25.11.12

Há um ano o PS deixou o PSD a falar sozinho em Tomar

Foi há um ano que o PS em Assembleia Municipal se recusou a aprovar mais uma alteração orçamental, que visava incluir a decisão unilateral do pagamento do ruinoso negócio que o PSD fez com a ParqueT, no valor de 6,475 milhões€, precipitando o fim do acordo de partilha de poder que havia mantendo durante dois anos.
 
Apoiei esta decisão, ratificada pela Comissão Política, convicto de que o PS não podia continuar preso a uma situação altamente prejudicial ao Concelho. Certo de que Tomar precisava e merecia ter uma alternativa forte e global a mais de 15 anos de total e absoluto desmando, com os resultados que estão à vista de todos.
 
A decisão corajosa, tomada pelos socialistas há um ano atrás, demonstra que é incomum, mas possivel, colocar os interesses coletivos acima de quaisquer interesses individuais. E nós, no PS, sabemos fazê-lo!
 
A reler as razões de deixar o PSD a falar sozinho em Tomar:

22.11.12

Conselho consultivo do Centro Hospitalar do MédioTejo

Tendo tido como representante do Município a vereadora Graça Costa, reuniu na passada Sexta-feira, pela primeira vez, o conselho consultivo do Centro Hospitalar do Médio Tejo.
 
A nossa representante disponibilizou um memorando dos principais assuntos abordados, que a seguir em parte se transcreve, tomando nota da importância de ser este o procedimento adequado a ter pelos representantes do Município em diversos e diferentes orgãos externos.

 
SÚMULA DA REUNIÃO DO CONSELHO CONSULTIVO DO CENTRO HOSPITALAR DO MÉDIO TEJO


  • Decréscimo da actividade do CHMT nas diversas valências quando comparado com 2011
  • Preocupação em relação à falta de recursos humanos médicos – este ano saíram 10 médicos, na sua maioria para as PPP e para zonas geográficas mais atractivas.
  • Concurso para 29 médicos, em curso, com a expectativa de se virem a cumprir apenas 10 a 12 vagas, na melhor das hipóteses.
  • Hospital de Dia – contratação de uma oncologista a tempo inteiro, e continuação do apoio de 2 oncologistas do IPO de Coimbra.
  • Maternidade – diminuição de cerca de 9% dos partos em relação a 2011 ( apenas 753 até Outubro de 2012 ). Existe preocupação em relação a esta matéria e está “ na calha” uma nova estratégia para inverter este processo – darei mais pormenores pessoalmente.
  • Cirurgia adicional – o CHMT tem contratualizado directamente do orçamento do Centro Hospitalar porque a tutela deixou cair o programa de combate ás listas de espera – tempo médio de espera actual 116 dias.
  • Existem 23 cirurgiões – 4 condicionados – muitos problemas com os anestesistas  - Prof. Queiroz e Mello falou da necessidade de alterações profundas na atitude e profissionalismo dos médicos , bem como da sua convicção de que se pode fazer muito mais com os mesmos recurso humanos.
  • Lista de espera actual – 2800 cirurgias
  • Presidente do Conselho Consultivo pediu dados sobre a qualidade dos serviços prestados – respostas foram muito pouco consistentes e / ou esclarecedoras.
  • Foram manifestadas muitas reservas em relação ao modelo das urgências nas 3 unidades.
  • Conselho de Administração tem um estudo que pretende implementar, através de Unidades Locais de Saúde.
  • Dados financeiros  - remeteram para o site do CHMT – resultado liquido negativo de 15 milhões de euros – deverá ser agendada nova reunião do CC no início de 2013 para analise estruturada da execução física e orçamental do ano em curso
  • O Conselho de administração apresentou um quadro com os “Planos de Futuro” para o CHMT, do qual se ressalta a enorme falta de informação sobre a reorganização em curso do CHMT – Presidente do Conselho de Administração foi evasivo e “preferiu” dar informações sobre outros investimentos do CHMT, a saber : o início do processo de implementação das ULS (Unidades Locais de Saúde); Nefrologia / Hemodialise – aumento da capacidade de resposta em Torres Novas; Hospital de Dia – Diabetes em Tomar; aumento da capacidade de resposta em termos de anatomia patológica e outros pormenores pouco relevantes
  • Foi questionada a passagem em definitivo da cirurgia programada para a Unidade de  Tomar, conforme tinha sido assumido pelo Conselho de Administração e que tinha sido comunicado na reunião que a Câmara havia tido com o Presidente do CHMT – processo está em reanálise.
  • Presidente do CHMT fez questão de relevar o apoio que a tutela tem dado ao processo de reestruturação do CHMT, e ao apoio do Partido Socialista, dando como exemplo a visita dos deputados socialistas a Tomar e as declarações efectuadas, essa altura, pelo deputado António Serrano.
  • Foi garantido pelo presidente do CHMT que nenhuma das unidades dos CHMT está à venda, mas referiu em simultâneo e no mesmo contexto que a situação financeira do Centro Hospitalar é insustentável.
  • Terminou a reunião falando dos intercâmbios com Angola e com a informação da aprovação dos contrato-programa, que apenas se concretizaram já durante o presente mês de Outubro.
  • A reunião encerrou coma a manifestação de intenção do Prof. Queiroz e Mello de fazer nova reunião no início de 2013.

18.11.12

País a caminho de eleições antecipadas

Estamos a escassos meses da realização de eleicoes antecipadas, sente-se pelo ambiente que se vive nos meios políticos e essa parece ser a única certeza neste momento.

As divergências entre PSD e PP são já neste momento insanáveis. A posição de varios Ministros, com Relvas à cabeça, é insustentável. As principais privatizações (a pataco), vão fazer borregar toda a leitura macro-económica sobre o país e virão a ser investigadas durante anos por visível favorecimento, tráfico de influencias e gestão danosa.
Relvas rumará ao Brasil, Alvaro para os amigos financiadores canadianos e Passos continuará a sua brilhante carreira de gestor avençado do grupo "ambiental" de Angelo Correia. No final da Estória um pais destroçado e um Seguro metido em apuros.

As eleições da Primavera de 2013, são no pior momento para o PS. Ainda não se tendo libertado da "canga socrática", cheio de desempregados políticos alapados à direção de Seguro, alguns tudo farão
para  continuar a servir os lobbies que nos trouxeram até aqui. O povo desesperado votará para mudar, mas o novo PS não está ainda preparado para Governar. Há ainda um caminho de "limpeza" a fazer...

Por isso entendo que a decisão, que primeiro Portas e depois Cavaco tomarão, tem apenas como fito retirar do poder este grupo de "funcionários" de outros interesses, mas a sua substituição não vai ser nem fácil, nem sequer garantia de que teremos uma nova e "limpa" política. Seguro precisa de mais tempo e objetivamente de um novo Congresso Nacional.

E é precisamente por isso que acho que vamos ter eleições com brevidade: o convencimento de determinada direita que o PS não chega lá. Oxalá Seguro tenha o golpe de asa para dar a volta por cima. Já o vi, em situações adversas, fazê-lo: mas os mais de 20 anos que nos separam desse tempo, podem porém fazer a diferença.

17.11.12

Primeiro aviso à navegação

Para a maioria das pessoas esta ou aquela ação ou escrito, desta ou daquela pessoa, parece muitas vezes despropositada ou sem qualquer sentido. No entanto, nada acontece por acaso.

Quanto vai uma aposta em como, muito em breve, vamos ver as habituais marionetas do Relvas a tentar tudo por tudo condicionar as candidaturas do PS, as únicas que nos últimos anos não tem conseguido limitar, controlar ou sequer influenciar?

É que mesmo à distância o longo braço e telefone do atual Ministro, tudo fará para ver se desta se safa novamente, seja na imposição de Carrão como cabeça de lista de uma coligação com o PP de Ivo, que se o fizer mais não fará do que retornar "à casa mãe", seja na criação de algumas manobras de diversão com os seus habituais serviçais nalguns setores da esquerda nabantina, cujo umbigo, ego, empregos diretos ou de familiares e outras benesses ilegítimas, passaram e continuam a passar pelo seu longo braço.

