotado. E isto apesar da ajuda do deputado Tomarense Hugo Costa.

Longe vai o momento, em que se assumia, serem estes também tempos que exigiam que todos e cada um, pudessem assumir as suas responsabilidades com clareza e coragem. Nestes tempos difíceis, dizia-se a 17 de outubro de 2013, era preciso saber juntar os melhores para evitar o pior.

Porque Tomar é de TODOS, especialmente depois de 2015, com a permanente roda bota fora, viu-se!
Que tem ganho o concelho com o que se tem passado?


Post Script

A entrada da nova vereadora Sara Costa, a jurista e advogada estagiária na Legal Trust (segundo noticia do Tomar na rede), de 27 anos, representa uma oportunidade de ouro para que termine em definito o tempo perdido durante praticamente todo este ano.

O cumprimento das metas definidas  e contidas nas 100 propostas eleitorais do PS (consultar aqui), são a melhor forma de demonstrar que afinal não só é possível ganhar eleições sem estar preso a nenhum lobbie ou interesse particular - como foi conseguido pelo PS em 2013, como o que é prometido é de facto cumprido.

Claro que ninguém espera que as deficiências detetadas durante os últimos anos - em parte públicas pelo que já escrevi e disse, mas muito especialmente por aquilo que o ex-vereador Rui Serrano informou aquando da entrega dos pelouros no final de agosto, possam ser de um momento para o outro ultrapassadas. Há quem diga que burro velho não aprende línguas, mas otimista como sou, acredito ser possível que, com bom senso e humildade, há sempre forma de TODOS melhorarem o que fazem.

E ao fim de três anos, os que restam (do executivo municipal e do gabinete de apoio) decerto aprenderam muito e isso, como diz Miguel Guilherme na sua crónica diária na TSF, "não é mau"!
http://tomar2013.blogspot.pt/p/candidatos.html


26.11.16

Amigos do Aqueduto neste sábado em mais uma iniciativa de limpeza


É neste sábado que, mais uma vez, iremos ajudar a recuperar o nosso património, de forma solidária, voluntária e animados da maior vontade de fazer bem.

24.11.16

Demissão de Serrano - FAZER TUDO MAL FEITO


Artigo de opinião publicado no Jornal "O Templário"

O estado maior socialista de Tomar – de Cristóvão à Anabela, deve estar por estas horas rejubilante de autossatisfação, pela demissão do anterior vice-presidente da Câmara, Serrano. É o roda bota fora perfeito, de quem não vê, porque não sabe, que a política não se escreve no curto prazo e que os fins não justificam, nunca, os meios usados. Serrano percebeu, tarde demais, ser a marioneta perfeita e útil, às mãos de quem nunca quis que a gestão da mudança, prometida e ainda por concretizar, fosse efetivamente implementada em Tomar.

Quem governa a medo e pelo medo, só pode esperar morrer pelo medo. A História não regista os fracos, mas sim os que com coragem apontam e fazem o caminho. E em Tomar, a estratégia seguida, afunda a comunidade nas contradições das incapacidades latentes e cada vez mais evidentes dos seus gestores públicos.
Serrano não era perfeito, mas era à entrada do mandato o único eleito, tirando eu próprio, que sabia da poda. Tinha uma visão diferente, tinha nível e pensava fora da caixa. Tudo características demasiado perigosas, numa macroestrutura avessa a pensar e a gerir com transparência e que, ao longo do tempo, demonstrou ser incapaz de liderar qualquer processo de afirmação e Tomar no contexto regional e/ou nacional. Tomar deixou de contar. Infelizmente.

No momento em que escrevo não sei quem substitui Serrano, nem isso importa. Agora, uma oportunidade se abre, para um de dois quadros do PS há muito preparados para o exercício de funções públicas: a advogada síndica da Câmara, Anabela Estanqueiro ou o atual chefe de gabinete, Dr. Virgílio Saraiva. Só a opção da promoção do atual chefe de gabinete não comporta riscos, para o envolvido ou para a organização. Anabela Estanqueiro é, há muitos anos, a sombra política de Anabela Freitas, nunca tendo sido por si apoiada no seu percurso político, por motivos óbvios. Participar na primeira linha de uma estratégia mal desenhada e com resultados demasiado incertos, seria hipotecar o futuro, porque ele precisa dos que sabem e contam.
Alguém imaginava, há apenas um ano atrás, que a gestão da autarquia de Tomar pudesse estar envolvida em tamanha confusão?

Pois. Alea iacta est (os dados estão lançados).

