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31.1.13

Humor...

Roubado a Hugo Cristóvão, para melhor entendimento, da sua visão de "serviços mínimos", a propósito de greves e outras formas de protesto...
 
"Nunca tenha medo de tentar algo novo. Lembre-se de que um amador solitário construiu a Arca. Um grande grupo de profissionais construiu o Titanic."


 
[A frase é um bocadinho disparatada, ou não fosse o seu autor um grande pândego, mas lá que tem piada tem.
Tem certamente mais piada que eu tenho tido tempo para blogues. Quando não há tempo para mais, umas citações cumprem sempre os serviços mínimos.] HC, dixit

29.1.13

Com António José Seguro, por Portugal!


O PS tem um Lider eleito democraticamente por todos os socialistas.
Avançou para a liderança do nosso partido no momento mais difícil, após uma das piores derrotas eleitorais do PS, com uma maioria absoluta de direita e amarrado a um memorando que não negociou.

Enquanto outros, com muitas responsabilidades no passado recente se resguardaram à espera de melhores tempos, António José Seguro avançou, sem hesitações para defender e afirmar o nosso PS.
Não teve vida fácil. Mas Seguro resistiu e com uma enorme determinação conseguiu colocar o PS à frente em todas as sondagens. O PS é o segundo partido socialista na Europa com melhores resultados nas sondagens. António Seguro é o político mais popular e preferido para Primeiro Ministro no confronto com Passos Coelho.

O PS é hoje um partido organizado, estabilizado, com mais de 90% dos candidatos autárquicos escolhidos, fortemente mobilizado para as eleições autárquicas e reforçado na sua oposição ao
 Governo e ao corte de 4 000 milhões de euros nas funções sociais do Estado.
A ambição pessoal, a sede de poder de alguns estão a prejudicar o nosso PS e as nossas candidaturas autárquicas, promovendo um clima de instabilidade permanente.

O que estamos a assistir há vários dias é uma deslealdade que o nosso PS não merece, nem os militantes do nosso partido.
Eu repudio a intriga, a baixa política, as manobras de corredor e o cinismo.
Eu não aceito que ninguém se sirva do PS, para os seus objetivos pessoais. O dever de um socialista é o de servir o PS e não servir-se do PS, como infelizmente acontece com alguns que apenas querem facilidades e pouco trabalho.

Eu que desde 1983 milito no PS, estou ao lado do nosso SG, António José Seguro!
 
A instabilidade criada, mais do que o cumprimento de uma formalidade, exige um legítimo e sentido
 excercício do direito à indignação

Aniversário dos bombeiros sob o clima do protesto

Ontem realizou-se o aniversario dos Bombeiros de Tomar, numa simples e singela cerimonia realizada à noite.
Durante os discursos da praxe, especialmente nos do Vice-presidente e presidente da Camara de Tomar, foi notório o 'falatório' e as 'bocas' da pouca assistência de bombeiros na sala, que eram menos de vinte, segundo uma jornalista na sala.
O discurso do comandante foi claro e direto: sem meios nao podem os bombeiros continuar o trabalho que vinham fazendo. As criticas foram tantas que até eu, com vários anos de ligação ao Setor e tendo assistido a inúmeros aniversários de bombeiros por todo este distrito, me senti incomodado.

Asco rifões organizacionais e funcionais dos Bombeiros Municipais de Tomar, bateram no fundo. Ou talvez não: com este decisões públicos ainda é possível piorar. Sinceramente temo pela capacidade de garantirmos o apoio mínimo à nossa população. E continuamos a gastar cerca de 1 milhão€ por ano com o sistema de proteção civil. Havia necessidade de tamanha incapacidade?

28.1.13

O grande prémio no regresso aos mercados

A felicidade estampada no rosto dos nossos Governantes na passada semana, queria fazer-nos acreditar que a nossa vida está mesmo a melhorar: Portugal voltou aos mercados.

Ao conseguir pedir um empréstimo internacional a cerca de 4,9% de juro anual, a pagar daqui a 5 anos (Janeiro de 2018), o governo diz-se satisfeito. Quando a taxa de juro do BCE para a Banca é de 0,75% e a Euribor, valor pelo qual os bancos 'trocam' dinheiro entre si, a pouco mais de 0,2%... Um grande sucesso está visto: para os agiotas do mundo!