Os tomarenses sabem bem o resultado disso: 15 anos de caminho de caranguejo...

16.11.12

Dois anos depois mais um Tornado F3 em Portugal


Um excelente testemunho, de mais um Tornado (F3, sem dúvida), que assolou desta vez o Algarve.
Este tipo de fenómenos extremos, começa a afetar cada vez mais a nossa latitude.


http://www.tvi24.iol.pt/sociedade/silves-carvoeiro-lagoa-tornado-mau-tempo-algarve/1393434-4071.html
Última atualização às 21:40
Treze pessoas ficaram feridas, três com gravidade, nos concelhos de Lagoa e Silves, após a passagem de um tornado na região, segundo o último balanço do Ministério da Administração Interna. Alguns feridos tiveram de ser desencarcerados de viaturas que se voltaram com o vento. Há três famílias desalojadas, num total de 12 pessoas.

Vídeo mostra tornado no mar

Segundo o INEM, nove dos feridos foram levados para os hospitais de Faro e Portimão e um recebeu tratamento no local. Dois feridos graves registaram-se em Silves.

A Proteção Civil adiantou ainda que 19 pessoas receberam assistência, no local, a nível psicológico.

Num balanço anterior, o adjunto de operações nacional da Proteção Civil, João Verde, explicara à tvi24.pt que os ferimentos resultaram de carros que se voltaram quando os ocupantes estavam no seu interior e de objetos lançados pelo vento.

«Os maiores problemas estão ligados com as pessoas que se encontravam no interior das suas viaturas e que sofreram danos, porque os ventos muito fortes acabaram por conduzir a que essas viaturas virassem», explicou.

As operações de socorro estão quase a ser concluídas, mas há mais de 100 habitações danificadas, assim como viaturas. O vento arrancou árvores, sinais, painéis e outras estruturas e os trabalhos de limpeza deverão demorar mais algum tempo.

Uma testemunha contou à tvi24.pt que o tornado passou por Alvor por volta das 14:30, danificando o telhado da escola primária e de outros edifícios.

De acordo com a Proteção Civil, foram «registados fenómenos de vento forte afetando os concelhos de Silves e Lagoa/Faro, danos em vários veículos, habitações e uma escola».

Quinze pessoas foram evacuadas preventivamente de um lar de idosos em Algoz, pela Cruz Vermelha Portuguesa, para uma unidade de cuidados intensivos.

De acordo com a última atualização da Proteção Civil, a «situação tende a normalizar», mas há «danos avultados no edificado, veículos, infraestruturas rodoviárias e rede elétrica».

4600 pessoas estão sem energia elétrica nos concelhos de Silves e Lagoa com previsão da reparação até às 24:00.

O abastecimento de água às populações está a funcionar com normalidade.

Também hoje de manhã, em Albufeira, o mau tempo causou inundações na via pública, alagando casas e lojas da cidade, mas a situação já está regularizada.

Estão envolvidos nas operações 231 operacionais apoiados por 67 viaturas.

Bombeiros de Arraiolos foram chamados para auxiliar na resposta a esta situação.

Os ventos fortes provocaram, ainda, o corte da linha ferroviária do Sul, que faz a ligação entre Lisboa e o Algarve, estando duas composições paradas por volta das 17:00, disse a CP. Os passageiros vão ser transportados de autocarro.

A circulação na linha ferroviária do sul foi entretanto restabelecida às 20:15.

A verdade sobre o Mercado Municipal

Artigo de opinião, publicado no Jornal"O Cidade de Tomar"


Muito se tem escrito e dito sobre o Mercado Municipal de Tomar, ou melhor, sobre a vergonha em que se transformou a sua gestão e manutenção. É exemplar do que tem sido uma determinada forma de olhar a Cidade, de olhar o Concelho e de prospetivar o nosso futuro colectivo.

A história, triste, é até de uma simplicidade atroz: Há cerca de 10 anos, aproveitando a janela de oportunidade aberta pelo Governo de António Guterres, com o Programa Polis, a Câmara de então, que é a mesma de hoje, viu na zona do Mercado a hipótese de aí criar um mirífico Fórum, de volumetria totalmente desproporcionada. Envolveria 20.000m2 de áreas comerciais, 5 andares e a sua altura excedia o atual Centro de Emprego.

Claro que tudo isto seria bonito se Tomar fosse Aveiro, com quase 100.000 habitantes a 15 minutos de distância, ou estivesse numa qualquer área metropolitana. Nunca até hoje apareceu qualquer grupo na área dos centros comerciais, que quisesse ou pudesse viabilizar tal disparate. Tem sido assim em quase tudo o que esta maioria que nos (des)governa há 15 anos faz: o que toca, em vez de luzir, perde brilho! E assim foi com o nosso Mercado.

Certo, certo, é que desde essa altura o objectivo para o Mercado estava traçado: era para abater!  E foi isso que foi executado: por desleixo, má fé na recusa de propostas da oposição para a requalificação do Mercado e falta de competência no acesso a financiamentos do QREN.

Nunca mais quaisquer obras, dignas desse nome, foram realizadas no Mercado Municipal, tirando a famigerada rede de separação entre o mercado da roupa e o mercado dos frescos, após a intervenção na outra margem do Rio, o qual hoje est+a num estado lastimável.

Logo em 2005, aquando da apresentação do orçamento para 2006, o então vereador socialista Carlos Silva apresentou uma proposta de alteração ao mesmo, colocando uma verba para uma INTERVENÇÃO DE EMERGÊNCIA no Mercado. Resultado: recusado pela maioria.

No sentido da defesa do Mercado, no inquérito público realizado para aprovação do Plano de Pormenor (PP) do Flecheiro e Mercado, o PS promoveu uma subscrição individual entregue no POLIS, subscrita por mais de 1.100 cidadãos. Resultado: recusados os argumentos apresentados, o PP Flecheiro e Mercado lá foi aprovado na Assembleia Municipal, apenas com os votos da maioria.

Posteriormente em 2008, seriam os independentes a insistir com tal correcção de caminho, o qual também foi recusado. E de obras nada. A degradação continuou!

Na campanha eleitoral de 2009, todas as forças políticas assumiram que o Mercado não podia continuar nas condições, do século passado, incapazes de mantê-lo em funcionamento durante muito tempo, o que viria acontecer menos de um ano depois. Todos assumiam assim, que o Mercado não servia de forma digna a população do Concelho e fazendo perigar algumas dezenas de negócios familiares, numa cidade cada vez mais carente de comércio local.

Em Fevereiro de 2010, após alguma discussão, foi aprovada por UNANIMIDADE uma intervenção de emergência no Mercado, a tal que o PS havia proposto em 2005 e que havia ser recusada. Haviam sido PERDIDOS mais de 4 anos!

E o que foi feito? Muito pouco. De tal forma, que no início de Julho de 2010, a ASAE viria encerrar provisoriamente o Mercado, com um auto com imensas incorrecções detectadas e mais tarde, viria mesmo selar o Mercado, em virtude de não haver da parte da Câmara qualquer visível interesse de as resolver.

De emergência, a Câmara reuniu e mais uma vez por UNANIMIDADE, viria a decidir que deveriam ser realizadas as estimativas ou para uma intervenção de correcção ou para outra solução provisória, bem como iniciar um projecto para um novo Mercado.

Sem qualquer apresentação de estimativas à reunião de Câmara, unilateralmente o presidente e o vice-presidente PSD decidiram avançar para a célebre TENDA, que aí está desde então, gastando centenas de milhar de euros.

A proposta dos vereadores do PS, então com outros pelouros atribuídos, em briefing de preparação de reunião de Câmara, foi a de que a prioridade deveria ser dada para a resolução imediata das incorrecções detectadas pela ASAE, em diálogo com esta, para que o Mercado ficasse encerrado o menos tempo possível. Houve inclusivamente uma visita realizada pelo vereador do urbanismo, em conjunto com o presidente de então, mas foi apenas para enganar, mentindo sobre a real intenção: FECHAR o MERCADO MUNICIPAL! E o PSD conseguiu-o, através da ASAE, mas conseguiu-o, mesmo sem arranjar investidor para construir o tal mirífico Fórum! É obra!