22.11.16

Uma mentira repetida pode parecer verdade, mas não deixa de ser mentira

1ªparte

Anabela Freitas até podia ser a melhor mulher e mãe do mundo. Até podia ser a mais perfeita das criaturas à face da terra. Até podia ser a mais empenhada e melhor política que Tomar tivesse visto nos seus dias. Até podia ser o que procura, confrangedoramente parecer, ...
 
Poder podia, mas não era a mesma coisa.
 
Não contente com o que já disse publicamente, com a continuação das ameaças, veio a coberto do seu aniversário - ontem passado,  fazer-se passar novamente por vítima, convencida que o facto de repetir vezes sem conta a mesma mentira, a transforma em verdade.
 
Sim. Anabela Freitas apresentou queixa por violência doméstica contra mim e a mesma foi arquivada. Fê-lo, apenas e só, porque não tinha forma de me "calar" e de conseguir que as divergências (naturais) que com ela tinha, sobre algumas das decisões que foram (e ainda são) tomadas na gestão do Município, não fossem do conhecimento público. Se houvesse o mínimo fundo de verdade na queixa que apresentou, decerto o Ministério Público teria prosseguido com a acusação ou, esta depois de arquivada a queixa, teria pedido a abertura do inquérito, ou seja, teria pedido para que a queixa fosse mais aprofundada.
 
Sim. A queixa foi arquivada!
Sim. Anabela Freitas, de forma puramente oportunista e movida por interesse político, apresentou queixa (falsa) contra com quem ela vivia há mais de dez anos, apenas para se vitimizar, convicta de que os meios justificam os fins.
 
O post que verteu para o seu perfil do facebook é ainda mais abjeto, ao tentar misturar a sua condição de mãe, numa situação em que nunca a situação do filho que comigo viveu dez anos estivesse em causa, conhecida que é o meu gosto e atenção que sempre dei ás crianças, e o acompanhamento que sempre fiz aos meus dois filhos e ao dela, sem qualquer distinção, são disso insofismável prova.


2ªparte
 
Não, Anabela. Em política não pode valer tudo.
Hoje podes ainda ir enganando muitos, obcecados pelo poder que muitos te ajudaram a ter, que mesmo com o processo arquivado, pelo facto de seres mulher, ainda acreditam em ti, como se fosse possível achar que alguém na tua posição, com os teus rendimentos, com o teu poder, pudesse alguma vez ser vítima de "coação" ou violência social, por parte do seu companheiro, sem qualquer poder, rendimento ou situação de ascendente de qualquer tipo sobre ti. Hoje, cada vez mais os papeis estão invertidos e tu és a prova de que o exercício do poder, sem ética, por parte de mulheres sem escrúpulos, é bem mais perigoso do que o exercido, nas mesmas condições, pelos homens.
 
Estás convencida que isso te rende votos? Parabéns.
Depressa perceberás que o poder, além de efémero, é demasiado volátil e não te servirá de escapatória ao encontro com a justiça e com a  verdade que, tal como o azeite, acaba por vir sempre ao de cima.
 
Publicação do facebook de Anabela Freitas, no dia do seu aniversário

P.S. - E agora que vais ter novo vereador em substituição daquele que não soubeste manter, nem aproveitar as capacidades que tinha, aproveita e melhora a tua prestação como presidente, depois deste último ano - quase - perdido... Deixa de te fazer de vítima e procurares arranjar desculpas. Faz isso por Tomar e pela dignidade do trabalho que fizemos, em conjunto, durante mais de dez anos.

18.11.16

Contentores de lixo continuam à vista junto à Rotunda

Desde o início deste mandato autárquico, especialmente até julho de 2015, foi feito um enorme esforço no sentido de retirar inúmeras estruturas velhas espalhadas por toda a cidade, tais como sinalética e postes desativados, painéis publicitários, cabines telefónicas, marcos de correio, etc.

O objetivo então traçado, era o de procurar melhorar substancialmente o espaço urbano, tornando-o mais habitável e fruível, não só para os residentes do Concelho, mas também numa perspetiva turística, com redução da poluição visual e investindo na colocação de sinalética/diretório turístico.

Houve assim o cuidado de proceder ao enterramento de um grande silo de deposição de resíduos sólidos urbanos, junto aos CTT, tendo ficado previsto realizar o mesmo com os vários contentores colocados em frente ao edifício Jacome Ratton (Instituto Politécnico), na Rotunda Alves Redol.

O tempo passa, mas os contentores ali continuam, produzindo um ruído visual, além de maus cheiros constantes, numa zona de elevada passagem pedonal, a qual deveria era estar ocupada por mais esplanadas que pudessem tirar partido da excelente vista que dali de tem da Rotunda, casa dos Cubos, Ruínas dos Estaus henriquinos e também da entrada da Mata nacional dos Sete Montes.

