15.2.16

MERCADO MUNICIPAL E O CHÃO DAS POÇAS DE ÁGUA


Uma visita a um mercado é sempre um prazer. Para os sentidos, pelos odores múltiplos, pelo estímulo das cores, pelos ruídos característicos, pelo desejo de tentar obter a “pechincha” que se esperava. Nada de preços fixos, nada de grandes filas ou complicações, apenas e só a qualidade os produtos que esperamos serem frescos, nacionais e de produção local. O Mercado de Tomar não é diferente dos outros. Após mais de cinco anos encerrado, é sempre um prazer voltar a ver o edifício, quase todo aberto, limpo e em utilização.  E isso, como diz o outro, não é mau!

Claro que falta muita coisa, mas naturalmente que o tempo correu contra, que na terra Templária os relógios são de Cuco, como os ovos que estes põem nos ninhos das outras incautas aves.
Já percebemos que faltou o engenho e a arte para ter um telhado “mais adequado” do que o que foi colocado mas, tudo bem, aquele cumpre a função que o anterior existente não cumpria: é higiénico, novo e veda a chuva. A opção foi a mais barata, já que se enterraram ali muito perto de um milhão de euros. Compreende-se.
Claro que faltam Lojas que possam funcionar como âncora, que possam promover e vender produtos locais, que aproveitem o investimento em Marketing que o Município tem feito nos “Sabores de Tomar”, nos Vinhos, nos Azeites, no Mel e, espera-se que, no futuro, também nos enchidos, no pão e no queijo. Pois que se aceita.
Mas o que não se compreende, nem aceita, com tanto tempo e atraso na abertura, é que não tenha sido cuidado na aplicação do novo chão, que ele efetivamente drenasse os líquidos para as respetivas calhas. Quer na zona de venda dos vegetais – onde um sulco já foi “cavado” para tentar corrigir a falha, quer na zona do peixe, onde as inúmeras poças de água se acumulam e só o permanente esforço de umas simpáticas vassouras fazem o que, originariamente, o chão devia fazer: conduzir as águas para as calhas de retenção e drenagem criadas.
Mas que azar o nosso que, com mais de cinco anos para arranjar aquilo e mais de um ano de atraso em relação ao que seria admissível, o chão realizado por uma empresa externa ao Município tivesse sido recebido naquelas condições. Teria o vereador da CDU medo de já não ter o pelouro quando aquilo, finalmente, estivesse em condições? Falhar a fotografia é que não podia faltar, mas fazer bem as coisas, isso já são outros trezentos… Pois!