31.5.21

Por uma estratégia de sucesso no Hidrogénio

Por André Pina - Diretor de Strategy & Origination da Unidade de Negócio do Hidrogénio da EDP Renováveis, in H2 magazine, pag11

Atingir a neutralidade carbónica requer o uso de vetores nergéticos que permitam descarbonizar os setores que não podem ser eletrificados.

O hidrogénio renovável e outros combustíveis rderivados representam assim uma oportunidade de reduzir as emissões associadas a setores industriais como o aço, as químicas e o cimento, e ao transporte pesado ou de longa distãncia, como os camiões e os transportes marítimo e aéreo.

Adicionalmente a possibilidade de produzir hidrogénio a partir da eletricidade renovável e água permite que seja gerado em qualquer País, utilizando recursos endógenos e promovendo cadeias locais de valor acrescentado.

As estratégias de sucesso irão estar focadas não só na redução de emissões, mas também no desenvolvimento de novas tecnologias, na criação de uma nova indústria de exportação de energia na forma de hidrogénio ou derivados e também na atração de indústrias que tinham sido instaladas em locais onde os preços dos combustíveis fósseis eram mais competitivos.

Atualmente, o custo de produção do hidrogénio não é competitivo face ás alternativas fósseis, derivado principalmente do alto custo da tecnologia, da sua eficiência e do custo da eletricidade.

No entanto, a evolução esperada poderá levar a que os projetos mais competitivos possam atingir custos equiparados às tecnologias fósseis até 2030.

A definição de um enquadramento regulatório apropriado, que esteja alinhado com o princípio do poluidor-pagador e reconheça os benefícios dos eletrolisadores para a gestão do sistema, será preponderante para acelerar o desenvolvimento dos projetos.

(...)

[A EDP tem em desenvolvimento], desde projetos de pequena escala - como o FlexnConfu (Portugal) e o Pacém H2V (Brasil) que irão instalar eletrolisadores de I+D de cerca de 1 MW -, até projetos de larga escala, como o GreenH2Atlantic de 100MW em Sines, que foi selecionado para apoio pela Comissão Europeia e que terá agora dois anos para tomar uma decisão de investimento.


27.5.21

A Gestão da Segurança numa Empresa

A gestão da segurança, reporta-se no essencial à prevenção de acidentes de trabalho. Neste contexto, deveremos considerar, por exemplo, a definição constante no nº1 do Artigo 8.º da Lei n.º 98/2009, de 4 de setembro, que nos diz que "É acidente de trabalho aquele que se verifique no local e no tempo de trabalho e produza direta ou indiretamente lesão corporal, perturbação funcional ou doença de que resulte redução na capacidade de trabalho ou de ganho ou a morte.".



As primeiras ações a desenvolver como Técnico Superior de Segurança no Trabalho - TSST, devem ser sempre balizadas na consideração de que a segurança e saúde dos trabalhadores são os fatores prioritários da intervenção a exercer e bem assim que as ações a tomar, resultariam da execução desta função com autonomia técnica, em colaboração com a empresa.

Estando a empresa em início de atividade, seria de optar por uma abordagem de prevenção integrada - considerando na conceção de cada processo/posto de trabalho as medidas preventivas adequadas à mitigação do risco, de forma a reduzir o perigo (propriedade intrínseca) de cada atividade, equipamento, posto de trabalho e/ou instalação da empresa. 

Assim, a primeira ação real a concretizar seria a avaliação de riscos, a qual consiste no processo de identificar, estimar (quantitativa e qualitativamente) e valorar os riscos para a saúde e segurança dos trabalhadores e teria como móbil principal a obtenção da informação necessária à tomada de decisões relativas a ações preventivas a adotar.

Este diagnóstico de situação, com a respetiva identificação e avaliação dos riscos, integraria a primeira parte do futuro Plano de Prevenção e a informação assim obtida levaria às tomadas de decisões de aquisição de maquinarias, sistemas de prevenção passivas e de controlo, que minimizassem os riscos aferidos, levando assim em linha de conta a componente técnica, para de seguida me centrar na melhor organização do trabalho - do processo ao posto de trabalho, fase importante a estabelecer então. 

Só esta abordagem sistemática e integrada, dos componentes materiais do trabalho - do local ao ambiente de trabalho, passando pelas ferramentas, máquinas, equipamentos e materiais a usar na metalomecânica, nomeadamente as substâncias e agentes químicos, físicos e biológicos em presença e terminando nos processos de trabalho, me permitiriam cumprir o desiderato expetável da minha atuação: o enfoque nas soluções, procurando o grau de segurança ótimo - no equilíbrio entre os custos com a segurança e com os expetáveis (mas não desejáveis) acidentes, na aplicação do adequado Plano de Prevenção.

Se tal se conseguir fazer, decerto que parte do trabalho para uma eventual certificação pela NP ISO 45001:2019, estará em plena execução, pois Planear é precisamente o primeiro aspeto a ter em conta no modelo de gestão do tipo PDCA (Plan, Do, Check, Act) em que todas as normas ISO se baseiam.