Até quando?

14.11.16

Anabela Freitas recorre à mentira para se tentar vitimizar

Todos fomos surpreendidos quando no decurso da passada quinta-feira, a edição on-line do jornal “O Mirante” revelava, aquilo que constaria na sua 1ª página da edição impressa desse dia, relativo a processos litigiosos entre a Presidente da Câmara Anabela Freitas e mim próprio, no contexto da nossa vida particular, na precisa semana em que fomos ambos notificados do seu despacho de arquivamento.
A fonte, segundo o mesmo Jornal, seria próxima da presidente e, nos motivos invocados para a sua divulgação, estaria a minha pretensa e auto-afirmada capacidade para liderar a autarquia, numa referência à minha entrevista dada ao Jornal “O Cidade de Tomar”, há cerca de dois meses, na qual aliás nunca afirmei tal coisa.
Habituado que estou à exposição e polémica pública sobre os mais variados assuntos, nomeadamente às minhas propostas, posições, afirmações e decisões políticas, seria para mim inimaginável que fonte próxima da presidente, tivesse o arrojo, diria mesmo a pouca vergonha, de trazer para a praça pública processos relativos à nossa vida particular. Ainda por cima, depois destes estarem devidamente arquivados, por manifesta falta de quaisquer provas, só se podendo concluir que quem o fez, o fez com o objetivo expresso de com isso, como é induzido de forma direta na própria notícia, me difamarem, tentando-me coagir a não continuar a exercer o meu direito à livre opinião.
Mas, como na análise de qualquer crime, teremos de avaliar a quem conviria tal fuga de informação.
Aí é notório que só à cidadã Presidente Anabela Freitas interessaria fazer-se passar por vítima, ainda por cima tirando partido da queixa (arquivada) de violência doméstica. Pois, apesar de a notícia com verdade esclarecer não se tratar de queixa por violência física, sendo apresentada por uma mulher, será sempre isso que a generalidade das pessoas irá ler e reter. E quem o fez, protegeu e promoveu, foi esse o efeito que pretendeu obter.
Aliás, esta notícia veicula a tentativa de vitimização, que já se vinha observando em recentes entrevistas da Presidente, às rádios e jornais, que acusava sem objeto, de saber quem eram os seus inimigos, etc, etc, …
Ora, em abono da verdade dos factos impõe-se saber que a queixa apresentada, que viria a ser arquivada, tinha por motivação a tentativa de me silenciar, tirando partido da ideia comumente aceite de que são as mulheres vítimas de violência, mesmo que psicológica e social, por parte dos homens, nunca sendo plausível que possa ser o oposto.
Acontece que neste caso, é mesmo o contrário de que se trata, pois quem deteve sempre o poder, real, financeiro e objetivo foi a mulher que acusa. Quem procurou anular um concurso legítimo da administração pública ao qual concorri, tendo-me obrigado a deslocar o meu local de trabalho para longe de Tomar, desde o início deste ano, foi a mesma mulher que posteriormente me veio acusar de violência doméstica.
É por demais evidente que, a violência de que fui acusado, e cujo processo o Ministério Público não encontrou motivos para prosseguir, de cariz psicológico e social (crime de coação), só podia ser exercido por alguém que detivesse o poder e os meios para o fazer, o que notoriamente era a Presidente e não eu. A vítima, como todos sabemos só pode ser a parte mais fraca, neste caso eu próprio, e nunca a parte mais forte. E se me mantive em silêncio sobre o assunto, conforme se perceberá, tal se deveu a que nunca é fácil um homem assumir que está a ser vítima de violência doméstica, mesmo na modernidade deste século.
O objetivo era assim outro bem distinto e, conforme a veiculação da notícia claramente transparece, apenas tinha óbvias motivações políticas, numa tentativa frustrada de procurar silenciar as minhas opiniões e ações, em parte diferentes e distintas das que vêm sido seguidas pela presidente e pelos vereadores.
A teoria parece ter sido a de que se não conseguimos que se cale, depois de lhe destruirmos a possibilidade de trabalhar em Tomar, lhe haveremos de destruir o resto da credibilidade a que ele se procurou guindar, ao assumir em entrevista, ser uma das duas pessoas melhores preparadas em Tomar para assumir qualquer função no Município de Tomar. Aliás, com o processo arquivado, só se pode mesmo tirar essa conclusão.
Assim, se conclui que a cidadã Presidente apresentou queixa por violência doméstica, que viria a ser arquivada, com base em acusações falsas, objetivamente intimidatórias e atentatórias da idoneidade da pessoa acusada, procurando assim difamá-la e coagi-la a não lhe causar ruído na sua legítima governação.
Se alguma dúvida houvesse, as suas declarações ao mesmo Jornal, quando acabou por ter de assumir que a queixa havia sido arquivada, foram no sentido de continuar, agora publicamente, a ameaçar que pediria a continuidade do processo, se os motivos que a levaram a promove-lo inicialmente não cessassem.
Honestamente nunca julguei que a demência do poder pudesse afetar tanto uma pessoa, à qual dei o meu empenho, trabalho e ajuda durante 11 anos da minha vida, para que pudesse, com sucesso, vir a ser tudo o aquilo que tem sido. 
Nada justifica tamanha mentira. 
Esta é apenas uma desesperada falsa tentativa de se vitimizar, com notórias motivações políticas, pois todos os factos de conhecimento público demonstram ser ela quem teve sempre a capacidade para impor a sua vontade, perseguir e coagir de forma regular e ostensiva pessoa que não concordou, nem concorda, com tudo o que diz, propõe ou faz, como é perfeitamente normal e usual na vida e na política.
Naturalmente agora que o assunto veio a público, a coberto de fonte próxima da presidente, não me restava outra alternativa senão a de publicamente denunciar esta situação: da cidadã Presidente Anabela Freitas ter recorrido à mentira para se tentar vitimizar. Quem assim age com quem vivia, imagine-se o que não tem feito e o que não será capaz de fazer com outras e com outros, que tenham opiniões não totalmente coincidentes com as suas, que tenham ou venham a ter o azar de se lhe atravessar no caminho.
O risco para todas e para todos é grande, demasiado grande, para poder ser ignorado.
E porque Tomar é de Todos, devemos estar avisados que há mesmo Lobos que se tentam travestir de Cordeiros, mas que não deixam de ser Lobos.

