24.9.12

As frentes populares e outros sintomas do caminho para o fascismo

Entrados na ressaca de mais um episódio, sem pinga de dignidade, em que um Governo de direita, faz que vai recuar, para assim legitimar mais um ataque geral e absurdo à esmagadora maioria da população, seja pelo aumento real de impostos diretos ou indiretos, seja pela redução dos salários, com a consequente destruição do Estado Social, somos brindados com os apelos para uma unidade de esquerda.


Também em França, na ressaca europeia da crise dos anos 30 do Sec.XX, esse País foi gerido por uma frente popular (socialistas, comunistas e anarquistas), até à definitiva invasão fascista e a consequente divisão do País em duas zonas: uma gerida diretamente por Berlim e outra com um Estado fantoche em Vichy.

Porque tenho cada vez mais a triste sensação que estamos em contagem decrescente... Ele é o apelo de "frente de esquerda", eles são so pseudo-congressos fantoches das "forças vivas da sociedade civil", ele é o combate feroz aos partidos, à política, à ética e aos pobres.

E, tudo isto enquanto uns poucos "amigalhaços do PPD" e de Belém fugiram com mais de 5.000 milhões€ do BPN e da Sociedade Lusa de Negócios, que dariam para pagar mais de dois anos de todos os subsídios de férias e de natal de toda a gente. E a esses "esquemas" ninguém deita a mão?

Pois...

E em relação a uma frente de esquerda muito haveria a escrever. Em todo o caso, reafirmo o que tenho escrito e dito, sempre que este tema volta à baila: ser de esquerda não se afirma, faz-se. Equidade, Justiça e proteção dos mais vulneráveis e não dos que mais gritam ou mais tem, isso é que é ser de esquerda. Tudo o mais, são conversas de café!


(Nota: a referência a "amigalhaços do PPD", nada tem de relação com a esmagadora maioria dos votantes e simpatizantes do PSD, os quais tais como eu e você, sofrem na pele este mesmo roubo, escondido e sem solução, desenvolvido por figuras proeminentes do PSD próximos do atual Presidente da República)