28.11.16

44% DAS PROPOSTAS ELEITORAIS DO PS JÁ CUMPRIDAS EM TOMAR (40% NOS PRIMEIROS DOIS ANOS)


Nota do dia, na Rádio Hertz (FM92 e 98) na quarta-feira, dia 23 de novembro de 2016
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Agora que já passaram os três anos da atual gestão municipal, é o momento de nos quedarmos uns minutos para analisarmos o já longo caminho percorrido, pela gestão da mudança anunciada e, em parte, já concretizada, especialmente nos dois primeiros anos, uma vez que este último, bem, este último é um pouco para esquecer.

O objetivo inicial era o de construirmos um Concelho mais atrativo e com melhores oportunidades para residir, trabalhar e investir.

Para que estes objetivos fossem alcançados era assumido como necessário uma atuação em várias frentes de trabalho.

Desde logo, uma reorganização dos serviços da autarquia e uma adequação dos regulamentos municipais à realidade do nosso Concelho e que se afirmassem como instrumentos potenciadores e não redutores do desenvolvimento de Tomar, o que foi feito.

Dizia-se estarem neste domínio, a busca ativa e permanente de novos investidores, a articulação estreita com os investidores já instalados, a criação da via verde para o investidor, a implementação do gestor de negócios municipal, a descentralização de competências do Município para as freguesias, o que em grande medida já foi concretizado, pelo menos até 2015.

Poupar no funcionamento para investir no Concelho, o que orçamento após orçamento foi concretizado, sendo o deste ano o menor dos últimos 15 anos.

Assumia-se então que para a resolução de problemas como o Parqt, do mercado municipal, do museu da levada, da habitação social e para modernizar a frota de viaturas dos bombeiros, era para onde iriam os principais recursos e preocupações da gestão, em parte concretizada com é público, especialmente através da renegociação dum conjunto de contratos e participações do Município.

A isso se somaria a necessidade de redução do endividamento, da sustentabilidade ambiental e energética, que com a escassez de recursos públicos, nos conduziu a um novo paradigma, caracterizado pelo repovoamento dos núcleos urbanos, instando-nos na reutilização de espaços devolutos, especialmente os detidos pelo Município, a rentabilização de equipamentos, enfim a regeneração urbana.

Era esta também, assumida como uma importante frente de trabalho. A obrigação, assumia-se então, era a de preparar o Concelho para o futuro, através da mobilização do financiamento comunitário, o que só neste ano e no próximo, se irá começar a sentir.

Em concreto, hoje 44% das cem medidas preconizadas no programa eleitoral do PS estão já concretizadas, apesar da sua quase totalidade (40%), ter acontecido nos dois primeiros anos.

Que se passou então? Que falta de vontade, equilíbrio, saber ou rasgo, de repente assaltou os nossos governantes? Pelos acontecimentos mais recentes, é notório que há sempre um limite inultrapassável, o qual sem energia, capacidade e estratégia, fica o mesmo depressa atingido, diria mesmo esgotado. E isto apesar da ajuda do deputado Tomarense Hugo Costa.

Longe vai o momento, em que se assumia, serem estes também tempos que exigiam que todos e cada um, pudessem assumir as suas responsabilidades com clareza e coragem. Nestes tempos difíceis, dizia-se a 17 de outubro de 2013, era preciso saber juntar os melhores para evitar o pior.

Porque Tomar é de TODOS, especialmente depois de 2015, com a permanente roda bota fora, viu-se!
Que tem ganho o concelho com o que se tem passado?


Post Script

A entrada da nova vereadora Sara Costa, a jurista e advogada estagiária na Legal Trust (segundo noticia do Tomar na rede), de 27 anos, representa uma oportunidade de ouro para que termine em definito o tempo perdido durante praticamente todo este ano.

O cumprimento das metas definidas  e contidas nas 100 propostas eleitorais do PS (consultar aqui), são a melhor forma de demonstrar que afinal não só é possível ganhar eleições sem estar preso a nenhum lobbie ou interesse particular - como foi conseguido pelo PS em 2013, como o que é prometido é de facto cumprido.

Claro que ninguém espera que as deficiências detetadas durante os últimos anos - em parte públicas pelo que já escrevi e disse, mas muito especialmente por aquilo que o ex-vereador Rui Serrano informou aquando da entrega dos pelouros no final de agosto, possam ser de um momento para o outro ultrapassadas. Há quem diga que burro velho não aprende línguas, mas otimista como sou, acredito ser possível que, com bom senso e humildade, há sempre forma de TODOS melhorarem o que fazem.

E ao fim de três anos, os que restam (do executivo municipal e do gabinete de apoio) decerto aprenderam muito e isso, como diz Miguel Guilherme na sua crónica diária na TSF, "não é mau"!
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