Após isto é o que se sabe: passaram dois anos, dois verões, milhares de euros perdidos de receitas, para o Município, para os Comerciantes e para os cidadãos.

Perdeu-se a oportunidade, proposta pelos vereadores do PS, durante 2010 e 2011, para que quase 3 milhões de euros, alocados a nível de financiamento QREN ao outro lado do Rio (Flecheiro), fosse parte dele reprogramado para o projecto e construção de um novo Mercado.

Em conclusão: Hoje, nem Mercado renovado, nem projeto para um novo Mercado, nem financiamento para que tal possa acontecer, nem serviço decente à população do Concelho. Na passada Quinta-feira, a Câmara decidiu novamente, por UNANIMIDADE, que quer saber o que já devia ter sabido há dois anos: os custos de uma intervenção de emergência!? Só podem estar a brincar com os Tomarenses, certo?
Para que saiba, em Coruche (PS), terra do Touro e da Cortiça, em menos tempo fez-se projecto, obteve-se financiamento, fez-se a obra de total renovação do antigo Mercado Municipal e a 5 de Outubro de 2012, foi reaberto.

15.11.12

Turismo anima reflexão e estudo em Tomar

promovido pela Associação dos Amigos da Sinagoga de Tomar


promovido pelo Departamento de Turismo Cultural do Instituto Politécnico de Tomar

De referir ainda que ontem, dia 14 de Novembro, se realizou em Tomar uma importante reunião de trabalho entre os responsaveis dos 80 cursos na área do Turismo, existentes em Portugal, que envolvem a formação de mais de 3.500 profissionais neste setor.
 
Tudo isto numa cidade onde a autarquia teima em não ter uma estratégia digna desse nome, nem um investimento consistente em coisas tão simples como o ambiente urbano, a recuperação dos seus imóveis ou asimples limpeza e abertura regular dos seus Monumentos. Por um lado, o seu primeiro mundo - a Academia faz e bem o seu trabalho, por outro o terceiro mundo (Municipal), mantém o paradigma do sec.XX., baseado no mais puro amadorismo e improviso. 

Aposta no Turismo dá sempre retorno


Portugal encontra-se entre os vinte por cento de países mais ricos do planeta, por estranho que nos possa parecer. A nossa participação na União europeia, tem tido as suas consequências a nível quer da riqueza, quer de indicadores de desenvolvimento, sejam por exemplo na saude, na esperança media de vida, no acesso a bens culturais, à educação, aos diferentes apoios sociais (desemprego, infancia, idosos, ...).
 
Isto pode parecer estranho, agora que desde há um ano temos um Governo de matriz ultra-liberal, que nos quer mais próximos da desregulação americana, do que do estado social alemão ou escandinavo, onde até os sindicatos pagam a greve aos trabalhadores, por exemplo!
Um dos negócios mais rentável em Portugal, à parte da produção de pasta de papel, com base na nossa gigantesca floresta, é decididamente o Turismo.

Somos o 18º destino turístico a nível mundial, quando somos apenas o 36º a nível de PIB per capita, sendo que Tomar, com quase 180.000 visitantes ao Convento de Cristo e mais de 40.000 à cidade, tem potencial para multiplicar por 10 este indicador.
 
Basta saber, querer e perceber onde estão os públicos. Basta limpeza, disponibilidade e apoio a iniciativas privadas e públicas. Basta bom senso e promoção adequada.
Basta aproveitar o know-how instalado nas Escolas, quando há formação superior nesta área em Tomar, nas Associações, quando há produção cultural, nas empresas, quando há restauração e hotelaria com qualidade... 
Esse estudo, essa prova, esse caminho foi avançado em 2010 em Tomar. Num ano apenas aumentou-se as dormidas em cerca de 15% e as visitas à cidade em mais de 30%.
E agora, o que vem sendo feito?

14.11.12

Sem crescimento económico nenhuma dívida se paga

Dedicado especialmente ao bloguista tomarense, que depois de velhote (com a autoridade que lhe dá ter tido uma vida, cheia de mundo), se converteu às maravilhas do liberalismo, na defesa de Passos e Portas, devendo já ser dos poucos a fazê-lo, além de ser um declarado crítico do Presidente Francês Holland e defensor das politicas de Merkel.

O Prof. António Rebelo, além de estar errado, no tempo, no modo, na forma, oblitera a verdade que uma cada vez maior "maioria" de economistas e de políticos, mesmo em Portugal e na área da social democracia (ferreira leite) ou da democracia cristã (bagão félix), perfilam: assim não vamos lá. Sem crescimento económico, nenhuma divida se paga...

Mas leiamos e discutamos, o que "pensa" o em tempos terrível, FMI:


David Lipton, primeiro diretor-adjunto do Fundo Monetário Internacional, explicou em Londres o que orienta a organização na gestão da atual crise. Veja as diferenças com os defensores da austeridade na Europa.

Jorge Nascimento Rodrigues (www.expresso.pt)
12:21 Terça feira, 13 de novembro de 2012


A "desalavancagem" é necessária, mas deve ser implementada com uma "velocidade" e de um modo que "minimize o impacto negativo no crescimento económico", referiu David Lipton, primeiro diretor-adjunto do Fundo Monetário Internacional (FMI) numa conferência em Londres. A desalavancagem abrange tanto as famílias, os bancos e o sector público, disse. A desalavancagem sucede aos períodos de "bolha" financeira e de sobreendividamento de todos os agregados económicos. E está a ser simultânea em muitos sectores económicos e países desenvolvidos. A simultaneidade agrava a gestão da crise, tem alertado o FMI. Ainda por cima num contexto em que "desta vez é diferente" de crises anteriores ocorridas depois da 2ª Guerra Mundial. Desta vez, disse Lipton, "esta crise está a provar ser muito difícil de terminar".

Lipton recordou o economista inglês John Maynard Keynes acerca dos paradoxos que a desalavancagem implica e implicitamente retomou os conselhos de Keynes na conferência de Bretton Woods sobre a resolução dos desequilíbrios entre países deficitários e excedentários.

Lipton trabalhou nas Administrações norte-americanas de Clinton e Obama e era diretor do Citi antes de Christine Lagarde, a diretora-geral do FMI, o ter catapultado para seu primeiro braço direito entre quatro diretores adjuntos.

Para o FMI estes problemas sistémicos são uma dor de cabeça, a principal que afeta as perspetivas da economia mundial.


Seis linhas com que o FMI se cose
Por isso, Lipton sistematizou em Londres um conjunto de orientações que guiam o pensamento do Fundo, que, em alguns casos, podem ser consideradas ambíguas, permitindo alguma elasticidade na sua aplicação no terreno:

# A consolidação orçamental deve ser "gradual e sustentável, orientada por objetivos estruturais". No caso de "choques negativos amplos ou de desapontamentos no crescimento", o ritmo da consolidação orçamental deve ser "suavizado". Mas o FMI junta, sempre, a expressão "nos países que puderem" e "onde as condições de financiamento o permitirem". O que deixa à análise concreta da situação concreta uma enorme margem de manobra que tanto serve os mais integristas da austeridade como os seus críticos.

# O ajustamento orçamental deve ser "de qualidade" e "amigo do crescimento". Mas logo junta: "tanto quanto possível". No entanto, adverte que o ajustamento nos países periféricos europeus levará "ainda muitos anos a completar", é um processo com um longo caminho pela frente.

# A "velocidade" e a "sequência" das reformas no sistema financeiro contam para o crescimento. Por isso é indispensável um "equilíbrio". O que implica que os bancos centrais continuem a fornecer liquidez e que, no caso da zona euro, o Mecanismo Europeu de Estabilidade proceda a injeções diretas nos bancos em recapitalização, retirando a dívida soberana do circuito.

