13.5.22

9.5.22

Vê Portugal” – 8º Fórum de Turismo Interno decorre de 06 a 09 de junho 2022, em Tomar

A pandemia por COVID-19 tem tido “impactos brutais” no turismo, um dos setores mais afetados pela covid-19. Em 2019 Portugal atingiu, em termos de resultados líquidos, mais de mil milhões de euros. Em 2020 foram cerca de 1,5 mil milhões negativos. São tempos muito difíceis e muito desafiantes para o setor do turismo.

Em particular, no que respeita ao Centro de Portugal, os indicadores provisórios do INE mostram que, entre janeiro e novembro 2021, esta região registou 4,1 milhões de dormidas, face a 3,2 milhões no mesmo período de 2020. Houve uma recuperação evidente, na ordem dos 28%, que está na base do otimismo cauteloso com que encaramos 2022. No entanto, para as dormidas se aproximarem dos índices pré-pandémicos, é fundamental atrair os fluxos internacionais e ganhar a confiança dos viajantes. Recordamos que, no mesmo período de 2019, registámos 6,7 milhões de dormidas – ou seja, há muito para recuperar este ano e nos próximos. Em particular, o verão de 2021 foi muito positivo para a região, com taxas de ocupação, em muitos destinos, a aproximarem-se dos níveis pré-pandémicos. Nomeadamente, os destinos de interior, como a Serra da Estrela ou a Beira Baixa registaram operações muito positivas.

Num contexto de pandemia, o Turismo Interno revelou-se, uma vez mais, um mercado essencial para o turismo português em 2021. O mercado interno assegurou bem mais de metade das dormidas registadas em Portugal no mês de agosto, registando o valor mensal mais elevado de que há registo: 4,2 milhões de dormidas num mês em que o alojamento turístico atingiu 7,5 milhões.

Este é um dado que revalida a estratégia definida pela Turismo Centro de Portugal que, desde 2015, promove anualmente, o maior fórum dedicado à discussão desta temática. Agora será, mais do que nunca, fundamental continuar a desenvolver ações que potenciem a discussão e a concertação ao redor dos principais temas associados ao turismo interno, trazendo para a ribalta esta discussão.

Com o adiamento da edição do Vê Portugal em 2020, da realização via streaming da sua 7.ª edição em 2021, em 2022 o “Vê Portugal – 8.º Fórum Turismo Interno” vai decorrer em Tomar, numa organização em estreita parceria com o Município. Conta, igualmente, com o apoio do Turismo de Portugal, IP, e do Instituto Politécnico de Tomar.

1.5.22

Egipto será um grande exportador de hidrogénio verde para a Europa

Notícia original de PPL (28/4/2022)


Com a redução da dependência do petróleo e gás russos como objetivo, a Europa tem acelerado planos para introduzir outras fontes de energia, bem como para produzir hidrogénio verde. Assim sendo, assinou um acordo importante.

Este resultará na criação de uma unidade de produção de hidrogénio verde na Zona Económica do Canal de Suez.

Canal de Suez, onde será instalada uma grande unidade de produção de hidrogénio

A Europa está numa corrida para reduzir a dependência energética que estabeleceu com a Rússia. O objetivo passa por ter pelo menos 40 GW de capacidade instalada em eletrolisadores, aos quais se juntarão outros 40 GW localizados fora do território. Estes exportarão parte da produção para o nosso mercado.

Nesse sentido, a Europa assinou um acordo com a Masdar, propriedade do fundo estatal de Abu Dhabi Mubadala, e com a empresa energética do Egito Hassan Allam Utilities. Este acordo irá promover a criação de uma grande unidade de produção de hidrogénio verde na Zona Económica do Canal de Suez.

O Egipto goza de abundantes recursos solares e eólicos que permitem a geração de energia renovável a um custo muito competitivo. Um fator-chave para a produção de hidrogénio verde. O Egipto está também muito próximo de mercados onde se espera que a procura de hidrogénio verde aumente mais, proporcionando uma forte oportunidade de exportação para locais como a Europa.

De acordo com os envolvidos no projeto, a primeira fase das instalações estará operacional em 2026, garantindo 100.000 toneladas de metanol verde por ano, por forma a abastecer os navios no Canal de Suez. Posteriormente, o objetivo é que as instalações de eletrolisadores garantam a produção de 4 GW até 2030, uma vez que seria o suficiente para produzir cerca de 2,3 milhões de toneladas de amoníaco verde para exportação, bem como para fornecer hidrogénio verde às indústrias locais.

Se queremos chegar a emissões zero líquidas, não o podemos fazer apenas através das energias renováveis. Precisamos de algo para assumir o papel atual do gás natural, especialmente para gerir a sazonalidade e a intermitência, e isto é o hidrogénio.

Alertou Michele DellaVigna, chefe da unidade de negócios de ações de mercadorias da Goldman Sachs para a região da Europa, Médio Oriente e África, numa entrevista à CNBC.