Com uma presença ininterrupta de mais de sete anos, este espaço precisa de um descanso.
Cumpriu a sua missão, dando espelho, filtrado, da realidade que se projectava sobre a minha terra.
Mas tudo tem o seu espaço e tempo. E este, por agora, está terminado.
Agora que se passará a entender melhor muito do que aqui foi explicado e antevisto, é tempo, na preparação de novo e difícil projecto, de fazer uma paragem necessária neste meio.
Quando e se necessário usar este instrumento, ele voltará a estar activo. Até lá, aos assíduos ou inopinados leitores, as saudações libertárias habituais.
"Porque sorris? - perguntou surpreso a seu mestre.
Talvez porque finalmente entendi!"
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16.1.12
15.1.12
25 Meses de gestão da Protecção Civil em Tomar
No âmbito do pelouro que tutelei, Bombeiros e Protecção Civil, este é o resumo dos gastos autorizados (ao abrigo da competência delegada) e das receitas arrecadadas desde 30 de Outubro de 2009 (inicio das minhas funções como vereador a tempo inteiro), até 30 de Novembro de 2011 (25 meses).
Bombeiros e Protecção Civil
Num total de 25 meses, obtive assim uma taxa de cobertura de 132,7%, tendo o conjunto dos 34 colaboradores directos, de diferentes categorias e vínculos à administração publica, custado ao município cerca de 1,4 milhões€ em remunerações, complementos e subsídios (incluindo segurança social e CGA).
[Remunerações brutas totais de 155.719,03€ Nov-Dez2009 e 510.458,2€ de 2010, sendo o restante em 2011, aos quais acrescem as comparticipações para a segurança social e CGA, em média 16%]
O protocolo em funcionamento, com a Associação de Bombeiros, teve associada uma despesa directa ou indirecta de cerca de 307.000 €.
Fui assim responsável por uma despesa directa e indirecta, neste sector, de cerca de 2 Milhões€ e uma receita de cerca de 411 mil€, tendo obtido uma taxa de cobertura de 20,6%. Anteriormente (2008-2009) a taxa de cobertura directa rondava os 11%.
(Valores obtidos com base nas informações obrigatórias apresentadas às reuniões de Câmara Municipal, nos termos da legislação em vigor)
GASTOS COM GABINETE DE VEREAÇÃO
(De 30/10/2009 a 30/11/2011) - Estimativas
Remunerações - 125.000€
Comparticipações sociais e subsídios - 25.000€
Viaturas e comunicações - 27.000€
Bens e equipamentos - 3.000€
RESULTADOS OPERACIONAIS
(De 30/10/2009 a 22/6/2011) - 600 DIAS DE GESTÃO em comparação com os 600 dias anteriores
Os primeiros 600 dias de Gestão, comparados com os 600 dias "homólogos" de gestão
de 30/10/09 a 22/6/11 | de 31/10/07 a 22/6/09 | Variação | |
Total de serviços efectuados | 14,864 | 13,147 | 13.1% |
Duração total dos serviços efectuados (Horas) | 27,709.05 | 20,839.47 | 33.0% |
Média em Horas de cada serviço | 1.86 | 1.59 | 17.6% |
Total de Doentes transportados | 12,945 | 11,584 | 11.7% |
Transporte de doentes agendado | 5,726 | 4,000 | 43.2% |
Km percorridos em transporte doentes | 1,823,424 | 553,708 | 229.3% |
Média de Km em cada Serviço | 318.45 | 138.43 | 130.0% |
Montante expectável apurado (€) | 346,450.56 | 110,741.60 | 212.8% |
Montante expectável gasto nas ambulâncias(€) | 218,810.88 | 55,370.80 | 295.2% |
Saldo directo (€) | <><> ><><>> 127,639.68 | <><> ><><>> 55,370.80 | <><> ><><>>130.5% |
13.1.12
Este Sábado às 20H00 junto ao Hospital em sua defesa
Na sequência das pré-anunciadas decisões sobre o Hospital, quando o PS tomou uma posição e um conjunto de decisões e iniciativas , como por exemplo a pergunta ao Governo sobre a reorganização dos serviços, depois da distribuição (anónima) dos cartazes junto a este post, circula agora uma convocatória via sms que diz o seguinte: "O hospital está a morrer! O povo de Tomar precisa de se unir. Vamos todos juntos mostrar o nosso descontentamento perante esta situação! Dia 14, 20 horas, em frente ao hospital de Tomar. Passa a palavra".