Mas a grande noticia dos últimos dias é o prémio que a Erica, jovem de 21 anos, conquistou para Portugal. Especialistas em andar a ser 'lixados' por um bando de oportunistas, com Relvas à cabeça da Hidra, a Erica ter ganho um prémio internacional é motivo de orgulho.

A conferir:
http://sicnoticias.sapo.pt/vida/2013/01/16/atriz-portuguesa-erica-fontes-ganha-scar-da-pornografia

25.1.13

Bombeiros Municipais de Tomar fundados a 28 de Janeiro de 1923

Comemoram-se nesta segunda-feira, dia 28 de Janeiro, os 90 anos dos nossos Bombeiros Municipais.
 
Durante décadas, especialmente depois dos anos 50 do sec.XX, foi considerado que teria sido a 28 de Janeiro de 1922, que os Bombeiros de Tomar se teriam formado, mas um trabalho de levantamento factual, realizado por uma empresa de Tomar, a pedido da vereação socialista dos Bombeiros em 2011, de que foi dado conhecimento ao então Presidente da Câmara, demonstrou que havia sido a 28 de Janeiro de 1923, que em cerimónia pública foi "apresentado" à população o corpo de bombeiros de Tomar, sendo a data possivel de se considerar como fundadora dos nossos Bombeiros.
 
Outra data importante que se pode ainda considerar, é a de 1 de Setembro de 1922, que constituiu o início da recruta tendente a instalar em Tomar os Bombeiros Municipais.
 

Transcrição da acta da sessão extraordinária da Comissão Executiva da Câmara Municipal do concelho de Tomar, realizada em 28 de Janeiro de 1923

Edifício dos Paços do Concelho 14h00

Presentes
Presidente João Torres Pinheiro

Vereadores
António D’Almeida e Silva, Manuel Vieira, António Duarte Faustino, Dr. Pedro Augusto de Gouveia e José Gonçalves Ribeiro

Aberta a sessão o Senhor Presidente disse tê-la convocado para registar solenemente a apresentação da Corporação de Bombeiros Municipais que se encontravam presentes e que a Comissão Executiva da Câmara Municipal os recebia com a máxima satisfação e contentamento. Que estava assim satisfeita uma das aspirações de Tomar, devido à iniciativa da vereação transacta e principalmente aos esforços (…) 1 e persistentes do Vereador Senhor Gonçalves Pinheiro que por este facto é digno dos maiores louvores. Que os bombeiros têm uma grande missão a cumprir, ficam-lhes confiadas a defesa e salvação dos nossos haveres e das nossas vidas, (…)1 terríveis dos incêndios, é uma missão altruísta e humanitária. A Corporação de Bombeiros é composta de rapazes e de homens novos, todos cheios de vida e de boa vontade; a Câmara está convencida de que hão-de desempenhar-se sempre (…)1 missão com brio, coragem e dedicação, confiando que assim acontecerá; levantou um viva à Corporação de Bombeiros Municipais de Tomar, que foi calorosamente correspondido pelos colegas e pela numerosa assistência que enchia a sala.

 Em seguida usou da palavra o vereador Senhor Gonçalves Ribeiro dizendo que como vereador do pelouro dos incêndios tinha a satisfação de apresentar o Corpo de Salvação Pública de Tomar. É um facto que reporta notável para a nossa terra por preencher uma falta que há muito se fazia sentir. O Corpo de Salvação Pública é composto de homens que saberão cumprir com o seu dever, nenhuma dúvida tem em o afirmar porque eles deram a maior prova de coragem e abnegação quando do pavoroso incêndio no dia dez de Setembro do ano findo, que enlutou a nossa terra, e aí portaram-se como heróis, (…)1 cada um o lugar mais difícil e mais perigoso. (…)1 falta de água, o elemento mais poderoso dos bombeiros e então, eles empregaram maiores esforços para localizar o incêndio, o que conseguiram a golpes de machado; este facto causou a admiração dentro dos bombeiros de Lisboa – que acidentalmente passavam por Tomar – e que admirando-se não acreditavam que os nossos bombeiros tivessem apenas dez dias de instrução. Dirigindo-se aos bombeiros disse-lhes: “Bombeiros municipais, desde hoje que pesa sobre os nossos bombeiros uma grande responsabilidade, mas temos a convicção de que sabereis cumprir com o vosso dever. No passeio que ides hoje dar pela cidade não é só para mostrar o brilho dos vossos lindos capacetes, mas também para afirmar do já existe na nossa terra, um corpo de bombeiros capaz de defender os haveres e as vidas dos seus habitantes".

