Não é todos os dias que há boas notícias, mas o recente anúncio por parte do Ministro da Saúde, de que a valência da medicina interna volta para o Hospital de Tomar, no máximo até outubro, essencialmente baseado num protocolo a realizar entre um Centro Hospitalar de Lisboa e o Centro Hospitalar do Médio Tejo, onde o nosso Hospital está integrado, deve ser por todos valorizado.
Entretanto para reforçar o quadro de internistas no Centro Hospitalar do Médio tejo, foi já entretanto aberto concurso para mais quatro, o que não é garantia de que venha a haver concorrentes, como já aconteceu nos últimos anos para outras especialidades. É que vir para um conjunto de Hospitais do interior, nem sempre é uma opção simples para um médico.
Por agora a situação, de desinvestimento no Hospital Nª Srª da Graça, em Tomar, começa a ser invertida, mas todos sabemos que a pressão existente sobre a forma de gestão do serviço nacional de saúde (SNS), especialmente nos Hospitais de interior, fora dos grandes centros de referência de Lisboa, Coimbra e Porto, vão exigir novas abordagens.
Por agora a situação, de desinvestimento no Hospital Nª Srª da Graça, em Tomar, começa a ser invertida, mas todos sabemos que a pressão existente sobre a forma de gestão do serviço nacional de saúde (SNS), especialmente nos Hospitais de interior, fora dos grandes centros de referência de Lisboa, Coimbra e Porto, vão exigir novas abordagens.
A reformulação das redes de referenciação do SNS e a liberdade de opção pelo Hospital, que o Ministério vem implementando é não só lógica, como absolutamente justa, mas tal vai afastar imensos dos eventuais utilizadores do Centro Hospitalar do Médio Tejo, para Leiria e para Coimbra.
Neste novo contexto, entendo na qualidade de Deputado Municipal integrante da comissão de acompanhamento do Hospital de Nª Srª da Graça, que é urgente iniciar uma discussão mais profunda sobre o futuro a médio prazo do Hospital de Tomar.
Neste novo contexto, entendo na qualidade de Deputado Municipal integrante da comissão de acompanhamento do Hospital de Nª Srª da Graça, que é urgente iniciar uma discussão mais profunda sobre o futuro a médio prazo do Hospital de Tomar.
Não devem deixar de ser equacionadas soluções de gestão diferenciadoras no contexto regional, como por exemplo a criação de protocolos de extensão de serviços com entidades públicas, como a ADSE.
Nota: Só em 2015 a ADSE gastou com serviços médicos convencionados - com clínicas, médicos privados e hospitais privados, um valor de cerca de 317 milhões€, o que representou cerca de 70% das suas despesas. A questão que se coloca é saber, perante o novo paradigma de gestão da ADSE, se não seria de equacionar que um Hospital do interior do País pudesse servir para convencionar serviços?
Muitos tomarenses já hoje, não só utilizam serviços dos Hospitais públicos de Coimbra e Lisboa, como com Hospitais privados, com serviços pagos por seguros de saúde ou pela ADSE, onde foram integrados também os militares, que têm implantação relevante na nossa área de influência.
Isto sem deixar de ter de haver nos próximos anos um reforço da Urgência no Hospital de Tomar, a qual com um boa atuação nas redes de referenciação nacional, onde entretanto a liberdade de escolha do doente já está consagrada por Portaria, desde 5 de maio deste ano, poderá constituir uma mais valia para os doentes que demandarem o nosso Hospital.
Com este esforço agora assumido o Hospital de Tomar estará em condições de poder recuperar até 44 camas de medicina interna, perdidas na reestruturação de 2012, onde na altura se perderam também 40 camas de ortopedia, com a concentração de serviços em Abrantes o que é já por todos, a começar pelos próprios profissionais e utentes da unidade Abrantes, um erro.
O desafio é grande, mas relevante é também o cumprimento da palavra do Ministro e o trabalho exemplar desenvolvido pelo deputado tomarense Hugo Costa no acompanhamento de toda a situação.