Neste momento, compete a todos dizerem presente!
Entretanto está já marcada uma reunião de Câmara, pedida pelo PS e aceite pelos outros eleitos, para Segunda-feira, às 15H00.
Livros revisitados - "O sim na terra do não"
Colaboração com o Jornal "O Templário", onde com regularidade esta coluna é publicada. Pode ler todos os "Livros revisitados" em http://vamosporaqui.blogspot.com/p/livros-revisitados.html
“Para onde quer que nos viremos, estamos rodeados pelo não”, avisam os autores BJ Gallagher e Steve Ventura, em jeito de análise sintética ao mundo contemporâneo.
Numa edição da editora Bizâncio, em 2007 (1ª edição), com o ISBN 978-972-53-0338-2, esta parábola para vencer a negatividade, de forma sábia e perspicaz, acompanha um herói que se aventura na terra do NÃO à procura do SIM.
Todos os dias, milhares de pessoas colocam a questão: “será que vale a pena?”. E todos os dias alguns sabem responder SIM, quando a maioria se deixa vencer pela ditadura do NÃO. Ou dito de outra forma, numa feliz expressão de George Shaw, dramaturgo irlandês e prémio nobel da literatura, em que este sintetiza o que por vezes nos esquecemos: “O homem razoável adapta-se ao mundo; o insensato insiste em tentar adaptar o mundo a si próprio. Portanto, todo o progresso depende do homem insensato”.
Pois! Progresso numa terra, onde poucos são os que ousam dizer SIM.
Mas terá ela solução? Uma terra que produz teatro como poucas, que tem excelentes executantes regulares na área musical e etnográfica, que detém exemplares únicos de património natural e edificado, que é uma referência no plano da educação, do pré-escolar ao superior, saberá dizer SIM, desde que a tecla tocada seja a correcta. Tal exige compreender que o primeiro passo para a vitória é saber sempre reconhecer o inimigo. Hoje, em Tomar, é de forma determinada o NÃO, sob a forma da ignorância, do medo ou da falta de rasgo.
O livro desta semana conduz-nos através de inúmeros autores e de citações basilares de simplicidade, como quase só a cultura anglo-saxónica parece ser capaz de produzir, como a do escritor Napoleon Hill, um dos mais significativos mestres da auto-ajuda, em que nos relembra: “feliz da pessoa que desenvolveu o autodomínio necessário para manter um rumo directo para o seu objectivo de vida, sem se deixar desviar dos seus fins por elogios ou censuras” ou de que “Não devemos ter medo das novas ideias! Elas podem significar a diferença entre o triunfo e o fracasso”.
Esta é uma viagem para encontrar o SIM, entre os muitos NÃOS. Há menos SINS do que NÃOS, é verdade, mas geralmente precisamos apenas de um – o certo.
Tomar talvez ainda esteja longe de o encontrar, mas será por isso que se deve desistir?
Apesar de ser hoje uma terra em que NÃO há Presidente legitimado, NÃO há Orçamento para gerir o Município, NÃO há solução para o disparate ParqueT, NÃO há um Mercado Municipal, NÃO há apoio às Associações, NÃO há apoio à fixação de desenvolvimento das Empresas, NÃO há apoio social integrado, NÃO há limpeza urbana em linha com uma cidade turística, nem monumentos abertos todo o dia.
Numa terra onde NÃO há estratégia para quase nada, mas se desdenha daqueles que a têm e a demonstram, haverá ainda hipótese de descobrir um SIM?
Sou dos que acredita que SIM, que vale a pena!
12.1.12
Entrevista à Rádio Hertz - rectrospectiva 2011 e prospectiva 2012
Em primeiro lugar quero desejar a todos os tomarenses um excelente ano de 2012, com especial destaque para todos aqueles que não desistem de lutar pela melhoria da sua vida, da vida dos seus filhos e netos, dos seus pais e avós.
Na comunidade tomarense, aquela que aqui reside, mas também aquela que se encontra em diáspora, pelos quatro cantos do globo, muitas são as razões para desejar um ano de 2012 melhor do que o ano anterior. Aliás repetimos todos os anos este desejo que do fundo da nossa alma se levanta, quiçá porque sabemos que o ano que terminou, o ano velho, absorve tudo o que de negativo aconteceu ou que não conseguimos atingir.
