1.6.19

Sismos e Tsunamis (Macaréus) em Portugal

"Tsunami", termo japonês que designa um nível elevado de águas num porto, é aplicado pelos japoneses às sobreelevações verificadas no litoral, resultantes de perturbações ocorridas no fundo do mar, nomeadamente sismos.

Em português são também usados os termos maremoto e macaréu, provocados por perturbações muito rápidas no fundo do mar, sendo a ruptura superficial a mais comum, mas também são conhecidas as crises vulcânicas submarinas, episódios turbidíticos ou, mesmo o mais recente e pouco conhecido fenómeno de "enrugamento" do fundo do do mar, em virtude da infiltração de água marinha nas primeiras camadas de rocha do fundo oceânico ao largo de Portugal.

Os maiores tsunamis registados na Terra até hoje - no tempo histórico recente, foram os de 1737, no Cabo Lopatka (Peninsula de Kamchatka), que gerou uma onda de 70 metros; o de 1876 na Baía de Bengala (Índia), com uma onda de cerca de 50 metros; o de 1883, resultado da erupção explosiva do Vulcão Krakatoa (Indonésia), com uma onde de 30-40 metros.

A origem dos sismos na costa portuguesa encontra-se no Banco submarino de Goringe, situado na zona de fratura Açores-Gibraltar, no contacto entre as Placas tectónicas Africana e Euroasiática.
Na noss acosta estes fenómenos adquirem especial destaque, face à total ausência de obstáculos entre o local de geração de sismos e a costa, pois a planicie abissal da ferradura conduz diretamente á costa portuguesa qualquer fenómeno catastrófico aí ocorrido.

A faixa costeira portuguesa deve ser assim considerada como zona de alto risco dada a sua proximidade e posição livre de obstáculos em relação a essa abissal e ao banco gerador dos sismos.

Há relatos dos Romanos de um tsunami na costa portuguesa no ano 60 AC, mas os mais relevantes ocorreram em:
- 24 de agosto de 1356;
- 26 de janeiro de 1531;
- 1 de novembro de 1755;
- 28 de fevereiro de 1969 (sismo de 7,8 escala de richter e tsunami pequeno).