Depois o vereador Senhor Doutor Gouveia usou da palavra dizendo que elogiava os rapazes que voluntariamente se prestavam a arriscar a vida para bem de todos e incitando-os a cumprirem sempre (…)1 o seu dever para honrarem Corporação a que pertencem.

Seguidamente pediu a palavra o Capitão Senhor Brak-Lamy como administrador do periódico “Ecos de Tomar” fazendo o elogio da vereação transacta pela criação do Corpo de Bombeiros e dizendo confiar na actual para serem levados a efeito os melhoramentos de que o concelho necessita.

Por fim usou da palavra o vereador Senhor Manuel Vieira dizendo que tendo acabado de chegar fatigado da longa viagem lhe faltava disposição para usar da palavra, apesar disso não queria deixar de aproveitar esta reunião para saudar com todo o entusiasmo e (…)1 da sua admiração a essa plêiade de briosos rapazes, que hoje pela primeira vez se apresentavam em público, constituindo essa Corporação de Bombeiros, correspondendo a uma fortíssima aspiração de Tomar e tornando-se também mais dignos de apreço e simpatia (…)1. Era na verdade arriscada e cheia de perigos a árdua tarefa a que se vinham consagrar, unicamente para serem úteis ao próximo, tendo de estar por assim dizer sempre aberta ao primeiro sinal de alarme, dispostos a tudo sacrificar encaminhar para a morte por entre as labaredas das chamas e de nuvens espessas de fumo, para salvar os bens e a vida dos seus semelhantes! E porque (…)1 rara abnegação e alto espírito de sacrifício lhes propunha o exemplo de São João de Deus e São Marçal (que as corporações congéneres têm por Padroeiro) os quais não temendo o incêndio porque os abrasava, o fogo ainda mais intenso (…)1; e lhes suscitava se inspirassem no sentimento religioso porque a religião era a melhor fonte de dedicação e heroísmo como tantas vezes se tinha evidenciado ainda há pouco na Grande Guerra. Por último, fazendo ardentes votos pelo progressismo da Corporação implorava as bênçãos de Deus para que havendo – se todos com denodo e heroísmo quando os seus serviços fossem reclamados (e permitisse Deus que nunca o fossem) pudessem bem merecer da sociedade, receber a mais consoladora de todas as recompensas nas lágrimas agradecidas dos salvos por sem esforço e experimentar a alegria indizível que nasce da consciência de sofrer para ser útil ao próximo.
 
Findo os discursos dos oradores indicados, o Senhor Presidente agradeceu a todos as referências feitas e encerrou a sessão levantando um novo viva à corporação de bombeiros, que igualmente foi entusiasticamente correspondido.

No Carnaval nada parece mal, ou talvez não...

Notícia do site da Rádio Hertz


TOMAR - «Tomar Iniciativas» reage ao chumbo do executivo em relação ao desfile de Carnaval

A «Tomar Iniciativas», associação que teve a cargo a realização das últimas seis edições do Carnaval na cidade, respondeu, em conferência de imprensa, ao chumbo dado pelo executivo camarário (excepção feita ao vereador Luís Ferreira, do Partido Socialista) relativamente ao desfile deste ano. No salão nobre da Junta de Freguesia de Santa Maria dos Olivais, os dirigentes da associação - que foi criada, precisamente, para realizar o Carnaval, sob sugestão do então presidente António Paiva - não deixaram passar em claro algumas acusações feitas na reunião camarária onde tudo se decidiu e consideram-se discriminados pelo facto de a autarquia ter concedido cinco mil euros para a ACR Linhaceira enquanto que a «Tomar Iniciativas» ficou privada de qualquer apoio. Uma das acusações que mais desconforto causou entre os membros da «Tomar Iniciativas» disse respeito à contabilidade do Carnaval de 2012.