Assim “transferimos” toda a frustração, toda a revolta sobre o que correu menos bem para o coitado do ”ano velho”, que tem assim as costas largas, para tamanha responsabilidade.
No que a Tomar diz respeito, 2011 não foi um ano bom, nem mau, tendo sido mais um ano de adiamento da resolução de muitos dos nossos problemas.
Estamos nisto há quase década e meia e não se vislumbra uma solução para o problema de base. E esse problema chama-se gestão municipal, sem estratégia, nem rasgo, nem determinação, nem jovialidade, nem inovação, coragem ou tacto.
E é assim há muito tempo, demasiado tempo, diria mesmo. Eles são as dívidas pagáveis, de mais de 31 milhões de euros.
As impagáveis, de mais de 7 milhões de euros. O Mercado moribundo. O arrastar da revisão do PDM. As Freguesias e as Associações abandonadas à sua sorte, sem envolvimento estratégico para o quer que seja, sem financiamento adequado, sem serem ouvidas para nada o que de relevante é necessário para o desenvolvimento social, económico e ambiental do Concelho…
Tantas se tantas matérias poderiam ser alvo de abordagem negativa, que nem todo o tempo do mundo chegaria. Uma presidência municipal aos solavancos, à aparente mercê dos “apertos” e “pressões”, “conveniências” ou simplesmente baseada na “fuga para a frente”, tendo terminado na entrevista de 18 de Novembro à Hertz, com as célebres “consequências políticas”, do caso da carrinha junto ao Convento que foi despejada. E consequências houve, sabemo-lo bem: começámos um ano com um Presidente eleito e terminámos com outro em substituição. Pois! Mas o que mudou? A resposta vem breve e célere.
Têm os tomarenses motivos para recordar 2011, também pela positiva? Claro que têm! Foi ano de Festa dos Tabuleiros, que agregou e desenvolveu o espírito bairrista e ecuménico de toda a Tomar, a do vale do Nabão e a da diáspora. E a Festa, tirando um ou outro aspecto, que ficará para outras núpcias, correu bem. Muita gente. Animação. Presença comunicacional em vários suportes. Trabalho e receitas para muita gente, a compensar um mau ano turístico.
Outros factores de regozijo: Pois está claro que as conquistas no Desporto, dos trampolins ao atletismo, passando pelo judo e pela natação, pelo Hóquei e pelo futebol, não deixaram ficar Tomar e os Tomarenses mal em múltiplos e variados aspectos.
Eventos que foram notícia: O Lego e as Sopas, o Tomarimbando, o Nabão activo, as Estátuas e a Feira de Santa Iria. Dificuldades de financiamento nalguns deles, modelos esgotados noutros. Localizações pouco adequadas ou a rever, como por exemplo a separação prejudicial à Feira de Santa Iria, que todos os anos se afere, mas nunca se corrige.
E o Mercado, sempre o Mercado. E a resolução das condições de vida sub-humanas em alguns casos da comunidade cigana, sempre o mesmo problema. Três milhões de financiamentos europeus para requalificar a zona, apenas porque nunca se puseram por escrito a alteração á candidatura inicial. Evidente inépcia. Evidente incapacidade e mesmo má vontade.
Mas o Convento de Cristo é Património Mundial e está em Tomar, pois claro. E o Município está a pagar caro investimento de melhoria da sua envolvente e acessos, mas ainda não discutiu como rentabilizá-la. Também aí 2011, foi mais um ano perdido! Estratégia: Turismo, turismo, turismo. Mas como rentabilizá-lo? Que parcerias estão activas e em desenvolvimento? Com que meios e agentes? A discussão e as decisões estratégicas onde estão? Apenas betão? Betão? Só hardware? E o software?
No meio disto alguém grita: o rei vai nu! É só fachada: muita parra e pouca uva.
Pois! Mas a nossa terra até parece gostar. É esta apetência pelo Teatro, sempre o Teatro, do Fatias, claro está, mas também de vila nova, das aboboreiras, de cem soldos e da canto firme. Firme, firme o canto que se avisava para 2011, como a velhinha canção de Lopes Graça: Acordai! Mas ficou no final do ano com a sua casa-museu, quase sempre fechada.
