6.1.17

Balanço de um ano ganho, mas quase perdido em Tomar


Quando se avalia o que quer que seja, há sempre duas perspetivas de ver a realidade: ou vemos o copo meio cheio ou meio vazio. Sou, sempre o fui, um otimista e sempre acreditei que por natureza as pessoas são boas e fazem o seu melhor, com pequenas e a maioria das vezes irrelevantes exceções. Assim o foi a gestão Municipal em 2016, em Tomar.

Sabemos bem todos, os que há anos olham para a política e para a gestão do Município, que a realidade é quase sempre pior do que a nossa pior imaginação. Ir para o poder e ter de decidir, acarreta sempre uma montanha de obstáculos a ultrapassar em todo o lado e, também em Tomar. O terceiro ano de gestão socialista do Município, foi assim aquele em que se deu continuidade ao que estava previsto, programado e preparado, desde há vários anos e foi executado sem grande rasgo, empenho ou novidade. É já sabido que nos primeiros dois anos (2014-15), 40% do programa proposto havia sido cumprido. Em 2016 subiu para cerca de 44-45%, o que denota o abrandamento do que foram novas ações.  <VER PROGRAMA>

Continuou-se a transferência de competências para as freguesias, com mais trabalhos realizados nos arruamentos e estradas. Terminaram-se as negociações  para os financiamentos europeus que irão trazer cerca de 8 milhões€ de investimento para Tomar, até 2021.

Adiaram-se as intervenções na Várzea Grande e em Palhavã, as quais deveriam já estar em curso, afim de estarem terminadas até ao fim de 2017. Fizeram-se as grandes obras da Ponte do Carril, decidida neste mandato e do Pavilhão da Linhaceira, que foi a grande obra deste mandato, mas iniciada no mandato passado, e decidiu-se a construção do Centro Escolar da Linhaceira.

Avançou um projeto de intervenção para a recuperação da Sinagoga, para a definitiva integração do espólio do Museu Luso-Hebraico e do Aqueduto dos Pegões, tendo-se realizado, mais uma edição da Festa Templária, agora definitivamente enquadrada historicamente, com a reconstituição do cerco de Tomar de 1190. Prosseguiu-se, contra aquele que era a estratégia de anos do PS, o encerramento de Escolas e Salas de pré-escolar e manteve-se, sem razão, encerrados os parques infantis durante quase todo o ano, tendo o ano terminado com outro encerramento não necessário - o do Parque de Campismo. Foi também neste terceiro ano, que o Mercado Municipal reabriu, depois dum corolário peripécias, que poderiam ter garantido a sua abertura um ano antes, reassumindo o seu papel central na economia sustentável local. Houve ainda oportunidade para ter divulgado alguns dos locais onde se poderiam construir alternativas à localização do bairro cigano do Flecheiro, nomeadamente junto à GNR, por minha proposta dada em 2015. E foi um ano de continuidade do realojamento, através do trabalho de intervenção nos bairros sociais, de vários agregados ciganos, através de concurso.


Ficou-se a saber também dos projetos para a Várzea Grande.

Foi este também o ano em que, após decisão da assembleia municipal, se estendeu o estacionamento tarifado na cidade, com o objetivo de melhorar a sua circulação. Por último, foram decididos grandes investimentos na requalificação do quartel dos Bombeiros e continuou-se a colocação de novas ambulâncias ao serviço e o processo de profissionalização, iniciado em 2014.

De facto o copo meio cheio, de continuidade de trabalho programado e meio vazio, com os casos menos dignos da Presidente, com queixas infundadas e a saída com estrondo do seu numero dois da Câmara. Realmente, as nódoas num pano, que poderia ter continuado limpo e a seguir o seu caminho...