23.1.13

Cidade responde à falta de estratégia da Câmara

Depois de ter sido recusado o apoio à realização do carnaval da cidade de Tomar, numa evidente falta de estratégia na gestão dos eventos por parte desta Câmara, posição essa que só contou com a divergência do Partido Socialista, a entidade organizadora resolveu avançar, mesmo assim, com a realização do Carnaval.

 
Como vereador tenho imensa pena que a minha Câmara não respeite, nem se dê ao respeito, transformando tudo em que se mete num verdadeiro 'carnaval'.
Não havia 15.000€ para o carnaval ou outra qualquer verba que ajudasse à sua promoção externa, mas há mais de 30.000€ para pagar despesas de representação a 13 funcionários seus, que recebem mais de 2000€ por mês: É assim mesmo, grandes valentes!

16.1.13

Mais uma vergonha de Relvas: a destruição das Freguesias

O senhor Presidente da República promulgou hoje a Lei de destruição de mais de um milhar de Freguesias.

Para a maior parte das pessoas tal não interessa nada, convencidos que os 3 milhões de euros assim poupados servem para alguma coisa. Ou que não se perde grande coisa. Ou que é um problema de uns poucos...

Assim se desenvolve a mentalidade sob uma ditadura. Auto-censura e recusa de olhar para o lado. "Desde que não seja eu...", diz-se.

Assim vai Portugal. Assim vai Tomar, com 10 Freguesias extintas e cada vez mais egoismo a imperar e incompetência a propalar entre autarcas... Mas a ditadura dos "costumes" aí está: hoje as Freguesias, e amanhã? Pois amanhã veremos...

Os fantoches de Relvas andam nervosos

Há medida que a candidatura que o PS apoia, liderada por Anabela Freitas, vai fazendo o seu caminho, ouvindo os desejos da população, promovendo debates e avaliações sobre os grandes temas que preocupam Tomar, sucedem-se os atos de desespero de vários dos fantoches de Miguel Relvas e da sua teia tentacular, criada e desenvolvida em Tomar ao longo de décadas.

Dentro e fora das organizações politicas em Tomar, de todas, à exceção do partido comunista, agitam-se nervosos ora clamando que Anabela Freitas, que está há mais de uma década na política, desde o Parlamento local ao nacional, contando com mais de 25 anos de experiência profissional na área do emprego, onde chegou a Diretora do centro de emprego de Tomar, não tem experiência; ora clamando que ela mais não é que um prolongamento do político Luís Ferreira, como já antes o haviam dito de Carlos Silva, Hugo Cristóvão ou José Vitorino. Em comum todos nós temos o fato de sermos socialistas e exercermos actualmente ou no passado funções autárquicas. Em diversidade de personalidades, pensamentos, opiniões e até de votos!

Mas entendamo-nos: é crime ser do PS?
É crime ter pensamento próprio?
É crime dizer que temos sido governados, em Tomar, por um bando de oportunistas sem estratégia, que apenas levou Tomar à triste figura que hoje faz no contexto regional e nacional?
É crime ter razão na generalidade do que se tem defendido?
É crime não ser corrupto, nem fazer 'jeitinhos' aos amigos ou às famílias ditas de 'sangue azul', ou dos poucos convencidos, pedantes e armados ao pingarelho, das esquinas da primorosa, que sempre querem mandar, sem sequer se sujeitarem à critica pública?
É crime chamar, como diz e bem o povo, os bois pelos nomes?

Pois parece que sim. Para os fantoches de Miguel Relvas, que quais virgens ofendidas se acham sempre à margem de qualquer critica, ou se acham os únicos com legitimidade para falar e ditar regras, parece que em Tomar, ser livre é crime.
Acontece que para a esmagadora maioria da população o que é sentido é que esta Câmara não serve, que estes fantoches de Relvas não prestam e que é preciso mudar. E é isso que Anabela Freitas representa. Por isso vai ser atacada. Muito atacada. Porque liderança política é isso: saber para onde se vai, sem ligar aos cães que ladram!

E convém que se saiba que à passagem da caravana os ditos ladram por medo. Pois podem e devem tê-lo!