Longe vai o ano de 2010 em que se garantia a abertura dos monumentos e espaços visitáveis, posto de turismo incluído, das 10H00 às 18H00, sem paragem para almoço. É que o turista deve andar por aí, visitar e querer voltar. Mas em 2011, alguém se esqueceu dessa base do turismo: a acessibilidade ao bem, ao produto. Pois!
E por falar em esquecimento, 2011 foi ainda o ano em que começou a célebre obra da levada, mais uns milhões de financiamentos comunitários, 3 milhões à conta da Câmara, sem projecto de musealização, ou seja, completada a obra, não sabemos o que fazer e seguida. Ou talvez improvisemos. Ou quem sabe, se tirem consequências políticas de mais essa estranha decisão? Nahhh
2 – Enquanto responsável político, o que mais se orgulha de ter feito, durante o último ano, em prol do Concelho?
Eis então chegados ao que mais se pode um vereador hoje da oposição, ontem da partilha de poder, orgulhar de ter feito em 2011, em prol do Concelho. Nas condições atrás descritas, valerá a pena referir a intervenção qualificante realizada no Rio Nabão, no sentido da prevenção de cheias? Da concepção, defesa e finalmente de aprovação do Regulamento do Serviço Municipal de Protecção Civil, substituindo um com mais de 15 anos e 4 anos depois de toda a legislação ter sido aprovada neste sector, depois de um ano retido na gaveta pelo Sr.Presidente de Câmara?
Pode um vereador orgulhar-se de ter contribuído para dizer não a um prejudicial acordo para o pagamento de 6,5 milhões de euros por uma concessão de estacionamento, construção de parque, que o nunca deveria ter sido da maneira desastrosa em que o foi?
Pode um vereador orgulhar-se de ter melhorado o sistema de protecção civil, mantendo as despesas, aumentando os serviços realizados á população, reformulando a política de preços, colocando todos os cidadãos do Concelho em igualdade de circunstâncias no transporte de doentes, quando anteriormente os residentes no espaço rural pagavam muito mais do que os residentes na cidade?
Pode um vereador orgulhar-se de ter contribuído para uma maior divulgação e sensibilização da protecção civil, como um bem e esforço colectivo, fosse na limpeza florestal, fosse na actividade diária, de vigilância e atitude responsável perante o risco, qualquer que ele fosse, através dos boletins da protecção civil, quatro no ano e da página protegeTomar.com, como já no ano anterior o havia feito com campingTomar.com para o campismo e com o DescobreTomar.com para o turismo?
Pode um vereador orgulhar-se de ter, sem aumentar a despesa, dado melhores condições de trabalho e de remuneração directa e indirecta aos cidadãos-bombeiros, premiando os mais cumpridores, contribuindo para a sua valorização pessoal e profissional?
Pode um vereador considerar, após um ano conturbado, que deu o seu melhor para denunciar o que estava errado e propor as devidas correcções, como por exemplo no caso do Convento de Santa Iria, ou no terminus da despesa inútil do boletim municipal e respectiva assessoria?
Pode um vereador orgulhar-se de ter terminado a sua missão colocando à disposição das Juntas de Freguesia mais um meio de trabalho para a sua missão de protecção civil, uma requalificada e equipada carrinha 4X4, parada há mais de quatro anos, ou dos necessários equipamentos de sinalização individual?
Poder pode, mas numa Câmara tão pouco activa na resolução dos problemas colectivos, tal representa muito pouco e apenas serve para sinalizar o que poderia, ou deveria ser feito, como estratégia global. Numa autarquia que trata os problemas sociais com alguma desconfiança, as parcerias com desdém. A iniciativa com inveja. Um responsável político dificilmente se pode sentir realizado ou mesmo feliz pela sua actuação. Podia e devia ter ido muito mais longe.3 – Voltaria atrás nalguma decisão que tenha tomado ou faria algo que deixou de fazer?
Quanto às decisões tomadas, nesta como em outras matérias, estou seguro que tomei as melhores decisões em cada momento, com os dados que tinha para as tomar. Quando se actua com a probidade e ética republica, com que procuro pautar sempre a minha actuação, têm-se a consciência perfeitamente tranquila.
Quanto a algo que tenha deixado por fazer, considero que o ter conseguido terminar as obras de qualificação projectadas no Quartel dos Bombeiros, para a melhoria das condições de trabalho de todos os bombeiros é algo que gostaria de ter conseguido concretizar. Isso, a par do regulamento interno dos Bombeiros e da instalação do novo Comando dos Bombeiros.
