27.10.13

Tempo da chantagem dos Ministérios em Tomar está a chegar ao fim

Primeiro foi o ex-Instituto de Reinserção Social, do Ministério da Justiça, que se veio "pendurar" na excessiva simpatia do Município de Tomar e está em instalações municipais , na Rua Gil Avô, onde em tempos foi a "casa dos passarinhos". E isto de forma gratuita, quando a menos de 50 metros se encontram serviços do município a pagar quase 5.000€ de renda por mês!

Depois foi a "Inspeção de Trabalho", atual ACT, que para poupar 3.000€ de rendas mensais nas duas instalações da corredora, desenvolveram mais uma chantagem do género "ou vocês pagam ou vamos embora", numa reunião com a anterior vereação tida em Lisboa, onde eu me recusei a estar, por motivos óbvios.

Um governo que rouba aos aposentados e pensionistas, que confisca a sobrevivência aos viúvos e das viúvas, que fecha tribunais e finanças, corta no abono de família às crianças, e fecha administrativamente freguesias, sem poupar um cêntimo com tal, merece que as câmaras municipais lhe façam o quê? Que colaborem no assalto institucional?

Então no caso da ACT, se o senhor Inspetor Geral está tão preocupado em poupar dinheiro do seu orçamento, em lugar de se vir pendurar em "borlas" das autarquias, pode começar por prescindir do seu acréscimo remuneratório, que ele e os seus sub-inspectores gerais recebem, além de uma remuneração principesca de Inspeção de Alto Nível, acréscimos esses que quase ascendem a 5.000€ por mês. Ora tenham um pouco de vergonha!

Felizmente que a Presidente da Câmara de Tomar está a começar a por os pontos nos iiss...

A notícia é da Rádio Hertz e o aplauso é geral: é assim mesmo, Anabela!


TOMAR – Anabela Freitas não está disposta a ceder instalações gratuitas à ACT

Anabela Freitas, presidente da Câmara Municipal de Tomar, pretende que a Autoridade para as Condições do Trabalho pague uma renda mensal face à futura utilização das instalações que estão situadas na Alameda Um de Março, onde esteve a Polícia Judiciária. O espaço em causa está a ser alvo de remodelações com o propósito de instalar os serviços que, nesta altura, estão ainda na rua Serpa Pinto (Corredoura), sendo que o executivo liderado por Carlos Carrão tinha chegado a acordo com a ACT para uma utilização gratuita.
Anabela Freitas, entrevistada pela Hertz, considera que o Governo está a fazer «chantagem» com o Município, obrigando-o a assumir os custos na totalidade sem qualquer retorno directo, isto senão quiser que os serviços da Autoridade saiam da cidade. Nesse sentido, confessou-nos a autarca, as obras vão continuar mas está em marcha um pedido de reunião com o Inspector-geral da ACT para que a posição da presidente seja vincada: «Vamos continuar a fazer as obras mas vou pedir uma reunião com o senhor Inspector-geral no sentido. A indicação que tenho dos serviços centra-se no facto de não ter sido assinado qualquer contrato com a ACT. Sim senhora, o Município pode facultar instalações mas deve receber uma renda. Considero que é uma chantagem por parte da administração central estar a ameaçar que os serviços se vão embora. Quer dizer, o Município, que tem cada vez menos transferências de verbas da administração central, tem agora que assumir custos de obras para que a ACT fique por cá instalada, sem um retorno directo é algo que não merece a minha concordância. Por isso, vamos tentar renegociar esta questão. Se o senhor Inspector-geral der um parecer que, afinal, podem pagar uma renda de mil a mil e quinhentos euros, será algo de positivo, será um ganho. Caso contrário, teremos que ir junto das Finanças. Esta é uma questão que terá que ser discutida entre todos mas a minha intenção é não ceder».

