26.12.20

Política de resíduos na União Europeia

 

A política de resíduos na UE, pretende substituir o paradigma de substituição da economia linear – onde utilizamos e eliminamos os recursos de forma acelerada e insustentável, pela economia circular – onde preservamos o valor dos recursos tanto tempo quanto possível, regenerando-os no fim dos ciclos de vida de cada produto, incorporando-o ou dando-lhe nova forma, iniciando um novo ciclo de vida para os materiais seus constituintes originais. O macro objetivo é o de implementar uma Economia Circular inovadora e livre de resíduos.

Estando assim definida uma hierarquia em matéria de resíduos, pela UE, classificando a sua gestão em Prevenção, Preparação para a Reutilização, Reciclagem e Recuperação, sendo que a sua eliminação é mesmo a derradeira e última opção, quando todas as demais se encontrarem esgotadas, é neste enquadramento que toda a atividade do setor se enquadra hoje em dia.

Este contributo da legislação europeia a importantes melhorias,desde os anos 70 do século passado e as novas regras, implementadas a partir de 2018, destinadas a transformar os resíduos em recursos, a incentivar a inovação e a inspirar a transição para uma economia mais circular, tem como objetivo um conjunto de metas no domínio da reciclagem:

- até 2030, pelo menos, 70% de todos os resíduos de embalagens, em cada País da UE, deverão ser reciclados;

- Até 2035, todos os países da UE, deverão reciclar, pelo menos 65% dos resíduos urbanos e depositar em aterros menos de 10% destes resíduos.

Estão também fixados objetivos de reciclagem para materiais de embalagem específicos, como por exemplo: 85% para o papel e cartão, 80% para os metais ferrosos, 75% para o vidro, 60% para o alumínio, 55% para o plástico e 30% para a madeira.

Os grandes objetivos atuais da UE, em matéria de resíduos estão alicerçados na adoção de medidas e iniciativas concretas, as quais permitam:

- reduzir para metade os resíduos alimentares;

- reparar, reutilizar, melhorar e renovar produtos;

- limpar o lixo no ambiente e acabar com o lixo marinho;

- tornar a produção mais eficiente e reduzir os resíduos;

- aumentar a triagem seletiva de resíduos;

- impulsionar a reciclagem;

- atribuir aos produtores a responsabilidade pelos resíduos dos seus produtos.

22.12.20

A régua - uma leitura maçónica


Dos caminhos de ensinamento Maçónico, podemos esclarecer, que:

O primeiro pensamento foi o que se poderia dizer sobre este instrumento para além da sua simbologia que pode ser consultada em qualquer referência da Maçonaria.

Assim, por um lado a régua é usualmente um instrumento com uma escala que serve para traçar retas e fazer medições. Claro que na escola a régua tinha, e porventura terá, outros usos em épocas ou lugares em que a disciplina dos alunos era e é mantida de outras formas como Mark Twain descreve sempre que a personagem principal da sua obra “Tom Sawyer” era apanhado pelo professor em comportamentos não condignos de uma sala de aula.


I.

Na maçonaria utiliza-se a régua de 24 polegadas, que representam as 24 horas do dia e que dividida em espaços iguais remete aos períodos de trabalho, de repouso, de exercícios físicos e mentais e de lazer, ou seja, nenhuma parte do dia deve ser desperdiçado ou devotado ao ócio.

Desta forma a régua, que deriva da palavra francês règle, que também significa regra, indica-nos desde logo como gerir o nosso percurso de aprendizagem e de aperfeiçoamento, ou sejam este deve ser equilibrado entre as diversas componentes da vida, mas rigoroso sem espaço ao desperdício do nosso tempo que é por natureza limitado.


II.

Por conseguinte é na intersecção entre o nosso tempo de vida e a forma como a régua o reparte e a régua como instrumento de desenho de retas que por natureza são infinitas que penso que são as lições que devemos retirar.

Por um lado, tal como a reta infinita desenhada pela régua, o nosso caminho de aprendizagem e aperfeiçoamento não tem nem princípio nem fim. 

Não tendo princípio, o nosso aperfeiçoamento como pessoas deve alicerçar-se no que os irmãos mais experientes e nos que já não se encontram entre nós aprenderam, e, não tendo fim, manter sempre uma atitude de aperfeiçoamento constante mesmo sabendo que nunca o atingiremos, tal como a régua que não permite desenhar a reta no seu todo mas apenas uma representação da mesma. 