12.11.16

Junto à GNR: nucleo de alojamento temporário, apenas alojará 25 residentes



Serão apenas vinte e cinco, os residentes do Flecheiro que irão habitar o Núcleo de Alojamento Temporário, em construções de madeira, em piso térreo, que irão ser edificadas, no local por mim proposto o ano passado, junto à GNR, mas sem aproveitar ao máximo as potencialidades do mesmo.

O trabalho de levantamento social estará realizado, as famílias informadas e escolhidas, mas a Presidente recusou esclarecer os deputados municipais na última Assembleia (a 30 de setembro), mas uma semana depois em entrevista na Rádio Hertz, tudo esclareceu.

10.11.16

8.11.16

Elegemos pessoas para Governar, não para arranjar desculpas

Nota do dia, nesta quarta-feira (dia 9 de novembro), na Rádio Hertz FM92 e FM98, a seguir ao noticiário das 13H e das 19H


Portugal vive dias de Web Summit, numa Lisboa reencontrada com os faróis do mundo, neste caso das tecnologias, num momento de afirmação em plena globalização, que é relevante para alavancar a economia. Desde logo estes eventos promovem territórios, criando desenvolvimento e riqueza, na fileira do Turismo, seja na restauração, na hotelaria, na animação e na cultura, sendo responsáveis pelo ano de ouro do Turismo em Portugal, com a criação de mais de 45.000 novos postos de trabalho.

Por exemplo, aqui na vasta região Centro de Portugal, a vila da Nazaré internacionaliza-se cada vez mais, fruto da Onda de MacNamara, mas também de autarcas que demandam as comunidades migrantes no Canadá, para otimizar investimentos numa área de localização empresarial (do Valado dos Frades), junto ao nó do IC9, mas sem esquecer de ter, em poucos meses, recuperado TODOS os Parques Infantis do Concelho.

Ourém por exemplo teve uma Feira de Santa Iria, que foi o que foi, televisionada com o impacto que foi visto, enquanto por cá, mais um ano e apesar de propostas para o fazer, o vereador comunista recusou tirar partido dessa montra. Ainda em Ourém, ficou-se a saber recentemente que receberá daqui a um ano, em Fátima, a Conferência Internacional da Organização Mundial de Turismo, depois do seu presidente ter o ano passado promovido uma visita empresarial no Estado de Minas Gerais ou assinado protocolo com a Câmara de Comercio Luso-Francesa, num movimento para o qual Tomar também foi convidada…

Cada território e o seu desenvolvimento, é resultado de inúmeros fatores, entre os quais a qualidade do sonho dos seus governantes. Já aqui refletimos que Governar é Decidir. Mas para decidir, além de ter a coragem real para o fazer, do conhecimento de como decidir, há outra característica que mesmo que não se tenha inaptamente se pode desenvolver: a capacidade de sonhar e de ver onde os outros não vêm.