21.10.13

Quando é a própria Igreja Católica a começar a intervir, percebe-se que Há mesmo que encontrar um caminho mais justo e solidário

Vaticano acolhe plano do setor cooperativista para uma sociedade mais equilibrada

Private audience in Vatican City

Esquerda - direita: Dame Pauline Green e Sr. Manuel Mariño (ICA), Sua Santidade o Papa Francisco

Uma delegação do setor cooperativista foi recebida pelo Papa Francisco em uma audiência privada. Constatou-se que o Papa Francisco e este setor compartilham uma mesma preocupação com as crescentes injustiças, desigualdades e exclusão social, apesar dos alarmantes sinais dados pela prolongada crise global. O Santo Padre relembrou histórias positivas das cooperativas da época de sua infância, elogiou a visão sustentável destas iniciativas de uma economia mais justa, equilibrada e estável e deixou claro o propósito do Vaticano de dar continuidade às ações iniciadas no encontro, ao fazer apresentações entre os representantes do setor cooperativista e o Pontifício Conselho Justiça e Paz Social.


Roma, 21 de outubro de 2013 – O Papa Francisco recebeu ontem uma delegação de representantes do setor cooperativista. Foram convidados pelo Vaticano Dame Pauline Green, Presidente da Aliança Cooperativa Internacional (ACI ou ICA por sua sigla em inglês), o Sr. Charles Gould, Diretor Geral, Raul Imperial, Presidente da ACI Américas e Manuel Mariño, Diretor Regional da ACI Américas. Representando a Confederação Cooperativa da República Argentina (Cooperar), estavam presentes o Sr. Ariel Guarco, Presidente e o Sr. Ricardo López, Secretário. Durante a reunião, com duração de mais de 30 minutos, o Papa recordou os tempos em que seu pai, em 1954, explicava a ele e a seus irmãos o valor das iniciativas cooperativistas.

Dura crítica do Papa Francisco

O Papa Francisco criticou com dureza as injustiças da sociedade de hoje e denunciou o fracasso de uma integração mais significativa dos jovens e idosos por parte do atual modelo econômico. Ele questionou como a sociedade pôde deixar-se estar a tal ponto, que em nações desenvolvidas como a Espanha e a Itália o índice de desemprego entre jovens é de 40%. Destacou sua confiança nas cooperativas que têm por objetivo construir um futuro onde as pessoas – e não objetivos de lucro - ocupem uma posição central. “Se pessoas a uma quadra de distância morrem de frio ou fome, este fato não sai nas notícias, mas se as ações caem 2 ou 3 pontos na bolsa de Londres ou Nova Iorque, isso sai ao ar imediatamente”, disse o Papa Francisco.

O setor cooperativista, ao compartilhar suas visões, oferece sua ajuda a todas as organizações

Dame Pauline Green: “O setor cooperativista está orgulhoso e honrado por compartilhar esta visão em comum com o Vaticano de uma sociedade mais inclusiva, equilibrada e mobilizante. Este é outro sinal de que o setor cooperativista sem dúvida está progredindo. No ano passado a ONU declarou 2012 o Ano Internacional das Cooperativas. Em 2013, isso se confirmou através da bem-sucedida assinatura de nosso acordo com a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) no dia 15 de outubro. Algo está mudando na sociedade e as cooperativas estão orgulhosas de serem uma plataforma propulsora, mas altamente sustentável, de uma economia mais satisfatória”.

Charles Gould: "O setor cooperativista considera o convite do Vaticano um marco histórico. As pessoas hoje em dia se sentem alheados dos modelos econômicos e sociais dominantes, enquanto estes mesmos modelos controlam suas vidas. Acho que isso fica bastante claro nos movimentos ‘Ocupe Wall Street‘, ‘Ocupe Londres’, ‘Ocupe Todos os Lugares‘– em todos eles está presente esta ideia de que ‘isso não está funcionando para nós‘. E não se trata de algo isolado, mas sim de algo amplamente compartilhado. Este encontro extremamente positivo com o Vaticano confirma que as preocupações do setor cooperativista são compartilhadas por importantes atores sociais e que precisamos unir forças com outras organizações fora do movimento cooperativista, compartilhando nossa decisão de melhorar, diversificar e equilibrar a sociedade e a economia para poder melhorar”.

