31.10.18

A Ministra da Cultura de um governo socialista, pode impor uma opinião pessoal?

A Ministra - gay e anti-touradas, não devia deixar que as suas
opções pessoais influenciassem na sua missão pública

A Graça Fonseca, assética política, de absoluta confiança do Primeiro Ministro António Costa, desde que este foi presidente do Município de Lisboa, onde foi sua chefe de gabinete e vereadora, foi promovida a Ministra.

Sou daqueles que entendo que as escolhas de quem tem a legitimidade democrática para governar - uma freguesia, um município, um governo, devem ser absolutamente livres, nomeando quem bem entende para o desempenho de funções, que ajudem a cumprir o mandato popular recebido. 
Ser Ministro, Secretário de Estado, Diretor-geral, Secretário-geral, Inspector-geral e todas as chefias superiores e intermédias do Estado, deviam ter como primado a confiança política, pois só assim podemos depois "cobrar" o cumprimento dos objetivos, dos programas, das promessas e dos compromissos, os quais foram sufragados pelo povo, onde reside o poder.
Graça Fonseca é também conhecida por ter uma orientação sexual diferente da maioria da população e isso, no respaldo constitucional da liberdade individual e da não segregação com base na religião, no sexo, no origem em étnica ou social, bem como na orientação sexual, não afetou as suas funções que em nome do povo exerceu até hoje. E isso está certo, porque é justo!

Questão diferente foi a mais recente polémica que estalou, a propósito do alinhamento das taxas do IVA, na área da cultura, com a sua expressão de opinião individual, sobre a questão "civilizacional" da Tauromaquia, para justificar que esta atividade - pressupostamente - deveria ter um tratamento diferenciado do imposto.

Como Homem Livre, sempre valorizei e quando com responsabilidades de gestão pública, ajudei a promover, a liberdade de opinião, porque entendo que só cidadãos esclarecidos e com opinião, podem e devem ser respeitados ans suas decisões. Ou seja, tenho a maior simpatia pela Graça Fonseca, na sua livre opinião por entender que a questão da Tauromaquia é uma "questão civilizacional" (pela negativa), pois sendo essa a sua opinião, devo respeitá-la.

Em abono da minha opinião de respeito, pela da atual Ministra da Cultura, discordando dela, dou aquela que foi a minha opinião sobre o "convencido, pedante e armado ao pingarelho" que havia sido a postura do escritor Lobo Antunes, aquando do sua "pseudo" viagem e depois recusa em vir a Tomar, num verão - de 2010, em que foi useiro e vezeiro no tratamento menorizador do papel das nossas forças armadas, na querra de África. Na altura caiu, nesta terra de província, o Carmo e a Trindade, pelo vereador da Cultura, ter essa opinião pessoal sobre "um escritor de topo", tendo inclusivé a Assembleia Municipal aprovado, por proposta do BE, uma "Moção de censura", pela opinião individual do então vereador e razão próxima, para o entrega dos pelouros do Turismo, Cultura e Museus, que efetuaria no final de novembro desse ano.
Coisa diferente é essa opinião individual da Ministra influir de forma significativa na sua gestão do interesse cultural (e civilizacional), das diferentes expressões artísticas, como tal classificadas por quem de direito - a Assembleia da República, onde os eleitos pelo povo definem, quais as áreas que são consideradas atividade cultural e como tal protegidas pelo Estado. NÃO CABE À MINISTRA definir isso, nem lhe comete colocar em causa aquilo que ela apenas tem de administrar. 
Se não quer administrar a atividade cultural nacional - porque tem a total liberdade para entender que as Touradas são arquétipos anti-civilizacionais, só tem de o deixar de o fazer, mas não deve deixar que essa sua opinião minoritária se IMPONHA, perante outros.

Aliás, em abono da verdade, quer a declaração de princípios do PS, quer o programa eleitoral por este apresentado e que serviu de base ao Programa de governo, que obteve aprovação maioritária na casa da democracia - em representação do povo - a Assembleia da República, nada estabelecem sobre a "questão civilizacional" que a Ministra alude.

Impor a sua opinião aos demais, quando para isso não tem qualquer legitimidade, é a DITADURA DOS COSTUMES, característica de uma determinada esquerda, pretensamente moderna nos valores, mas absolutamente conservadora no respeito pela opinião contrária, a qual parece que se vai, pouco a pouco, alcandorando a níveis inimagináveis, cuja reação natural é serem, qual Conde Andeiro,  mandado pela janela do Paço abaixo, para gaúdio da populaça, na assunção do PODER da NORMALIDADE.
Eu não gosto especialmente de determinadas práticas das Touradas, mas entendo-a e respeito-a, como expressão cultural que a Lei lhe dá e não pretendo impor essa minha avaliação a ninguém, nem às Tias de Cascais que se deleitam com as "fardas" dos cavaleiros e toureiros, nem às defensoras dos animais, que veem sempre o copo meio cheio de toda a relação do animal Homo Sapiens, com as diferentes espécies existentes à face da terra.

Sinceramente entendo que a atual cena política tem cada vez mais INTOLERÂNCIA, especialmente promovida por aqueles que, de diferentes da maioria, mais deviam respeitar o pensamento diferente dos outros.

É este caldo de cultura intolerante que ajuda a criar os Trump's e Bolsonaro's desta vida. E depois admiram-se! 
Esquerdalhices tolas e parvas, é o que é!



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