15.1.13

A voz límpida e direta do cantoneiro põe o escriba na "linha"

O escriba oficial local do relvismo continua a sua cruzada contra os socialistas, de cá e de lá, procurando provar entre meias verdades e meias inverdades que a causa das nossas dificuldades advém da promoção da igualdade de oportunidades, da justiça social redistributiva e de uma vida em liberdade, apanágio histórico daqueles que se afirmam como socialistas.

Um bem identificado comentador habitual, fez recentemente um excelente comentário o qual, mesmo sem conhecimento completo dos pormenores, se entende o contexto e a diferença de visão do mundo que hoje, cada vez mais está em causa:


DE: Cantoneiro da Borda da Estrada



Em primeiro lugar, retira lá essa do "Estão-te a ir ao bolso?". Nunca na minha vida pautei as minhas opiniões ou posicionamentos políticos pelos meus interesses económicos pessoais.Mesmo quando fui operário em Tomar durante 8 anos. Não sei o que é isso. Até hoje. O meu estilo de vida e gastos são os mesmos que sempre fiz durante toda a minha vida, adquiridos, não por chulagem ou amiguismo de tipo algum, nunca mamei nas tetas do Estado um cabrão de um tostão e recusei, até, depois de vir da guerra colonial, um emprego numa repartição de finanças em Tomar, que me foi oferecido de bandeja por ação do saudoso Manuel da Silva Guimarães. Foi sempre uma opção minha, daí que tenha constituído para mim um enorme problema psicológico quando pensei reformar-se, sabendo que ia ficar dependente de um Estado português dominado por interesses e elites inimigas do povo português, como se pode ver agora.

 


Querias que eu te acusasse de estares a auferir uma reforma que não obedeceu à mesma fórmula que a minha, e que andei a pagar durante 46 anos, "cá fora"? Não vou por esse caminho. Seria injusto. 




Não venhas para mim com essa lenga-lenga, porque eu sou capaz de comer merda a vergar-me a qualquer sacana, de que o nosso País está cheio. Não venhas para mim com essa conversa relvista. Com essa não. Até porque sei o que custa manter esta posição e, por isso, compreendo perfeitamente o quanto andam acagaçados os funcionários públicos - e com razão. 




Não conheço ninguém nem na minha família paternal nem na maternal que seja servidor do Estado, que trabalhe no Estado ou mame à custa dele. Tenho três filhos e trabalham no privado e nunca pedi a ninguém um emprego para eles no Estado (nem cá fora, já agora), nem nunca me passou pela cabeça fazê-lo enquanto fui militante partidário num partido da área chanada de governação. Pára lá, então, com isso. Se usas muitas vezes essa arma com outros no debate político, peço-te para não a usares comigo, porque sei o que custa trabalhar afastado das tetas da Vaca Nacional.

 


Em segundo lugar, não fui fundador do MRPP, fui, sim, fundador do PCTP/MRPP. O MRPP foi um movimento nascido antes de Abril 74 e não tive a honra de estar no seu nascimento.

 


Em terceiro lugar, e para terminar, a crise económica nacional e internacional não é culpa de Sócrates, sabe-lo bem, tu e todos os que se vêem agora a contas com a sua consciência. E de terem, cada um à sua maneira, burlado indecorosamente o povo português, indo na onda de camarilhas e bandos da pior malandragem que pisa solo pátrio, e que deviam responder pelo golpe que deram e em que participaram, ultrajando um País de 860 anos, onde os poderosos e elites da merda sempre imploraram pela interferência estrangeira para defenderem os seus interesses: 1383-1385, imploraram por Castela; 40 anos após a abertura da Rota do Cabo, estávamos em bancarrota; mais 40 anos e voltaram a bandear-se para Castela (1580); enriquecidos com ouro e pimenta no séc. XVIII fujiram, no início séc. seguinte, atrás do João VI para o Brasil, abandonando o povo às tropas e governação estrangeiras; 1974, dividiram-se entre dois imperialismos, o soviético e o americano; 2009/2011 clamaram pela intervenção externa; nos dias correntes pedem diretivas ao capitalismo financeiro internacional sobre como governar Portugal, ou seja, defender os seus interesses.

 


Não sou -nunca fui!-desse campo. E nunca serei. 