Novembro: Será divulgada uma estratégia para o Desenvolvimento da África

Dame Pauline Green e o Sr. Charles Gould pediram ao Papa Francisco que enviasse uma mensagem de apoio e encorajamento à Assembleia Mundial do movimento a ser realizada na Cidade do Cabo, África do Sul, de 1 a 5 de novembro deste ano. Durante a Assembleia Mundial será divulgada a Estratégia do Setor Cooperativista para o Desenvolvimento da África.

Os interessados em assistir devem contatar o endereço abaixo

O Programa da Conferência pode ser visto em www.capetown2013.coop


# Final #

Para obter mais informações, contate:

Jan Schiettecatte
Diretor de Comunicações
Aliança Cooperativa Internacional
schiettecatte@ica.coop
Tel: + 32 2 285 00 76

www.ica.coop



NOTAS AO EDITOR

1. A Aliança Cooperativa Internacional (ACI ou ICA por sua sigla em inglês) é uma organização independente, não governamental, estabelecida em 1895 com o objetivo de unir, representar e atender cooperativas em todo o mundo. Ela oferece uma voz com alcance global e um fórum para o conhecimento, expertise e ação coordenada sobre e para cooperativas.

2. Os membros da ACI são organizações cooperativas internacionais e nacionais de todos os setores da economia, inclusive do setor agrícola, bancário, de consumo, pesca, saúde, moradia, seguro e trabalhadores. A ACI conta com membros de cem países, que representam um bilhão de indivíduos do mundo todo. No mundo, cem milhões de pessoas trabalham para uma cooperativa.

3. Cooperativas são associações de sucesso, baseadas em valores, e pertencentes a seus membros. Seus membros, sejam eles clientes, empregados ou moradores, estão em condições de igualdade no negócio e compartilham uma participação nos lucros.

4. Para obter mais informações sobre o Ano Internacional das Cooperativas visite www.ica.coop. Siga a ACI em twitter em @icacoop. Curta a página www.facebook.com/internationalcooperativealliance no Facebook.

8.10.13

Uma possível análise dos resultados das eleições em Tomar

Os resultados definitivos foram os seguintes:

Câmara Municipal

PS - 5.479 (27,6%), Presidente Anabela Freitas, vereadores Rui Serrano e Hugo Cristóvão
PSD - 5.198 (26,1%), vereadores Carlos Carrão e João Tenreiro
IpT - 3.094 (15,6%), vereador Pedro Marques
CDU - 1.827 (9,2%), vereador Bruno Graça
MPT - 1.369 (6,9%)
BE - 585 (2,9%)
CDS - 560 (2,8%)

Brancos - 940 (4,7%)
Nulos - 834 (4,2%)

Vitórias PS nas freguesias de Além da Ribeira, Asseiceira, Madalena, Beselga, S.João Baptista e Sabacheira.


Assembleia Municipal

PS - 5.416 (27,2%), 7 deputados municipais
PSD - 5.353 (26,9%) , 7 deputados municipais
IpT - 3.450 (17,3%), 4 deputados municipais
CDU - 1.949 (9,8%), 2 deputados municipais
BE- 929 (4,7%), 1 deputado municipal
CDS - 732 (3,9%)


Assembleias de Freguesia

Além da Ribeira/Pedreira (PSD) - 3PSD, 2PS, 2indp, 2CDU
Casais/Alviobeira (PSD) - 5PSD, 2IpT, 2PS
Asseiceira (PS) - 5PS, 3PSD, 1IpT
Carregueiros (PSD) - 5PSD, 2IpT, 1CDU, 1PS
Madalena/Beselga (PS) - 5PS, 2PSD, 1IpT, 1CDU
Olalhas (PSD) - 6PSD, 3PS
Paialvo (CDU) - 4CDU, 3IpT, 1PS, 1PSD
Tomar (PS) - 5PS, 5PSD, 2IpT, 1 CDU
S.Pedro (PSD) - 6PS, 3PSD
Sabacheira (PS) - 4PS, 3PSD
Serra/Junceira (IpT) - 6IpT, 3PS


Nestes resultados destaca-se o forte crescimento do PS nas freguesias de Asseiceira e na Cidade de Tomar, bem como o equilíbrio de votos entre a votação na Câmara e Assembleia Municipal.