23.5.21

Prioridades estratégicas da UE na Saúde e Segurança no Trabalho

Fonte original em Quadro Estratégico da UE para a Saúde e Segurança no Trabalho 2021-2027 | Safety and health at work EU-OSHA (europa.eu)


Prioridades estratégicas

O Quadro Estratégico adota uma abordagem tripartida — envolvendo as instituições da UE, os Estados-Membros, os parceiros sociais e outras partes interessadas — e centra-se em três prioridades fundamentais:
- antecipar e gerir a mudança no contexto das transições ecológica, digital e demográfica;
- melhorar a prevenção de acidentes e doenças relacionados com o trabalho e envidar esforços no sentido de uma abordagem «visão zero» para as mortes relacionadas com o trabalho;
- aumentar a preparação para responder a crises sanitárias atuais e futuras.


Neste quadro, alguns aspetos deveriam hoje preocupar os decisores locais, como por exemplo:


A diversidade de trabalhadores


A diversidade da força de trabalho refere-se à composição heterogênea da força de trabalho em termos de uma série de características sociodemográficas e físicas dos trabalhadores, incluindo idade, sexo, origem nacional, orientação sexual e deficiência.

A legislação europeia foi introduzida para levar em conta essa diversidade, impor a igualdade e melhorar a segurança e a saúde no trabalho para todos. Todos os trabalhadores precisam ser protegidos igualmente dos riscosque causam DSM relacionados ao trabalho, independentemente de suas características ou circunstâncias específicas, e os empregadores são obrigados a identificar fatores de risco para todos os trabalhadores.

No entanto, alguns grupos de trabalhadores ainda estão expostos a riscos particulares mais do que o resto dos trabalhadores. Grupos de trabalhadores particularmente expostos a riscos, físicos ou psicossociais,relacionados aos DSM incluem mulheres, trabalhadores migrantes, TRABALHADORES LGBTI (lésbicas, gays, bissexuais, trans e intersexuais) com idade, nível de escolaridade e deficiência sendo questões transversais.

A diversidade da força de trabalho e as necessidades específicas dos trabalhadores devem ser consideradas na avaliação dos riscos relacionados ao DSM e na elaboração de medidas de prevenção.

(https://osha.europa.eu/sites/default/files/2021-11/MSDs_association_pshychosocial_risks_factors_at_work_executive_summary.pdf)



De relevar ainda que a Segurança no Trabalho trata dos conjunto das intervenções que objetivam o controlo dos riscos profissionais e a promoção da segurança e da saúde dos trabalhadores, a Higiene no Trabalho, do conjunto das metodologias não médicas necessárias à prevenção das doenças profissionais e a Saúde no Trabalho, da abordagem global que além da vigilância médica, integra os elementos físicos, sociais e mentais que possam afetar a saúde dos trabalhadores.

15.5.21

Carta da Ocupação do Solo em Portugal Continental

 Disponível no site da Direção Geral do Território - https://infoportugal.pt/2020/06/26/cos2018/




Em resumo:

- Florestas autóctones (azinheira, castanheiro, outras folhosas, outras resinosas, outros carvalhos, pinheiro manso e sobreiro) = 44,5%

- Florestas de pinheiro bravo = 30,1%

- Florestas de eucaliptos = 25,4%

11.5.21

Recolher beatas e transformá-las em cigarros: uma estratégia acertada


Uma excelente inciativa de prevenção e proteção ambiental, permitindo ainda evoluir na valorização de resíduos, uma vez que estas beatas de cigarros, irão produzir tijolos com muito melhores características de resiliencia às variações térmicas, bem como serão muito mais leves.

Nota: as imagens são dos novos cinzeiros colocados no átrio do Posto de Turismo Municipal de Tomar


3.5.21

Recolha seletiva de Biorresíduos em Vila Franca de Xira

 www.jornalvalorlocal.coml

Recolha seletiva de resíduosurbanos biodegradáveisavança em Alverca

05 Mar 2021 10:13



O projeto da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira para a recolha seletiva de resíduos urbanosbiodegradáveis (RUB) vai ser alargado à cidade de Alverca do Ribatejo. A recente aprovação de mais umacandidatura da Autarquia ao Portugal 2020 – Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência noUso de Recursos (POSEUR), permite dar continuidade ao projeto já em curso na cidade da Póvoa deSanta Iria, "cujos objetivos são a proteção do ambiente e a promoção de uma cada vez maior eficiênciano uso de recursos", diz o município em nota de imprensa.

Com um investimento global de 455 mil euros, cofinanciados pelo Fundo de Coesão a 75%, este projetopretende concretizar a recolha seletiva de RUB em 14.845 alojamentos na cidade de Alverca, que seestima sejam responsáveis pela produção de 22,7% dos bio resíduos do Concelho de Vila Franca de Xira.

As ações previstas consistem numa recolha de proximidade no setor residencial daquela cidade, atravésda instalação de equipamento superficial e enterrado na via pública, sendo distribuídos nos alojamentosum balde de 7lts para promover a separação. Estão também consideradas ações de divulgação doprojeto, bem como a aquisição de sistema inteligente de recolha de resíduos.

A implementação deste projeto permite aumentar a reciclagem de bio resíduos, tais como restos decomida, desperdícios de fruta e legumes sem condições de serem consumidos. Através destacandidatura, a Câmara Municipal de Vila Franca de Xira prossegue a sua estratégia de implementação deuma rede de recolha seletiva para separação e reciclagem de bio resíduos, a concretiza