# É essencial que os países periféricos europeus tenham acesso a "financiamento a custos razoáveis".

# A União Bancária na zona euro é indispensável para completar a união monetária. Mas terá de implicar um enquadramento de supervisão e regulação único, um mecanismo pan-europeu de resolução, e um esquema de garantia bancária pan-europeu. A integração orçamental da zona euro é necessária como proteção da união bancária, para evitar políticas imprudentes por parte dos estados membros individualmente e evitar que "choques idiossincráticos" (em circunstâncias especiais em casos específicos) se tornem sistémicos.

# O crescimento global exige, também, um forte crescimento da procura por parte das economias que têm excedentes externos. Não basta o esforço unilateral de desalavancagem nos países deficitários, esforço que empurra essas economias para recessões e mesmo depressões prolongadas e ruturas sociais. Este processo é ganhador para ambas as partes, diz Lipton. Serve os "interesses individuais dos países envolvidos (economias deficitárias e excedentárias) enquanto efetivamente diminui os desequilíbrios globais e as vulnerabilidades inerentes", conclui.
 
Foi em 1944 que Keynes, então chefe da delegação britânica, propôs na conferência de Bretton Woods o que viria a ser batizado como a "solução Keynes", em que os países excedentários investiriam os seus recursos extra no crescimento dos países deficitários. Na ocasião, os norte-americanos vetaram a ideia, mas, mais tarde, em 1947, com o Plano Marshall acabariam por o fazer recanalizando parte dos seus excedentes. O que permitiu à Europa levantar a cabeça. A situação chegara a um ponto de rutura em 1947, com um pico de 4,7 mil milhões de dólares de défice da balança comercial de toda a Europa Ocidental em relação aos Estados Unidos.
 
Depois de ziguezagues nas negociações, o governo português acabou por beneficiar diretamente do Plano Marshall em 54 milhões de dólares entre 1949 e 1951, em que se destacou a capacidade do lóbi do trigo que arrecadou do Plano para Portugal a maior fatia, de 36%, do bolo.
 
O ponto de vista do economista inglês foi expresso, pela primeira vez, em 1919 na sua obra "As Consequências Económicas da Paz". Keynes participara na Conferência de Versalhes como delegado do Tesouro britânico e pronunciou-se contra as resoluções altamente penalizadoras da Alemanha em termos de reparações de guerra, avisando que poderiam provocar uma recessão e o regresso aos conflitos na Europa.

13.11.12

A política e as pessoas comuns

Diz-se muitas vezes que há um divórcio entre a população e os políticos.

Ora um político não é mais do que um cidadão que se candidatou a determinada função, e aí está eleito em representação dos outros. Não é nenhum extra-terrestre que tenha aterrado vindo do nada. Vem da sociedade, expõem-se numa candidatura perante ela, muitas vezes tem já um percurso público, sendo conhecidas as suas opiniões e as suas ações. Um político reconhece-se pela essencia do que trata a política: da análise dos problemas, do encontrar das soluções para eles e da decisão para os resolver!

Especialmente em termos locais, difícil é dizer-se que quando se vota não se sabe em quem ou no que se está a votar. 

Muitas das críticas contra os políticos, são criticas contra nós próprios, cidadãos que escolhemos, de entre nós os nossos representantes. Erramos nesta ou naquela escolha. Avaliámos mal ou fomos ostensivamente enganados, com promessas fáceis ou bombardeados pelas opiniões isentas nos jornais ou, como antigamente, pelo senhor doutor muito respeitado na terra. 

Em todo o caso a escolha foi nossa. 
Os políticos não são eles, somos nós. Nós que votamos (ou não), nós que damos mandatos uns aos outros para os exercermos em nome coletivo.

No tempo presente de cada vez maiores dificuldades, só a preserverança de um espirito isento e livre, capaz de compreender os problemas daqueles  nome dos quais se governa, é garantia de errarmos menos. Sim, porque todos erramos: quando escolhemos enquanto cidadãos ou quando representamos esses mesmos cidadãos. Não há ninguém perfeito.

Dentro de poucos dias o meu partido, o PS, escolherá o seu candidato a Presidente de Câmara para as eleições do inicio de Outubro de 2013. Terminando o prazo de apresentação de candidaturas no próximo dia 22 de Novembro, não se sabe ainda qual virá a ser a decisão.

É no entanto sabido o desejo da esmagadora maioria dos socialistas em Tomar, que desde há anos vêm dando o seu apoio e suporte ao trabalho coletivo, o qual tem tido óbvios protagonistas, com maior ou menor sucesso nas suas atividades públicas, nessa tal representação "política" que falámos ou na execução de outras funções publicas de relevo, no Setor do emprego, da educação ou da representação do estado, por exemplo.

Assim, estou convicto que a solução de candidatura a Presidente de Câmara pelo PS, decididamente a mais bem preparada de sempre, bem como as soluções políticas que serão encontradas, quer na lista da vereação, num pendor mais centrado nas capacidades de decisão e execução, quer na lista de candidatos a deputados municipais, mais virada para o estudo e para a fiscalização da atividade do Município, darão boa conta do que é exigido no tempo presente.
 
Isto porque a política é e deve ser feita por pessoas comuns, com capacidade de decisão e usando de bem senso, muito bom senso...

11.11.12

Uma Câmara para ajudar a economia e as pessoas

Podem ler a minha nota do dia na Rádio Hertz, todos os Sábados, quinzenalmente, a seguir aos noticiários das 13H, 17H e às 19H. Próxima crónica, dia 24 de Novembro:

http://esquerdocapitulo.blogspot.pt/2012/11/uma-camara-para-ajudar-economia-e-as.html

8.11.12

Gastos em comunicações da Câmara: A irresponsabilidade da gestão

Na continuidade da abordagem já aqui efetuada, que pode ser relida aqui, este o artigo de opinião publicado no Jornal "O Templário" de hoje:


O Jornal “O templário” titulou recentemente, que eram escandalosos os gastos em telemóveis na Câmara de Tomar. Titulou e bem, algo que já sendo público há mais de ano e meio, continuou sem ser cabalmente corrigido. Aliás, logo em 2010, poucos meses depois de ter sido distribuído equipamento de comunicações à vereação, alertei para que os serviços respetivos deviam adequar os tarifários à realidade da utilização, a qual tem hoje essencialmente por base os sms/mms e a internet(dados), sendo a comunicação por voz residual. Em resultado disso, terá havido uma pequena correcção, como adiante se verá, de todo insuficiente e que manteve os gastos com comunicações muito elevados, espelhando uma completa irresponsabilidade na sua gestão.

Eu como vereador, sou o primeiro a dizer: os gastos em comunicações, não telemóveis como erradamente se pode induzir, são verdadeiramente uma vergonha.
Pura e simplesmente o responsável por este sector há 15 anos, Carlos Carrão, não monitorizou durante anos a despesa, quase que não impôs correcções, apenas se entretendo a “despachar”, mesmo que os gastos com comunicações do Município superassem até ao ano passado os 70.000€/ano. Assim é fácil! Por aqui têm os Tomarenses um pequeno exemplo do que vem sendo TODA a gestão da autarquia: uma verdadeira vergonha e irresponsabilidade da gestão.

Senão vejamos o exemplo do número que o Município me distribuiu para serviço dos pelouros que coordenei: a Cultura, Turismo, Museus e gabinete de apoio ao cidadão em 2010 e a Protecção Civil e Bombeiros, em 2010 e 2011 e para meu serviço enquanto vereador, a exemplo dos demais. Por semestres, a despesa com comunicações foi o seguinte:

2º Semestre 2009 –    103,81€; 1º Semestre 2010 – 7.114,34€; 2º Semestre 2010 – 4.104,54€; 1º Semestre 2011 – 1.882,54€; 2º Semestre 2011 – 1.778,62€; 1º Semestre 2012 – 1.420,83€

Os valores do 1ºSemestre de 2010 são um exagero, só explicável, pela desadequação da tarifação à implementação de um sistema de comunicação / divulgação de iniciativas / alertas desenvolvido a partir de Fevereiro. Isto foi feito, para dar conta dos eventos realizados pela autarquia, que implicava o envio, através de um sistema informático, de centenas de mensagens automáticas, que garantiam a chegada da informação a mais de 5000 cidadãos do Concelho de toda a informação, por evento. Este sistema produziu maior efeito na comunicação da Cultura/Turismo/Museus em 2010,  do que todos os Boletins Municipais conseguem. O aviso por mim próprio dado aos serviços financeiros do Município em 2010, deve ter dado lugar a uma qualquer alteração, uma vez que os valores do 2ºsemestre se reduziram para quase metade.

