2.1.16

As virgens ofendidas da política tomarense

No decurso da falta à reunião convocada pela presidente de câmara sobre o Hospital, realizada no dia 15 de dezembro de 2015, o líder da oposição Pedro Marques e os dois "ajudantes" Tenreiro e Jorge, desfizeram-se em atoardas, sobre a vida de quem lhes deu pela falta, lhes denunciou o pouco interesse pelos assuntos das reuniões de câmara. Nada disso esconde a realidade: a de que perante o importante assunto do Hospital de Tomar, nem estiveram presentes na reunião, nem sequer se fizeram substituir, enquanto vereadores eleitos.
Deputados do distrito acompanham Presidente da Câmara, em reunião com Ministro

Tal como já escrevi: ou o interesse político era diminuto ou, como a reunião não era formal e, como tal não dava, nem direito a senhas de presença (68,68€/reunião), nem ajudas de custo de quem vive em Lisboa (cerca de 100€/reunião), não se dignaram a estar presentes.

Tal como já escrevi também, diferente atitude tiveram há cerca de 4 anos atrás os então na oposição vereadores do PS - eu próprio e Anabela Estanqueiro, que estiveram presentes em análoga reunião convocada para o efeito é aí fizeram as suas sugestões e propostas sobre o assunto. Também na altura, não houve senhas de presença ou ajudas de custo.

Sobre o resto, o seja, sobre as atoardas do líder da oposição e ajudantes, sobre a vida de quem trabalha ininterruptamente desde os 17 anos, e já foi desde operário fabril, passando por militar de carreira e tem atualmente como profissão a informatica, sempre vivendo APENAS das suas remunerações, nada mais há a dizer: duvido que tenha havido em 41 anos de democracia em Tomar, político mais escrutinado do que eu próprio.

O que "as três virgens ofendidas"  além do eventual desinteresse pelo assunto do Hospital de Tomar, à reunião sobre a qual efetivamente faltaram, podiam aproveitar para explicar por exemplo:

  • Porque razão Pedro Marques decidiu há vinte anos atrás deixar de receber a renda que a Rodoviária do Tejo, que era então de 1000€/mês e qual a relação dessa decisão com o projeto de construção que ainda hoje tem placar afixado ao lado da central de camionagem?

  • Já que João Tenreiro diz viver em Lisboa, e por isso mesmo recebe ajudas de custo para vir a TODAS as reuniões oficiais, para as quais é convocado, talvez nos possa informar a todos, desde quando é aí residente oficial?

  • E António Jorge, que fez há dois mandatos atrás comigo parte da comissão das florestas da assembleia municipal e que depois da criação da Associação de Produtores Florestais dos Templários, financiada em parte por fundos públicos, para a manutenção de uma equipa de Sapadores Florestais, incluindo nos seus primeiros anos um significativo subsídio municipal, talvez nos possa explicar porque razão é desde a sua formação o seu Presidente da Direção e nem sequer esta Associação consegue desenvolver em qualquer espaço do concelho a promoção de projetos de intervenção florestal, ou de qualquer zona de intervenção florestal e tenham de ser entidades de Ferreira do Zêzere, Ourem e Abrantes a vir fazer o trabalho que poderia pela Associação de Produtores de Tomar ser feito?

É que TODOS os vereadores, como os demais eleitos pelo povo, estão ao abrigo da crítica, do escrutínio e da avaliação da sua seriedade e competência. Ou são só os "outros" a estarem?

Em qualquer dos três casos é caso para dizer: bem prega Frei Tomás, olha para o que diz, não para o que faz...