Só o PS e a CDU subiram de forma significativa, em percentagem, e com menor expressão em número de votos, uma vez que votaram menos cerca de 2.800 cidadãos e houve a duplicação dos votos nulos e brancos, seguindo aliás a média nacional a esse nível.

Com uma Câmara governável apenas em acordo do PS com um ou mais forças políticas presentes, à exceção do PSD, como sempre Anabela Freitas afirmou e uma Assembleia Municipal, basicamente ingovernável, os fortes desafios que se colocam à Presidente Anabela Freitas serão, naturalmente, o conseguir alcançar os necessários equilíbrios para evitar que a catástrofe económica que se avizinha acontecer em Tomar, seja mitigada pela arte e saber dos seus autarcas.

Um PSD derrotado em toda a linha, que perde a cidade e uma das três terceiras freguesias que detinha, ficando o PS responsável pela gestão direta de dois terços dos tomarenses (Cidade, Madalena-Beselga, Asseiceira e Sabacheira), é um partido que esgotadas as soluções para o Concelho sai, perdendo a confiança de mais de 2.600 eleitores (cerca de 8% dos votantes). Nem com Vitor Gil (em 1993), a última vez que o PSD perdera umas eleições para a Câmara de Tomar, o resultado foi tão fraco, tendo tido na altura mais de 33%, ou mesmo quando o PS lhe ganhou em 1989, após uma década de domínio da AD e do PSD, quanto Bento Batista tinha tido cerca de 29%.

A estratégia desenhada pelo PS, desde há largos anos, valorizando e investindo na qualificação dos seus quadros políticos, no conhecimento dos dossiers e do aprofundamento do conhecimento dos problemas concretos das pessoas e da busca das melhores soluções, teve pleno sucesso e um mérito que deve ser repartido, não só por aqueles que foram agora eleitos, mas por todos os que, especialmente nos últimos 10 anos, muito trabalharam e deram partes significativas das suas vidas, para que esta tenebrosa noite no desenvolvimento de Tomar terminasse, pelo menos agora por quatro anos.

O futuro dirá se a escolha foi acertada e se, os agora executantes escolhidos pelo povo, têm as unhas devidas e necessárias para tocarem a guitarra do poder. O desafio é imenso e a recompensa e reconhecimento expectável muito pequeno. Mas Tomar merece-nos!

1.10.13

Até já camaradas!

http://www.facebook.com/luis.ferreira.37625

Meus caros amigos.
Uma vez que está terminada a importante missão que este perfil no face teve nos últimos anos, para a denúncia das situações graves que Tomar viveu, com um forte prejuízo na minha imagem pública, ele naturalmente findará com a tomada de posse da Presidente Anabela Freitas.
Sigo assim um conselho avisado, com anos já, do meu amigo e vereador eleito Hugo Cristóvão, cuja ponderação na exposição pública é reconhecida por todos. Esta é uma das provas de que se pode aprender com todos, mesmo e muitas vezes com os mais novos.
Manterei apenas ativo, com atualizações inopinadas, sempre que se justifique, o meu blogue pessoal http://vamosporaqui.blogspot.com/ de onde nada apagarei, porque objetivamente nós somos, também, aquilo que fizemos.
Um bem haja a todos os meus mais de 2200 amigos e os outros milhares de conhecidos que me têm visitado ou lido.
Agora, vamos ao trabalho, Tomar!