Os valores de 2011 foram mais baixos, mas uma vez que o único sistema que ficou em funcionamento foi o dos alertas de proteção civil, com um envio muito menor de mensagens, mantendo-se no entanto, presumivelmente, um valor elevado de internet, deduzo que não tenha havido renegociação de contratos substancial. É importante saber-se ainda que nenhum dos utilizadores é regularmente informado dos valores que estão a ser gastos e atribuídos a cada número, apesar de eu ter por diversas vezes insistido para que tal acontecesse. A primeira vez que uma tabela global destas despesas foi distribuída aos vereadores, foi por despacho do Presidente, em 21/8/2012!!!

Registe-se ainda que por exemplo, durante o ano de 2009, antes portanto dos meus alertas de 2010, já os valores de gastos com os cartões distribuídos e que deram origem aos maiores gastos eram muito elevados: o de Miguel Relvas (sem funções executivas no Município) 7.444,46€ e os de Casimiro Serra (proteção civil e mercados) 3.350,94€ + 1.291.92€. Tais valores mantiveram-se elevados em 2010: Miguel Relvas 3.306,85€ e Casimiro Serra (já sem proteção civil) 2.862,54€, além dos 11.208,88€ do sistema de comunicações adstrito ao número sob minha responsabilidade.
E ninguém achou isto estranho? Ou exagerado?
Isto para mim, que na coordenação da gestão da proteção civil e dos bombeiros, sempre controlei todos os cêntimos que se investiam e cobravam, é inconcebível!
Com os modelos de gestão e políticas implementadas na proteção civil e nos bombeiros, sem aumento de despesa em relação a 2009 (cerca de 1.050.000€), a minha vereação conseguiu aumentar a receita de 115.000€ em 2009, para 226.000€ em 2010 e 2011, aumentando ainda o serviço às populações em mais de 12%, através de um aumento por exemplo nos serviço de ambulâncias na casa dos 35%.
Se a vereação que coordenei conseguiu isto, porque razão a vereação da gestão financeira, perante os exagerados valores de gastos em comunicações, não agiu? Não procurou renegociar os contratos? Alterar a operadora? A tipologia de cartões distribuídos, para o tipo de utilização necessária?
Não está aprovado, desde 2003, um sistema de controlo interno, que aliás recentemente a propósito da tentativa de obtenção do empréstimo de 3,6 milhões de €, chumbado pela oposição, o vereador da gestão financeira da autarquia, também Presidente, assegurou que existe? Existe? Mas pelos gastos em comunicações realizados nos últimos anos, prova-se que não funciona!
 
Só para termos a melhor percepção que apesar da implementação, este ano, do Plano de Austeridade (como se fosse preciso um plano de austeridade para se gerir bem, com responsabilidade e controlo), eis os maiores gastos do 2ºTrimestre de 2012, tomando por base os sistemas distribuídos a alguns dos membros do Município: Luis Ferreira 728,87€; Pedro Marques 659,45€; Carlos Carrão 356,24€; Casimiro Serra 320,70€; José Vitorino 289,18€; Bombeiros1 246,78€; Bombeiros2 207,72€. Isto num total de cerca de 8.300€ no Trimestre.
Garanto-vos, por exemplo, que é possível obter sms a um valor comercial muito inferior ao que o Município de Tomar os paga, há anos. Ainda há alguns meses dei, em reunião Câmara, o exemplo dos Municípios da Lezíria do Tejo, que têm uma plataforma de negociação para aquisição de serviços de comunicações, onde os sms são pagos a 2 cêntimos e a internet, ilimitada, por cartão e/ou pen não custa mais do que 13€/mês. Mas no Município de Tomar, continuam-se a manter contratos, sem controlo ou qualquer monitorização e a custarem dezenas de milhares de euros a todos!
Se a minha vereação na proteção civil e os bombeiros (2010-11), tivesse feito “vista grossa” às centenas de dívidas de serviços de ambulâncias dos anos de 2006 a 2009, que os meus antecessores do PSD deixaram por cobrar, o Município não teria sido ressarcido de parte significativa dessas dezenas de milhares de euros de dívidas. Mas para isso os vereadores não podem estar apenas lá sentados a fazer “despachos”, têm de se incomodar e fazer gestão estratégica. Que isto lhes sirva de exemplo!
 

6.11.12

Romney: Big day for a Big change, he says. Will be?

O desejo:

  http://api.usatoday.com/brightcove/BCVideo/PlayVideo.ashx?api_key=ej2stt7g2gm8chpsvvc2hkq7&videoID=1951084733001


O problema:

MÉXICO, 5 Nov 2012 (AFP) -As autoridades dos Estados Unidos "devem resolver rapidamente o chamado abismo fiscal" e o aumento do teto de sua dívida, seja quem for o ganhador das eleições presidenciais de terça-feira, pediu nesta segunda-feira a diretora gerente do FMI, Christine Lagarde, no México. 

A falta de acordo no Congresso norte-americano sobre os mecanismos para reduzir o déficit público ameaçam desatar uma série de ajustes automáticos que implicam cortes do gasto federal e aumentos de impostos, um cenário conhecido como "abismo fiscal" que afetaria duramente a economia mundial. Trata-se de uma ameaça não só para os Estados Unidos, mas "também para a economia global dado o tamanho" do país, disse Lagarde em coletiva de imprensa no final da reunião de ministros de Finanças e governadores de bancos centrais do G20 na capital mexicana. "Quem quer que seja eleito amanhã (terça-feira, o presidente Barack Obama ou o republicano Mitt Romney) deverá enfrentar esse desafio", disse Lagarde. A diretora do FMI lembrou que faltam apenas dois meses aos Estados Unidos para encontrar uma solução a esta ameaça ao crescimento mundial. Segundo o comunicado final da reunião, os Estados Unidos se comprometeram a evitar uma queda brusca de seu gasto público que possa afetar a economia global. "Os Estados Unidos cuidarão cuidadosamente do ritmo de ajuste fiscal para garantir que as finanças públicas sigam em um caminho sustentável a longo prazo, evitando (assim) uma forte contração fiscal em 2013", disse o texto divulgado no final de dois dias de deliberações na capital mexicana. mr/hov/cd/mv

5.11.12

O pedido de empréstimo do advogado Obama

Recebi via email, através de mão amiga, não tendo conseguido comprovar a sua realidade. No entanto, penso ser simpático que observemos uma abordagem, face à burocracia dos "sistemas" públicos e privados, que reputo de muito interessante...
Para os fãs de Obama serve como comprovação do seu "génio" ao serviço dos pobres e deserdados, para os outros, nos quais me incluo, não deixa de ser uma história interessante:

Um advogado de nome Barack Hussein Obama II, na época, 1995, líder comunitário, membro fundador da mesa directora da organização sem fins lucrativos Public Allies, membro da mesa directora da fundação filantrópica Woods Fund of Chicago, advogado na defesa de direitos civis e professor de direito constitucional na escola de direito da Universidade de Chicago, Estado de Illinois (e actual presidente dos Estados Unidos da América) numa certa ocasião pediu um empréstimo em nome de um cliente que perdera sua casa num furacão e queria reconstruí-la.

 Foi-lhe comunicado que o empréstimo seria concedido logo que ele pudesse apresentar o título de propriedade original da parcela da propriedade que estava a ser oferecida como garantia.
O advogado Obama levou três meses para seguir a pista do título de propriedade datado de 1803.