A nível de Protecção Civil, gostaria de ter terminado os trabalhos preparatórios para o estudo das decisões tendentes à implementação da taxa de protecção civil, que colocasse as grandes empresas concessionárias, de auto-estradas, caminhos de ferro, comunicações, luz, água e grandes proprietários florestais a pagar o milhão de euros que custa o nosso sistema de protecção civil, visto que a Câmara não é rica e muito trabalho há ainda para fazer nas Freguesias e no apoio social aos mais débeis do Concelho, com os meios que poderão ser poupados se a esses grandes proprietários e concessionários, se cobrasse o que a lei prevê.
Mas esta é uma matéria que seguramente terá o seu momento de discussão, com responsabilidade nestes próximos anos e onde conto estar presente.
4 – Os tomarenses têm razões para acreditar num 2012 positivo ou, à semelhança da generalidade do país, também nos esperam grandes dificuldades?
Tomar está quanto a mim numa clara encruzilhada. Perdeu competitividade para outras cidades da região, não sabendo dar consequência ao Plano Estratégico de Cidade elaborado entre 95-97 e aprovado por ampla maioria nessa altura. De então para cá baixou a nível nacional do lugar 59 do Indice de Poder de Compra em 1997, para o lugar 91 no ano de 2007.
Perdeu empresas, muitas e perdeu empregos, estando neste momento registados quase 2000 desempregados no Concelho de Tomar. E mais não estão, porque em virtude da falta de espectativas de fixação de novas empresas ou desenvolvimento das existentes, muitos, especialmente os mais qualificados e jovens optam por migrar ou emigrar. Este caminho não é solução. Todos o sabemos. 2012 corre assim o risco, se nada for alterado, de ser mais um ano perdido.
Podem os protagonistas do passado, representar as soluções para o futuro? Repito essa pergunta há já demasiados anos, para se poder considerar ser esta uma nova questão a ser respondida neste novo ano. Tenho esperança de que antes do meu filho de 11 anos poder votar, este problema esteja resolvido, após resposta positiva do eleitorado tomarense.
Aqueles que nos anos 90 do século passado permitiram o que permitiram, a nível de clareza na gestão municipal não são solução, todos o sabemos!
Os que posteriormente a isso cometeram os graves erros estratégicos, como este dos 6,5 milhões de euros que alguém há-de um dia pagar à ParqueT, também não.
Esses, uns e outros são os protagonistas do passado.
E este factor é independente da crise internacional que vivemos desde 2008. Esse é um erro nosso, que só nós podemos resolver. É certo que dava muito jeito a todos que os culpados fossem outros, algures longe, em Lisboa, ou Santarém ou mais próximos em Torres Novas, Ourém ou Abrantes. Mas as soluções para Tomar só podem vir dos tomarenses. Só deles mesmos! Só de nós mesmos!
5 – Durante 2012, refira, por favor, três desejos para o Concelho.
Neste contexto, que desejos se podem, com honestidade augurar para Tomar, neste ano de 2012? Esperar que o Carnaval, as Sopas, o Lego, o Tomarimbando, o Festival Bons Sons e as Estátuas Vivas decorram com o sucesso anterior e que com eles, Tomar possa recuperar parte do brilho e mercado na área dos eventos e negócio na área turística. Mas para isso é preciso promoção. É preciso estratégia. São precisas mais parcerias, menos invejas mesquinhas e mais lógica de economia de fileira.
Que desejo maior se pode ter para 2012, do que esta Câmara desgastada dê lugar a uma nova, com rasgo, competência e vontade de retomar o lugar que é seu no contexto regional? Que maior desejo pode um Tomarense augurar para 2012, do que devolver a 31 de Dezembro, um Concelho mais organizado, mais solúvel, com mais empresas, com mais empregos, com mais solidariedade, com mais trabalho em prol dos outros e menos egoísmo e inveja.
O desejo maior, mesmo o maior, é que possamos atingir metade do sucesso que os nosso inimigos nos desejam de falhanço. Nesse dia Tomar será a terra que ambicionamos e estas últimas décadas não mais serão do que uma triste lembrança.
E porque acredito que Tomar vale a pena ofereço a TODOS e cada um dos nossos ouvintes um triplo abraço fraterno, com muita liberdade, na promoção da igualdade e com a devida fraternidade. A todos um excelente trabalho e um bom ano!