 


É por tudo isto que tenho uma admiração extraordinãria pelo primeiro governante em Portugal que ousou enfrentar a canalha que trai consecutivamente a nossa pátria, humilha o nosso povo, semnpre no regaço de forças poderosas estrangeiras. 

 


És muito forte com os fracos, mas amanças perante os poderosos, mesmo que sejam uma escória, como é o caso presente.

12.1.13

Poder a quanto obrigas...

Um trabalho de análise claro, objetivo e sintético daquilo que Carlos Carrão vale e ao que tem andado, por parte do meu camarada Hugo Cristóvão, no seu blogue http://alguresaqui.blogspot.com:
 
 
É já definitivo aquilo que era evidente para quem percebe alguma coisa do funcionamento dos partidos e particularmente de como funciona o PSD e a sua concelhia local. Carlos Carrão será o seu candidato a presidente da câmara nabantina.
Apetece dizer, nunca me engano e raramente tenho dúvidas, como dizia o outro.
E agora, como ficam os dirigentes locais sociais democratas que sempre negaram a evidência?
Aqueles que diziam (e me diziam em privado): jamais, nem pensar... e eu retorquía: pois, pois, vai uma aposta?

Carlos Carrão tem um historial longo que convém recordar, ele é mesmo o político há mais tempo no poder em Tomar:
Vereador desde 1997, já teve pelouros vários, entre os quais o das obras municipais, e sempre, a responsabilidade pelas finanças locais.
Ainda sem ser conhecido como político foi, sem ter de explicar como para quem nessa altura andou minimamente atento, o grande empreendedor e talvez o principal obreiro por si só, daquela que viria a ser a chegada do PSD e António Paiva ao poder.

Apesar disto, e até a presidência lhe cair nas mãos a meio deste mandato (como ainda antes do mandato se iniciar já sabíamos que aconteceria, apesar de ter sido sempre negado - a propensão pela mentira já vem de longe) nenhuma causa, nenhuma bandeira, nenhuma obra ou acção em particular lhe é reconhecida. Sempre foi como quase todos os que passaram pelas governações de António Paiva, submisso e silencioso.
E assim foi também durante os quatro anos de Corvêlo de Sousa. Basta recordar o triste episódio em que este decidiu sem passar cavaco a ninguém, sabe-se lá inspirado porque vontades, chegar a acordo com a empresa ParqueT no capítulo final duma novela longa, capítulo este que só por si adicionou 6,5 milhões de euros às dívidas da autarquia.

A única acção consistente reconhecida a CC ao longo destes anos, foi a presença em tudo o que foi passeios de idosos, aniversários de associações, bailaricos de aldeia, torneios de chinquilho e da sueca, encontros em torno do copo e do porco assado.

Ora, nem a propósito, informa a
Hertz pertinentemente que, no estudo sobre qualidade de vida realizado pela UBI, Tomar está na cauda do país ocupando o 202º lugar em 308 concelhos. Tomar é o penúltimo do distrito de Santarém!!
Mas quando confrontado na última Assembleia Municipal por mim e outros, com estes e outros índices oficiais que demonstram a queda do concelho nos últimos 15 anos, particularmente quando comparado com os concelhos da região, Carrão foi lapidar:
- Isso é demagogia da oposição que quer ver o concelho em mau estado, e não é verdade, porque "todos os dias encontro pessoas de fora que me dizem estar encantados com Tomar"!!!
Palavras para quê, é um artista nabantino!

O que dizer mais, quando um presidente de câmara responde a assuntos graves com argumentos deste calibre? O que dizer quando recorre sem pudor à mentira para justificar os seus propósitos, como ainda na última AM se provou?

Ainda assim, para ser totalmente franco, devo dizer que reconheço que CC tem uma vantagem em relação aos dois antecessores, acredito que goste de facto da nossa terra, e conhece-a bem (tanto bailarico também há-de servir para alguma coisa!).
E acredito que seja honesto no que diz respeito a não ter "benefícios" resultantes das funções que ocupa, que não sejam os legal e legitimamente devidos.
Mas francamente, isso é muito pouco! Ser honesto, boa pessoa e gostar da sua terra, é o mínimo que se exige a todos os que ocupam ou queiram ocupar lugares públicos.