Depois de enviar as informações para o Banco, recebeu a seguinte resposta:

"Após a análise do seu pedido de empréstimo, notamos que foi apresentada uma certidão do registo predial. Cumpre-nos elogiar a forma minuciosa do pedido, mas é preciso salientar que o senhor tem apenas o título de propriedade desde 1803. Para que a solicitação seja aprovada, será necessário apresentá-lo com o registo anterior a essa data."
Irritado, o advogado Obama respondeu da seguinte forma:

"Recebemos a vossa carta respeitante ao processo nº.189156.

Verificamos que os senhores desejam que seja apresentado o título de propriedade para além dos 194 anos abrangidos pelo presente registo. De fato, desconhecíamos que qualquer pessoa que fez a escolaridade neste país, particularmente aqueles que trabalham na área da propriedade, não soubesse que a Luisiana foi comprada, pelos EUA à França, em 1803.

Para esclarecimento dos desinformados burocratas desse Banco, informamos que o título da terra da Luisiana, antes dos EUA terem a sua propriedade, foi obtido a partir da França, que a tinha adquirido por direito de conquista da Espanha. A terra entrou na posse da Espanha por direito de descoberta feita no ano 1492 por um navegador e explorador dos mares chamado Cristóvão Colombo, casado com dona Filipa, filha de um navegador de nome Perestrelo. Este Colombo era pessoa respeitada por reis e papas e até ouso aconselhar-vos a ler sua biografia para avaliar a seriedade de seus feitos e intenções. Esse homem parece ter nascido em 1451 em Génova, uma cidade que naquela época era governada por mercadores e banqueiros, conquistada por Napoleão Bonaparte em 1797 e actualmente parte da Região da Ligúria, República Italiana. A ele, Colombo, havia sido concedido o privilégio de procurar uma nova rota para a Índia pela rainha Isabel de Espanha. A boa rainha Isabel, sendo uma mulher piedosa e quase tão cautelosa com os títulos de propriedade como o vosso Banco, tomou a precaução de garantir a bênção do Papa, ao mesmo tempo em que vendia as suas jóias para financiar a expedição de Colombo.

Presentemente, o Papa – isso, temos a certeza de que os senhores sabem - é o emissário de Jesus Cristo, o Filho de Deus, e Deus – é comummente aceite - criou este mundo a partir do nada com as palavras Divinas: Fiat lux que significa "Faça-se a luz", em língua latina. Portanto, creio que é seguro presumir que Deus também foi possuidor da região chamada Luisiana por que antes, nada havia. Deus, portanto, seria o primitivo proprietário e as suas origens remontam a antes do início dos tempos, tanto quanto sabemos e o Banco também. Esperamos que, para vossa inteira satisfação, os senhores consigam encontrar o pedido de crédito original feito por Deus.

Senhores, se perdurar algumas dúvidas quanto a origem e feitos do descobridor destas terras, posso adiantar-lhes que desta dúvida, certeza mesmo, só Deus a terá por que Inúmeros historiadores e investigadores, concluíram baseados em documentos que, Cristóvão Colombo, nasceu em Cuba (Portugal) e, não em Génova (Itália), como está oficializado. Segundo eles, em primeiro lugar, Christovam Colon, foi o nome que Salvador Gonçalves Zarco, escolheu para persuadir os Reis Católicos de Espanha, a financiar-lhe a viagem à Rota das Índias, pelo Ocidente, escondendo assim a sua verdadeira identidade. Segundo, este pseudónimo não aparece por acaso, porque Cristóvão está associado a São Cristóvão, que é o protector dos Viajantes (existe inclusive uma ilha baptizada de São Cristóvão). Cristóvão, que também deriva de Cristo, que propaga a fé, por onde anda, acresce que Cristo, está associado a Salvador (1º nome verdadeiro do ilustre navegador). Colon, porque é a abreviatura de colono e derivado do símbolo das suas assinaturas".." (Duas aspas, com dois pontos no meio). Terceiro, Salvador Gonçalves Zarco, está devidamente comprovado, nasceu em Cuba ( Portugal) e, é filho ilegítimo do Duque de Beja e de Isabel Gonçalves Zarco. Quarto, era prática usual na época, os navegadores darem às primeiras terras descobertas, nomes religiosos, no caso dele, foi São Salvador (Bahamas), por coincidência ou talvez não, deriva do seu primeiro nome verdadeiro, a segunda baptizou de Cuba (Terra Natal) e, seguidamente Hispaniola (Haiti e República Dominicana), porque estava ao serviço da Coroa Espanhola. Quinto, a "paixão" pelos mares, estava no sangue da família Zarco, nomeadamente em, João Gonçalves Zarco, descobridor de Porto Santo (1418), com Tristão Vaz Teixeira e da Ilha da Madeira (1419), com o sogro de "Christovam Colon", Bartolomeu Perestrelo. Por fim, em sexto, existem ilhas nas Caraíbas, com referência a Cuba (além da mencionada Cuba; São Vicente, na época existia a Capela de São Vicente, da então aldeia de Cuba). Posteriormente (Sec-XVI), foi edificada a actual Igreja Matriz de São Vicente. São coincidências (pseudónimo, nome das ilhas, família nobre e ligada ao mar, habitou e casou em Porto Santo, ilha que fica na Rota das Índias pelo Ocidente), mais do que suficientes, para estarmos em presença de Salvador Gonçalves Zarco e, consequentemente, do português Christovam Colon. Christovam Colon, morreu em Valladolid (Espanha) em 1506, tendo os seus ossos sido transladados, para Sevilha em 1509, contudo em 1544, foram para a Catedral de São Domingos, na época colónia espanhola, satisfazendo a pretensão testamental do prestigiado navegador.

A odisseia das ossadas não ficaria por aqui, porque em 1795, os espanhóis tiveram de deixar São Domingos, tendo os ossos sido transferidos para Cuba (Havana), para em 1898, depois da independência daquela ilha, sido depositados na Catedral de Sevilha.

Coincidência ou não, em 1877, os dominicanos, ao reconstruírem a Catedral de São Domingos, encontraram um pequeno túmulo, com ossos e intitulado “Almirante Christovam Colon".

Existem na Ilha da Madeira e nos Açores, pessoas da famílias Zarco, descendentes directos de João Gonçalves Zarco e, consequentemente da mãe (Isabel Gonçalves Zarco) de Christovam Colon, disponíveis para darem uma amostra do seu cabelo aos cientistas, para analisar o seu DNA e, para comparar os seus resultados nas ossadas do navegador, se, efectivamente forem as pretensões deste Banco para certificar-se da origem do navegador.

Quanto a Deus, ainda não tenho sua biografia, somente sei que caso a conseguisse, até o maior e mais potente computador do planeta não seria suficiente para comportar um resumo do resumo da mesma, por isso sugiro-vos educadamente e após muito pensar, que, por serem banqueiros e, portanto poderosos, tentem por vossos meios.

Agora, que está tudo esclarecido, será que podemos ter o nosso empréstimo?".
Assinou: Barack Hussein Obama.

O empréstimo foi, claro está, concedido.

Este homem é, desde 2008 o 44º Presidente dos EUA e na próxima 4ª feira de madrugada (na Europa) se verá se é, ou não, reeleito.

4.11.12

A aposta nas energias renováveis de Obama e do PS em Portugal

 

O Homem da frustração, para as classes baixas e médias baixas, Obama, tem seguido a cartilha democrata em setor chave para a sustentabilidade: a energia renovável. De recordar a importância que teve a vitória de Al Gore, sim a vitória, que Gore teve mais votos nas presidenciais do que Bush filho, dizia, para a assumpção do desenvolvimento sustentável, como paradigma da governação democrata de Obama.
 
Ou seja, nem tudo é mau nesta sua presidência:
 
O primeiro mandato de Obama foi caracterizado por uma aposta nas energias renováveis, uma estratégia muito criticada pelo partido Republicano, e o presidente apresentou os resultados desta estratégia passados 4 anos desde o seu início. “Nós dobrámos o uso de energia renovável e milhares de americanos tem hoje emprego a construir turbinas de vento e baterias duradouras. Só no último ano reduzimos as importações de petróleo em um milhão de barris por dia,[31.000 milhões€] mais do que qualquer administração na história recente. E hoje, os Estados Unidos da América são menos dependentes de petróleo estrangeiro do que em algum momento das duas últimas décadas”.
 