Mas isso, não significa que o nosso aperfeiçoamento deva ser apenas uma representação do nosso ideal, tal como a régua que pode passar de mão em mão para prolongar a reta o que aprendemos não deverá ser mantido para o próprio, mas deverá se partilhado para que o aperfeiçoamento do homem e da sociedade seja, tal como a reta, um todo contínuo sem pausas nem quebras e executado de forma perseverante.

A segunda lição está na perseverança da aprendizagem e como deve ser feita. 

A régua, ao ter uma escala definida, impõe uma ordem e uma regra bem definida. 

O caminho do aperfeiçoamento, tal como a régua, também deverá ser feito de uma forma bem delineada e organizada e não de forma anárquica. 

Esta necessidade prende-se com o imperativo de não esquecer nenhum detalhe por mínimo que pareça, pois nunca saberemos quando esse detalhe poderá ser importante. 

Se o caminho for anárquico a construção do nosso conhecimento deixará de se parecer com uma reta, contínuo e uno, mas um salpicado de pontos e traços.

Em conclusão, deverei olhar para a régua, não com o temor com que era vista nas escolas de outrora, mas como um instrumento que me ajudará a indicar o caminho no traçado de uma vida retilínea, livre, justa e fraterna. 

Um caminho que não poderei traçar a sós mas, tal como a régua que pode ser partilhada, será traçado em conjunto com todos vós.

18.12.20

O positivismo - Augusto Comte

"Tudo é relativo, eis o único princípio absoluto"


O Paradigma Positivista teve como mentor Augusto Comte, que se debateu pelas suas ideias positivistas, e distingue-se pelas seguintes características:

Pressupostos básicos:

• Conhecimentos baseados na observação;

• O papel da teoria é crucial;

• Tem uma base epistemológica objetivista;

• O investigador tem que ser capaz de observar objetivamente – realidade objetiva;

• Expressa por regularidades estatísticas observáveis;

• Defende as noções científicas de explicação, previsão e controlo;

• Realidade única independentemente de quem a estuda;

• Pouca relevância nos aspetos subjetivos dos indivíduos.





14.12.20

Azeitona ou Ouzoudu?

 Ouzoudu (pronuncia-se "uzudu"), em árabe quer dizer "azeitona".

Por agora é tudo!





10.12.20

Terceira vaga -(atualização de 13 de janeiro)- métricas de risco pandémico atualizadas

De momento, o ponto de situação é o seguinte:


O aumento do número de óbitos, depois de 17/3/2020, face à média dos anos de 2009/19 (período de retorno de 11 anos - com os dados de janeiro já do período de 2009-20) são já quase 17.000 mortos e os óbitos fora os de COVID, equivalem a + de 51%, do total do aumento. 

Nota: Por ano o numero de óbitos em Portugal ronda os 112.000 - temos portanto um aumento de óbitos em 2020, de cerca de 15% (Em 2020, foram cerca de 123.000, fruto direto e indireto desta pandemia)


No último mês de Dezembro, praticamente todos (98%) do aumento dos óbitos - face à média do período 2009-19, deveu-se à doença COVID.

No entanto, em Novembro, o aumento de óbitos médio diário foi de 91 e os que faleceram por COVID - 67, foram responsáveis por 73% desse aumento - e não como o site do INE noticiou de 93%, pois eles analisaram apenas os últimos 5 anos (2015-19), e apenas entre 2/11 e 29/11. Este período de retorno, mais longo, permite aferir melhor a discrepância dos números de óbitos do presente ano, face a um período com mais acontecimentos - incluindo os valores da última pandemia de 2009-10 e mais surtos gripais. 

Em outubro, o mês do início da segunda vaga, o numero de óbitos COVID era responsável por apenas 36% desse aumento. Fora COVID, em outubro morriam diariamente +31 pessoas e em novembro +25 pessoas.

<Atualização de 13/1/2021> 
(previsão até 15/1/2021)

A SEGUNDA VAGA
Podemos observar que os 3000 casos, para período de retorno de 7 dias, atingiu NÍVEL CRÍTICOa partir de 27/10/2020.