Vem isto a propósito também da série de entrevistas que a nossa Presidente deu, quer aqui nesta sua Rádio [Hertz], quer ao Jornal “Cidade de Tomar”, a qual sobre as divergências sobre a sua gestão, refere serem não assuntos, mas sobre o seu sonho para o Concelho, também ficámos a saber que o vazio imperava.

Falou das intenções do que estava a fazer, mas não explicou porque as intervenções qualificantes são lentas ou sucessivamente adiadas, como por exemplo a intervenção na Várzea Grande, que deveria ter avançado o ano passado em novembro, a anedota dos Parques Infantis ou a resolução eficaz do Flecheiro.

Questionada sobre o que de mais importante teria realizado nestes três anos, lá conseguiu concordar com o que já escrevêramos sobre a importância do novo relacionamento com as freguesias, otimizando assim os investimentos há muito adiados a nível da rede viária municipal e nos arruamentos urbanos.

Pouco, demasiado pouco, para um Concelho que deveria ter outra ambição regional, mas onde a sua Presidente em entrevistas acha relevante perseguir fantasmas, com a cereja em cima do bolo da sua expressão na última entrevista de tenho inimigos e estão identificados.

Eu, que julgava que os inimigos de quem quer ser levado a sério, neste mundo do sec.XXI, como escreveu em tempo a Presidente do Centro Nacional de Cultura, Helena Vaz da Silva, seriam os preconceitos, as racionalizações a partir de premissas arbitrárias, a auto-justificação desenfreada, a incapacidade de autocrítica, o raciocínio paranoico, a arrogância, a negação e o desprezo. *

Decerto, equívoco meu…


*Artigo de Helena Vaz da Silva, na Revista da Associação Portuguesa dos Municípios com Centro Histórico, nº3 – Março/Abril 2000, intitulado “Os novos desafios da Europeus da educação e da cultura”

6.11.16

Feira de Santa Iria: o grande falhanço da gestão da CDU


A feira de Santa Iria foi durante os anos uma referência na região. De ano para ano foi perdendo impacto. Ainda nas anteriores gestões do Município, de responsabilidade do PSD, a Feira das Passas - envolvendo os produtos locais da época, essencialmente os frutos secos, deixou a Rua dos Arcos e andou perdida alguns anos pela Praça da República, perdendo ano após anos dimensão e clientes.
Depois foram os restaurantes da Feira que andaram perdidos junto ao Mercado, na lógica da Feira dispersa pela cidade, o que colocava problemas de logística das infraestruturas elétricas por exemplo, mas também de segurança. 
Finalmente, por decisão custosa tomada no início deste mandato (2013-17), tudo se juntou na Várzea Grande e mesmo contra a vontade do vereador da CDU mantiveram-se os Restaurantes a funcionar, com o empenho das diferentes associações, que ano após ano, sempre encontraram na Feira um bom investimento para as suas atividades regulares.
Chegou-se o ano passado ao anedótico, da verdadeira âncora que é a Associação dos Bombeiros, não poder estar presente, apenas por embirração do Vereador

Entretanto desapareceu o palco e as variedades, no meio da Feira, substituídas por atuações dos grupos locais, de cantares, ranchos e bandas, que foram escondidas no Convento de S.Francisco, mas sem canal de ligação com a Feira e/ou divulgação e anuncio num sistema sonoro que deveria existir pela Feira.
Inovou-se estendendo a participação de produtores locais, de mel, de vinho e de azeite, mas de forma desgarrada e desconexa, as IPSS e outras vendas, ora meio perdidas junto à Escola dos Templários, ora espalhadas pela Avenida António Fonseca Simões.
Sem alma, nem brilho, uma Feira que tudo tinha para começar a recuperar: concentrada e com animação de referência, que pudesse de novo constituir um orgulho para todos.

Este é, infelizmente um exemplo do que a CDU consegue fazer por Tomar: pouco ou nada!


2.11.16

Nos últimos 4 anos, as escolhas dos leitores do Blog

No período de JAN2013 a OUT2016, estabelecem-se de seguida quais os vinte post's mais vistos pelos leitores do blog.

Para os que sempre acham que há um grande desinteresse sobre os assuntos da comunidade ou sobre aquilo que aqueles que têm opinião escrevem, a existência e simples manutenção em funcionamento ininterrupto, há mais de 12 anos, de um blogue como este, com características de opinião essencialmente vocacionada para a vida política e muito centrado em Tomar, é a prova de que pensar vale mesmo a pena.


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