 
E em Portugal, o que fizeram os Governos PS?
 
Segundo Catarina Jesus, mestre pela Católica, no seu estudo sobre o Impacto Macroeconómico do Sector das Energias Renováveis em Portugal:
 



Conclui-se que o sector das energias renováveis apresenta um impacto significativo a nível da criação de riqueza em Portugal, uma vez que tem vindo a crescer a um ritmo superior ao da economia nacional, sendo expectável que represente aproximadamente 2% do PIB nacional em 2015 (face a 0,9% em 2005). Também no que diz respeito ao ambiente, o seu impacto é relevante, uma vez que contribui significativamente para a redução das emissões de CO2

Porém, é ao nível do emprego indirecto e da dependência energética que o sector permite maiores benefícios, devido ao elevado potencial para criação de postos de trabalho nos restantes sectores da economia e à redução significativa da importação de combustíveis fósseis e de energia eléctrica, que se traduz numa poupança considerável a nível da balança comercial portuguesa.
 
No que diz respeito à capacidade instalada em fontes de energias renováveis, a energia eólica evoluiu de forma acelerada: representando em 2005 apenas 17% da capacidade total instalada para produção eléctrica a partir de fontes de energia renovável, face a um domínio da energia hídrica na ordem dos 75%, atingiu em 2010 41% deste mix, sendo expectável que em 2015 supere já a energia hídrica – que representará apenas 40% do mix, face aos 48% da energia eólica.
 
Estima-se que em 2005 o contributo directo do sector das energias renováveis para o PIB português tenha sido de aproximadamente 700 milhões de euros, com a energia hídrica destacada enquanto a mais relevante (77%). A evolução do sector e de cada uma das fontes de energia renovável que o compõem, nomeadamente a energia eólica, justificam a evolução da sua contribuição directa para o PIB nacional. Em 2010, esta rondava valores próximos dos 1.300 milhões de euros, [Crescimento de mais de 80%] dos quais uma percentagem já significativa – quase 40% – se devia à energia eólica. Segundo as estimativas efectuadas, é expectável que em 2015 o impacto directo do sector das energias renováveis na economia portuguesa atinja um montante de aproximadamente 1.900 milhões de euros, dominado pela preponderância dos sectores hídrico (34%) e eólico (42%), mas apresentando também contribuições razoáveis das restantes fontes renováveis, em particular da energia solar fotovoltaica (14%, considerada para efeitos do gráfico no âmbito das "Outras Energias Renováveis").
 



Em 2005 a actividade do sector das energias renováveis contribuiu de forma indirecta para os restantes sectores da economia em cerca de 600 milhões de euros. A fonte renovável que registou a maior contribuição indirecta para o PIB dos restantes sectores da economia foi a energia hídrica (81%). Em 2010, o impacto indirecto do sector das energias renováveis no PIB português ascendeu a 1.100 milhões de euros [Crescimento de mais de 80%], dos quais 30% se deviam à energia eólica (face a apenas 11% em 2005).

 



Estima-se que a riqueza total gerada por este sector na economia nacional tenha correspondido a cerca de 1.300 milhões de euros em 2005, os quais aumentaram para cerca de 2.400 milhões de euros em 2010 [Crescimento de mais de 80%], sendo expectável que atinjam aproximadamente 3.500 milhões de euros em 2015. A redefinição de apostas e a evolução do sector justificam que, actualmente e no futuro, as fontes de energia renovável que criam mais riqueza a nível da economia nacional sejam, a par da energia hídrica, a eólica e a solar fotovoltaica.

 
O emprego gerado ao nível do sector das energias renováveis apresentou sempre taxas de crescimento superiores face ao emprego nacional. Neste período, Portugal registou uma taxa de crescimento médio anual do emprego no sector das energias renováveis de 8%, substancialmente superior à taxa de crescimento médio anual de -1% apresentada pelo emprego nacional.
 
Nota: Para uma consulta completa aqui
 

BALANÇO DE 2011 NAS RENOVÁVEIS EM PORTUGAL (http://www.apren.pt)

Balanço 2011 - Renováveis em Portugal
A electricidade de origem renovável foi responsável por 46,8 por cento do total do consumo eléctrico em Portugal continental no ano de 2011, segundo o balanço à produção de electricidade da Associação Portuguesa de Energias Renováveis (APREN).

Em 2011, a produção de electricidade de origem renovável em regime especial (PRE-FER) foi responsável por 25,1 por cento da electricidade consumida em Portugal, dos quais 17,6 por cento foram provenientes da energia eólica. No total, em cada hora de consumo de electricidade em 2011, quinze minutos tiveram origem em centrais renováveis* dos quais onze minutos foram produzidos pela energia eólica.

Tendo por base a aplicação da correcção da hidraulicidade, que tem em conta o facto de 2011 ter sido menos húmido que o ano médio, a incorporação de electricidade renovável no consumo nacional atingiu os 48,9 por cento em 2011, o que representa um aumento face aos 45,1 por cento registados em 2010.

A APREN destaca outros factos de relevo:

• A produção de electricidade de origem renovável* permitiu poupar 721 milhões de euros na importação de combustíveis fósseis (gás natural, carvão, e fuel nas Regiões Autónomas) e 104 milhões de euros em licenças de emissão de CO2. No total, a produção de electricidade renovável por produtores independentes permitiu uma poupança de 825 milhões de euros, mais 195 milhões de euros do que em 2010.

• A produção de electricidade de origem renovável evitou o equivalente à emissão de 8 milhões de toneladas de CO2, um valor que corresponde a mais de 10 por cento do valor total de emissões definido para Portugal.

• No dia 12 de Novembro, entre as 7 e as 8 horas da manhã, todo o consumo de electricidade em Portugal foi assegurado pela Produção em Regime Especial tendo, nesse mesmo dia, 64 por cento do consumo sido assegurado pela produção eólica.

“O aumento do preço dos combustíveis vai reafirmar a importância dos benefícios que o sector traz para o desenvolvimento do País, uma vez que o preço da electricidade renovável é totalmente independente. Este é um factor que contribuí para aumentar a segurança de abastecimento e a independência energética, aspectos fundamentais para o relançamento da economia portuguesa”, afirma António Sá da Costa, presidente da Associação Portuguesa de Energias Renováveis.


* PRE Renovável, ou seja, toda a Renovável excluindo a Grande Hídrica.
Fonte: Dados da REN e análise APREN
 
Minha conclusão:
Estes são, alguns dos dados relevantes que nos recordam que boas políticas contribuem para um desenvolviemento económico sustentado é sustentável. Nisto, como em outras áreas, estava o PS no caminho correto e a Presidência Democrata Americana, embora com resultados mais débeis, também.

3.11.12

Como funcionava a ditadura Franco-Alemã de Merkozi

O que vai ler de seguida é o extrato de uma avaliação de um governante francês, de direita, que relata sem escrúpulos que fazia parte de uma estrutura ditatorial, comandada por Merkel, ajudada por Sarkozy e assistida por Obama.

Retrato destes tempos, de circunstancias passada há apenas um ano, de como dois primeiros ministros democraticamente eleitos pelo povo são "literalmente" despedidos pelos algozes de gravata do capitalismo financeiro internacional. Todos eles: Merkel, Sarkozy e Obama, executores a mando dos interesses globais, para os quais os povos são manadas, que ou obedecem ou padecem.

Não vivemos já em guerra?
George Orwel está de revisita a estas primeiras duas décadas do século XXI, com estes  novos "guardas das SS" que mantêm a ordem nos campos de trabalho que são os, teoricamente, países livres do ocidente.
A história é sobre a Grécia e a Itália, mas podia ser sobre o fim de Sócrates em Portugal ou de Zapatero em Espanha, que também foram substituídos de forma "obrigatória" pelo directório neo-fascista que governava a Europa, com o beneplácito de Obama.