Desde 2/12 que o numero médio de novos infetados (no período de retorno de 7 dias), baixou dos 4000, tendo descido consistentemente desde 15/11 até 28/12.

O fim da segunda vaga deu-se assim por volta dos dias 27-28/12, datas em que baixou dos 3000 casos, tendo durante esses dois dias deixado de estar no nível CRÍTICO.

Podemos assim afirmar que a segunda vaga, durou entre 27 de outubro e 26 de dezembro (2 meses), tendo tido o seu pico entre 13 e 15 de novembro - média entre os 5952 e os 5988 casos (para o período de retorno de 7 dias).


A TERCEIRA VAGA

A terceira vaga terá começado nos últimos dias de dezembro e de uma forma bastante mais incremental (forte) do que a segunda vaga - basta olhar para a inclinação da curva de tendência, nos pontos de início de cada uma do seu aumento, prevendo-se o pico tenha sido atingido hoje, dia 13 de janeiro com uma média móvel (de 7 dias), estabilizada por volta dos 8600 casos/dia (+44% do que o pico da segunda vaga).

AS MORTES

A nível de óbitos, o NÍVEL de auto-confinamento, para os idosos com mais de 80 anos (grupo etário nos quais encontramos 2/3 dos óbitos por COVID19, desde o início da pandemia), situado nos 30 óbitos, foi atingido a 30/10/2020 e desde então nunca voltou a esse nível.

Esta cifra esteve estabilizada durante cerca de 10 semanas a partir de 13/11, entre os 70 e 90 óbitos, tendo-se observado o pico de óbitos, em média móvel de 5 dias, nos dias 15 e 16 de dezembro, com 91 óbitos, tendo descido até 28 de dezembro, onde se atingiu o mínimo de 67m óbitos.

O NíVEL de auto-confinamento geral, que se atingiria com 90 óbitos diários COVID e 25% dos óbitos COVID em relação ao nº de óbitos geral, para período de retorno de 5 dias, não foi assim atingido durante a segunda vaga.

Os valores médios dos últimos 5 dias rondam atualmente os 21% de óbitos COVID, entre o total de óbitos.

Prevê-se que o numero de 150 óbitos, em média móvel de 5 dias, possa ser atingida a 15 de janeiro, e os 200 a 19 de janeiro.

Não atingimos AINDA, o NíVEL de auto-confinamento geral, mas podemos estar próximo do atingir - dentro de cerca de uma semana.


OS INTERNAMENTOS

O nível máximo de internamento (enfermaria e unidade de cuidados intensivos), NA SEGUNDA VAGA foi atingido a 30/11, com 3867 e tem estado desde esse dia à volta dos 5% - HOJE: 4,16%, face ao nº total de casos ativos - com variações desde o mínimo de 4,00% de 9/1 e os 5,47% a 15/12.

O valor máximo de internamentos NA TERCEIRA VAGA, é o de hoje, com 4836 (+25% que o pico da segunda vaga).


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A nível de óbitos:
- ACIMA de 80 anos = 67,3%
- Entre 70 e 79 anos = 20,5%
- Menores de 70 anos = 12,2%



8.12.20

Obrigado Tony Carreira

De um Homem que dignifica a música e o ser português.

Por estes dias é um pai destroçado, que deve merecer TODA a nossa solidariedade.

Obrigado Tony Carreira!


6.12.20

In memorium - Sara Carreira

Premonitória música cantada pela Sara - então com 15 anos (em 7/2014), e pelo pai Tony Carreira.

Sei que muitos criticam este tipo de música, como quando eu era criança e jovem o faziam em relação ao Marco Paulo.

Acontece que são milhares e milhares a identificarem-se, a gostarem e a vibrar com este estilo e, além do respeito devido pelos artistas que assim são adorados pelo público há o principio básico da liberdade de gosto estético, que transformam a sociedade atual, na sociedade mais livre em que alguma vez o Homem viveu. E isso, não sendo comum, é de facto um privilégio único.

E o drama pessoal de alguém como Tony Carreira é, mesmo, muito significativo, especialmente para que é pai.

O meu reconhecimento, ao artista e ao pai, a minha solidariedade na sua dor imensa.

2.12.20

No surto gripal de 2014/15, houve 5591 mortes...

Há apenas cinco anos era assim...

E ninguém se lembrou de parar o País por causa disso.