10.1.12
Foi há 137 anos fundado o Partido Socialista em Tomar
A 10 de Janeiro de 1875, reunidos no Grémio, dezenas de militantes, pensadores, sindicalistas e obreiros, sob os auspícios de Quental, fundavam em Tomar, o Partido Socialista, que duraria pouco menos de 40 abismo firmamento da conturbada política do final da Monarquia constitucional.
Foi nesse ano de 1875, por junção de dois grupos de socialistas seguidores respectivamente de Libeknech e de Lassale, no Congresso de Gotha, que se lançaram as bases do actual SPD Alemão.
Só em 1879 viria a ser fundado em Madrid o congénere Partido Socialista Espanhol, se bem que na clandestinidade. O PS fundado em Tomar, colocou assim esta terra de província, mas dotada de uma força proletária forte e uma pequena burguesia prospera, na primeira linha do pensamento e acção política Europeia.
Foi nesse ano de 1875, por junção de dois grupos de socialistas seguidores respectivamente de Libeknech e de Lassale, no Congresso de Gotha, que se lançaram as bases do actual SPD Alemão.
Só em 1879 viria a ser fundado em Madrid o congénere Partido Socialista Espanhol, se bem que na clandestinidade. O PS fundado em Tomar, colocou assim esta terra de província, mas dotada de uma força proletária forte e uma pequena burguesia prospera, na primeira linha do pensamento e acção política Europeia.
6.1.12
Estamos fartos de conversa fiada sobre o apoio social no Concelho
Tomar foi o penúltimo concelho do pais a ciar uma rede social em funcionamento, por teimosia dos actuais responsáveis políticos da gestão do Concelho. E só o fez quando, após insistência de anos dos autarcas socialistas, percebeu que TODAS as instituições do Concelho veriam bloqueados os apoios da Segurança Social se não o fizesse.
Em razão de tal atraso muito está ainda hoje por realizar, a nível de articulação entre as instituições de solidariedade social, a autarquia e a segurança social.
Todos sabemos que a sensibilidade social desta autarquia tem sido muito baixa e só muitas vezes pressionada actua.
Recordo que ainda recentemente houve duas situações, que com o meu contributo enquanto vereador, foi possivel resolver o problema de um Pai que tinha a água cortada na casa onde residia com dois filhos menores, apesar de ter as contas pagas, por perseguição da sua ex-mulher e excesso de zelo dos SMAS, bem como a atribuição provisória de uma casa a uma família, também com filhos menores, que havia perdido para o banco a casa que deixaram de poder pagar.
Agora o problema não se resolve com choradinhos, com grandes tiradas de poesia ou de filosofia barata, nas reuniões de Camara de hoje ou na assemeia Municipal no passado recente. Os problemas sociais resolvem-se com organização, planos e actuação real no terreno.
Uma autarquia de rosto humano, que com profissionalismo actue, e actue rápido, não como em quase tudo tarde e a más horas. Agora não há "donos" dos temas sociais, sendo que todos os responsáveis políticos têm IGUAL legitimidade, e credibilidade, para propor e intervir nas soluções para os problemas, sociais ou outros. A credibilidade, a legitimidade dos eleitos pelo povo é-lhes dada pelo voto popular e não por qualquer auto-proclamado sêlo ou pedigree.
Por isso deixemo-nos de conversa fiada e actuemos!
Recordo aqui, uma velha máxima de que "Os filósofos se limitaram a interpretar o mundo, importando porém transformá-lo"! E o caminho, é mesmo por aí!
5.1.12
PS propõe Plano de emergência social para o Concelho
Podem ser consultadas em http://pstomar.blogspot.com as propostas e declarações apresentadas pelos vereadores socialistas, na primeira reunião de Câmara do ano, de onde se destaca a proposta de elaboração de um Plano de Emergência Social para o Concelho.
Apesar do esforço que, quase, toda a comunicação social faz para silenciar as posições e propostas do PS, felizmente que na internet, por enquanto, ainda estão à disposição a origem das informações.
E, para o bem e para o mal, no panorama político tomarense, o PS afirma-se pela constância da sua acção, divulgação de posições e actividade na internet. Ter opinião em política é, mais do que existir, uma exigência! E nós temo-la, por muito que alguns não gostem de ler ou ouvir...
A Democracia, ainda, não foi suspensa. Até lá, vamos continuar a lutar por uma Tomar mais justa e solidária.