Substituídos por fantoches na gestão domestica do "campo de trabalho", há que colocar primeiro as "cruzes" bordadas na roupa, para que todos os reconheçam: são os PIGS. Depois são expropriados das suas empresas (fontes de sobrevivência e riqueza), das EDP's, das REN's, de todo o universo ainda gerido e controlado pela Parpublica e CGD, como há 80 anos se proibiu a compra a lojas detidas pelos "impuros". Depois vem a expropriação das casas onde vivem, que já esta a acontecer, devolvidas que são aos milhares aos bancos, revendidas em saldo aos "ocupantes". Terminará esta Estória como no gueto de Varsóvia? Afinal, estava escrito à porta dos campos de há 80 anos que "O trabalho liberta"...

Filhos da mãe!

Mas leiamos, do blogue http://inteligenciaeconomica.com.pt/


A troika concedeu à Grécia mais uma ‘tranche’ e empurrou de novo, mais para a frente, o risco de falência. A discussão angustiada na ‘Europa’ é saber o que custa mais caro, se manter a Grécia no euro ou a sua saída. As respostas não são claras, mas o cenário de saída é mais assustador para os ‘europeus’. Na mesma altura em que era conhecida esta decisão da troika (por ordem dos seus superiores, que os ‘rapazes’ da troika são meros funcionários sem poder de decisão), ficava-se também a saber (oficialmente) que a França encarou muito a sério o cenário de saída da Grécia e da sequente fragmentação da zona euro. Quem o disse, sabe do que fala e por conhecimento directo. François Baroin, ministro das Finanças de Sarkozy acaba de publicar “Journal de Crise”, uma espécie de ‘diário’ dos seus anos à frente das Finanças francesas, onde relata também como Merkel e Sarkozy executaram e liquidaram Papandreu e Berlusconi, primeiros-ministros eleitos pelos respectivos países.
 FRANÇOIS BAROIN - Le jour de la perte du triple A, François Baroin a rencontré le président Sarkozy pour élaborer une stratégie médiatique.
Baroin, como relata a L’Expansion, “dévoile même un secret d’Etat, “Black Swan”: le ministère français de l’Economie a travaillé en novembre 2011 sur les conséquences pour la France d’un éclatement de la zone euro lié à l’abandon de la monnaie unique par la Grèce. C’est la première fois qu’un membre du gouvernement français de l’époque reconnaît l’existence d’un tel travail. François Baroin a hésité, mais l’annonce par Mario Draghi, président de la Banque centrale européenne, d’une nouvelle politique qui a sauvé, au moins pour un temps, la zone euro, l’a convaincu qu’il pouvait le faire. Voici un livre que l’on termine en se sentant plus intelligent qu’avant de l’avoir entamé…”
Para estudar a saída da Grécia, Baroin convoca uma daquelas reuniões que ‘nunca existiram’. 
“Je ne prendrai aucune note sur le sujet. Délibérament. Je le restitue de mémoire. “Black Swan”, c’est le nom que j’ai choisi de donner à une réunion dont il n’y a aucune trace, et que j’évoque ici pour la première fois. Le “cygne noir”, voilà l’image qui m’est venue à l’esprit. Il s’agissait d’imaginer l’hypothèse la plus sombre de notre histoire économique moderne. [...] Je réunis autour de moi trois personnes de confiance. Discrétion obligatoire. Ils ne devront en parler à personne, ni à la presse, évidemment, ni même à leur entourage. Le rendez-vous a lieu dans mon bureau, au sixième étage à Bercy. C’est une discussion sans documents. Pas de traces. Chacun sait que l’objet seul de la réunion, s’il était connu, pourrait avoir des conséquences désastreuses. Ce rendez-vous non officiel ne porte pourtant que sur des hypothèses de travail. Ce serait de l’inconscience de ne pas les envisager. Et de la folie d’en parler. A ce moment-là, le nouvel accord européen sur la Grèce, consistant à effacer 50 % de sa dette, est près d’échouer, l’Union européenne est dans un cyclone, l’euro, attaqué de toutes parts. [...]
“Le pire? La sortie de la Grèce de l’euro, un effet de contamination, une théorie des dominos qui entraînerait l’éclatement de la zone et de facto la sortie de la France. Un scénario cauchemar. Je demande à ces personnes de confiance de travailler sur deux hypothèses: le coût de la sortie de la Grèce de la zone euro pour la France et deux types de pertes: celles du secteur banques-assurances d’une part, et celles de l’éclatement de la zone tout entière d’autre part.”
Como a ‘Europa’ liquida primeiros-ministros eleitos é outro segredo revelado por François Baroin ao contar como assistiu às “mortes em directo” de Papandreu e de Berlusconi, durante uma reunião à margem do G20, em Cannes, a 03 Novembro 2011, faz agora um ano. E assim ficamos, finalmente, a perceber o que significava exactamente a palavra Merkozy… E também ficamos a conhecer a verdadeira dimensão do respeito que o ‘directório europeu’ manifesta pela democracia e pelas decisões dos eleitores dos restantes estados-membros da UE.
“Nous sommes à Cannes, où se déroule le G 20. Le Premier ministre grec, qui vient d’annoncer son intention de soumettre le plan d’aide à la Grèce à un référendum national, est convoqué pour s’expliquer. [...] Les portes se ferment. La discussion dure près de deux heures, sans pause. Merkel est face à Papandréou. A la gauche de Merkel, Sarkozy, face à Obama. A la droite de la chancelière, Schäuble [NDLR : ministre féderal des Finances]. A la gauche de Sarkozy, Juppé. Et à la gauche de Juppé, moi. Le climat est lourd, pesant ; la tension est extrême. Commence alors un bras de fer avec Papandréou, assisté de son ministre des Finances. Sarkozy lance au Premier ministre grec : “On te le dit clairement, si tu fais ce référendum, il n’y aura pas de plan de sauvetage.” Papandréou fait mine de ne pas comprendre. Avec un regard d’acier, Merkel lui redit la même chose de façon très ferme. C’est une guerre psychologique. La tension grimpe alors d’un cran. Sarkozy lui répète nos conditions sur un ton d’ultimatum. Papandréou transpire, résiste, essaie d’argumenter. [...]
“Obama observe la scène, écoute attentivement. Il résume parfois la situation, calme le jeu quand le ton monte. Papandréou joue sa carrière. Il transpire de plus en plus, vacille dans ses propos, puis s’effondre. Acculé, il n’a pas d’autre choix que de se prononcer en faveur ou non de l’euro. Il comprend qu’il ne pourra pas échapper à cette question en la soumettant à son peuple. J’assiste à sa mort politique en direct. Après deux heures d’affrontement, il rend les armes.
“Vient le tour de Berlusconi. Flanqué de son ministre Tremonti. Port altier, lifté, maquillé, Berlusconi arrive en Berlusconi. Tremonti est blafard. La discussion s’engage. Même ton général. Même tension dans la salle. L’Italie ploie sous une grande menace. Plus personne n’a confiance en Berlusconi. Les taux de financement du pays ne cessent de monter. Si l’Italie plonge, tout le monde plonge. L’Italie, c’est vraiment trop gros. C’est la huitième économie du monde. L’euro n’y résisterait pas. Berlusconi non plus ne semble pas vouloir comprendre ni admettre que le problème de l’Italie, c’est lui. Sans le dire aussi explicitement, le message est extrêmement clair – tous les protagonistes le laissent entendre. On obtient de Berlusconi que le FMI puisse effectuer une forme de contrôle sur les comptes publics. L’Italie est fière. Nous savions parfaitement qu’une fois de retour chez lui, Berlusconi ne pouvait pas tenir longtemps. Papandréou, Berlusconi, deux chefs de gouvernement viennent de tomber. Nous sommes en temps de paix. Deux chefs de gouvernement viennent de tomber sous la pression internationale.
Uma leitura muito instrutiva… E pouco edificante!
‘Journal de crise’, de François Baroin.  Ed. JC Lattès   220 p.  18 euros.
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