Na minha opinião falta-lhe tudo o resto: desprendimento do poder e de tudo o que o envolve, visão estratégica, capacidade de diálogo e de entrosamento dos vários atores da comunidade, carisma, capacidade de liderança, afirmação pessoal e política, capacidade de se fazer ouvir e respeitar se não desde logo no concelho, seguramente em tudo o resto fora dele.
E sabe quem acompanha a evolução dos tempos, que o futuro imediato das governações locais vai decidir-se em grande parte fora e acima dos limites políticos de qualquer município.
Alguém acredita que CC seria capaz de fazer ouvir os interesses do concelho, desde logo no seio da Comunidade Intermunicipal, com o tudo o que novo por aí vem?

Enfim, a procissão ainda agora vai no adro, daqui até outubro ainda muita água levará o Nabão, só espero que não leve a memória dos tomarenses...

8.1.13

Que salários iremos ter em Janeiro de 2013?

Ninguém sabe, para já, qual o valor que irá constar no recibo de vencimentos de Janeiro: nem patrões, nem trabalhadores, e, basicamente tudo pode acontecer. A incerteza prende-se com o facto de a publicação em Diário da República do diploma que prevê o pagamento de metade dos subsídios em duodécimos, ou seja, distribuídos ao longo dos 12 salários, poder acontecer apenas perto do dia 20 do corrente mês.
   
Até lá o Presidente da República tem de promulgar o documento, o que deverá suceder até dia 15, e só depois o mesmo poderá ser publicado. Tendo em conta que é justamente em cima do dia 20 de cada mês que a maioria das empresas do sector privado processa os ordenados dos seus funcionários, poderão não estar aptas para incluir o novo regime em Janeiro.
 
Por outro lado, tudo indica que a sobretaxa de 3,5% de IRS começará a ser aplicada este mês. O que não é certo é que as novas tabelas de IRS venham a ser publicadas a tempo. Saliente-se que a diluição dos subsídios em 12 meses foi proposta para atenuar o impacto do aumento dos impostos. Assim, se o regime de duodécimos não entrar em vigor atempadamente em Janeiro, os trabalhadores poderão ver o seu salário emagrecer, caso a sobretaxa e as novas tabelas de retenção na fonte se verifiquem.
 
Mas pode dar-se o cenário inverso: os funcionários recebem já parte dos subsídios, no entanto, ainda não sentem os efeitos dos aumentos dos impostos. Ou então, ambos os diplomas são publicados e os trabalhadores recebem, aproximadamente, o que haviam auferido em Dezembro último. Se as entidades patronais não viabilizarem o pagamento diluído dos subsídios em Janeiro, no mês seguinte terão de pagar dois duodécimos.
 
Refira-se ainda que, entretanto, foram introduzidas alterações ao diploma que dita o faseamento dos subsídios, salvaguardando “os casos em que o contrato de trabalho ou a prática seguida na empresa preveja um regime de pagamento ou antecipação de pagamento, mais favorável, caso em que poderá o trabalhador optar pela continuação do mesmo regime”, esclarece o deputado do CDS-PP, Artur Rêgo, em declarações ao Jornal de Negócios. A título de exemplo, a Comissão de Trabalhadores da Autoeuropa já decidiu que não quer receber os subsídios diluídos nos ordenados. Em sentido contrário, os funcionários da Portugal Telecom terão optado por aderir ao novo regime, apurou o Jornal de Negócios. [http://www.noticiasaominuto.com/economia/34002/caos-instalado-nos-sal%c3%a1rios-de-janeiro]
 
*** *** ***
 
Entretanto, pelo que sabemos todos os salários na administração pública serão pagos usando as regras de Dezembro, sem qualquer alteração. Após a publicação das novas tabelas de retenção do IRS.
 
Estes mês a única grande alteração nos salários da função pública e também dos privados será que as Despesas de Representação, as horas extraordinárias, todo o tipo de abonos (por exemplo abono para falhas), descontarão já para IRS em Janeiro.

