8.11.16

Elegemos pessoas para Governar, não para arranjar desculpas

Nota do dia, nesta quarta-feira (dia 9 de novembro), na Rádio Hertz FM92 e FM98, a seguir ao noticiário das 13H e das 19H


Portugal vive dias de Web Summit, numa Lisboa reencontrada com os faróis do mundo, neste caso das tecnologias, num momento de afirmação em plena globalização, que é relevante para alavancar a economia. Desde logo estes eventos promovem territórios, criando desenvolvimento e riqueza, na fileira do Turismo, seja na restauração, na hotelaria, na animação e na cultura, sendo responsáveis pelo ano de ouro do Turismo em Portugal, com a criação de mais de 45.000 novos postos de trabalho.

Por exemplo, aqui na vasta região Centro de Portugal, a vila da Nazaré internacionaliza-se cada vez mais, fruto da Onda de MacNamara, mas também de autarcas que demandam as comunidades migrantes no Canadá, para otimizar investimentos numa área de localização empresarial (do Valado dos Frades), junto ao nó do IC9, mas sem esquecer de ter, em poucos meses, recuperado TODOS os Parques Infantis do Concelho.

Ourém por exemplo teve uma Feira de Santa Iria, que foi o que foi, televisionada com o impacto que foi visto, enquanto por cá, mais um ano e apesar de propostas para o fazer, o vereador comunista recusou tirar partido dessa montra. Ainda em Ourém, ficou-se a saber recentemente que receberá daqui a um ano, em Fátima, a Conferência Internacional da Organização Mundial de Turismo, depois do seu presidente ter o ano passado promovido uma visita empresarial no Estado de Minas Gerais ou assinado protocolo com a Câmara de Comercio Luso-Francesa, num movimento para o qual Tomar também foi convidada…

Cada território e o seu desenvolvimento, é resultado de inúmeros fatores, entre os quais a qualidade do sonho dos seus governantes. Já aqui refletimos que Governar é Decidir. Mas para decidir, além de ter a coragem real para o fazer, do conhecimento de como decidir, há outra característica que mesmo que não se tenha inaptamente se pode desenvolver: a capacidade de sonhar e de ver onde os outros não vêm.

Vem isto a propósito também da série de entrevistas que a nossa Presidente deu, quer aqui nesta sua Rádio [Hertz], quer ao Jornal “Cidade de Tomar”, a qual sobre as divergências sobre a sua gestão, refere serem não assuntos, mas sobre o seu sonho para o Concelho, também ficámos a saber que o vazio imperava.

Falou das intenções do que estava a fazer, mas não explicou porque as intervenções qualificantes são lentas ou sucessivamente adiadas, como por exemplo a intervenção na Várzea Grande, que deveria ter avançado o ano passado em novembro, a anedota dos Parques Infantis ou a resolução eficaz do Flecheiro.

Questionada sobre o que de mais importante teria realizado nestes três anos, lá conseguiu concordar com o que já escrevêramos sobre a importância do novo relacionamento com as freguesias, otimizando assim os investimentos há muito adiados a nível da rede viária municipal e nos arruamentos urbanos.

Pouco, demasiado pouco, para um Concelho que deveria ter outra ambição regional, mas onde a sua Presidente em entrevistas acha relevante perseguir fantasmas, com a cereja em cima do bolo da sua expressão na última entrevista de tenho inimigos e estão identificados.

Eu, que julgava que os inimigos de quem quer ser levado a sério, neste mundo do sec.XXI, como escreveu em tempo a Presidente do Centro Nacional de Cultura, Helena Vaz da Silva, seriam os preconceitos, as racionalizações a partir de premissas arbitrárias, a auto-justificação desenfreada, a incapacidade de autocrítica, o raciocínio paranoico, a arrogância, a negação e o desprezo. *

Decerto, equívoco meu…


*Artigo de Helena Vaz da Silva, na Revista da Associação Portuguesa dos Municípios com Centro Histórico, nº3 – Março/Abril 2000, intitulado “Os novos desafios da Europeus da educação e da cultura”