4.1.13

No novo ano vemos o dote do casamento da ANA

Uma crónica de Daniel Deusdado, no JN de 3/1/2013
http://www.jn.pt/Opiniao/default.aspx?content_id=2973435&opiniao=Daniel+Deusdado


Ah, sim, o discurso de Cavaco. Talvez, talvez, depende, "eu avisei". Sempre tarde. Adiante. Falemos de coisas concretas e consumadas: o casamento da ANA, uma historieta que tem tudo para sair muito cara. Passo a explicar: a ANA geria os aeroportos com lucros fabulosos para o seu pai, Estado, que, entretanto falido, leiloou a filha ao melhor pretendente. Um francês de apelido Vinci, especialista em autoestradas e mais recentemente em aeroportos, pediu a nossa ANA em casamento. E o Estado entregou-a pela melhor maquia (três mil milhões de euros), tornando lícita a exploração deste monopólio a partir de uma base fabulosa: 47% de margem de exploração (EBITDA).
O Governo rejubilou com o encaixe... Mas vejamos a coisa mais em pormenor. O grupo francês Vinci tem 37% da Lusoponte, uma PPP (parceria público-privada) constituída com a Mota-Engil e assente numa especialidade nacional: o monopólio (mais um) das travessias sobre o Tejo. Ora é por aqui que percebo por que consegue a Vinci pagar muito mais do que os concorrentes à ANA. As estimativas indicam que a mudança do aeroporto da Portela para Alcochete venha a gerar um tráfego de 50 mil veículos e camiões diários entre Lisboa e a nova cidade aeroportuária. É fazer as contas, como diria o outro...
Mas isto só será lucro quando houver um novo aeroporto. Sabemos que a construção de Alcochete depende da saturação da Portela. Para o fazer, a Vinci tem a faca e o queijo na mão. Para começar pode, por exemplo, abrir as portas à Ryanair. No dia em que isso acontecer, a low-cost irlandesa deixa de fazer do Porto a principal porta de entrada, gerando um desequilíbrio turístico ainda mais acentuado a favor da capital. A Ryanair não vai manter 37 destinos em direção ao Porto se puder aterrar também em Lisboa.
Portanto, num primeiro momento os franceses podem apostar em baixar as taxas para as low-cost e os incautos aplaudirão. Todavia, a prazo, gerarão a necessidade de um novo aeroporto através do aumento de passageiros. Quando isso acontecer, a Vinci (certamente com os seus amigos da Mota-Engil) monta um apetecível sindicato de construção (a sua especialidade) e financiamento (com bancos parceiros). A obra do século em Portugal. Bingo! O Estado português será certamente chamado a dar avais e a negociar com a União Europeia fundos estruturais para a nova cidade aeroportuária de Alcochete. Bingo! A Portela ficará livre para os interesses imobiliários ligados ao Bloco Central que sempre existiram para o local. Bingo!
Mas isto não fica por aqui porque não se pode mudar um aeroporto para 50 quilómetros de distância da capital sem se levar o comboio até lá. Portanto, é preciso fazer-se uma ponte ferroviária para ligar Alcochete ao centro de Lisboa. E já agora, com tanto trânsito, outra para carros (ou em alternativa uma ponte apenas, rodoferroviária). Surge portanto e finalmente a prevista ponte Chelas-Barreiro (por onde, já agora, pode passar também o futuro TGV Lisboa-Madrid). Bingo! E, já agora: quem detém o monopólio e know-how das travessias do Tejo? Exatamente, a Lusoponte (Mota-Engil e Vinci). Que concorrerá à nova obra. Mas, mesmo que não ganhe, diz o contrato com o Estado, terá de ser indemnizada pela perda de receitas na Vasco da Gama e 25 de Abril por força da existência de uma nova ponte. Bingo!
Um destes dias acordaremos, portanto, perante o facto consumado: o imperativo da construção do novo grande aeroporto de Lisboa, em Alcochete, a indispensável terceira travessia sobre o Tejo, e a concentração de fundos europeus e financiamento neste colossal investimento na capital. O resto do país nada tem a ver com isto porque a decisão não é política, é privada, é o mercado... E far-se-á. Sem marcha-atrás porque o contrato agora assinado já o previa e todos gostamos muito de receber três mil milhões pela ANA, certo? O casamento resultará nisto: se correr bem, os franceses e grupos envolvidos ganham. Correndo mal, pagamos nós. Se ainda estivermos em Portugal, claro.