13.3.11

Novas medidas de redução da despesa publica para 2012-13

Sim eu sei, é impopular.
Sim eu sei, é muito mais fácil criticar o Governo por ter apresentado as suas propostas para aplicação em 2012-13, especialmente porque se propõe a chamar os aposentados a comparticipar no esforço solidário de redução do deficit publico.
Sim eu sei, que um político local ganha mais em dizer o que seria popular, do que aquilo em que acredita.

Pois! Mas isso, e acho que já o demonstrei vezes sem conta, ao longo dos meus 28 anos de actividade política, desde os meus 16 anos portanto, dizia, é peditório para o qual nunca dei, nem faço intenção de dar.

O Governo, por muito que nos custe a aceitar tem absoluta razão.
Faz algum sentido que uma pessoa que se aposente hoje pela caixa Geral de Aposentações (funcionários públicos), acima de um valor próximo dos 2500€ fique a ganhar mais de reforma do que ganhava no activo? E mais: que estando os activos a dar o seu contributo solidário para a redução das despesa publica, com reduções de salários entre 3,5% e 10%, acima dos 1500€, os mesmos aposentados não o façam?

E pensem ainda noutro facto: todo o tempo contado até 31/12/2006, conta para efeitos de atribuição de aposentação pelo ultimo vencimento, independentemente do que se andou a descontar durante os anos. Ou seja, na pratica quem ainda se reformar hoje na administração publica, está a obter aposentações de valores sobre os quais nunca contribuiu.

De onde vem o dinheiro?
Dos activos e do Orçamento de estado - mais de 300 milhões de euros e a aumentar todos os anos, uma vez que desde 2006 que não há novas entradas para o sistema.

Isto é sustentável? Isto é justo?
Não!

Todos nós que estamos no activo no publico, no privado e muito especialmente os milhares da
"geração à rasca", sem acesso ao emprego publico que estes afortunados tiveram (os pais e avós dos milhares de jovens e jovens-adultos excluídos), sabemos bem que isto é insustentável e também estes cidadãos têm de dar o seu contributo, neste momento especial.

Ou alguém quer começar a cortar nas reformas mais baixas ou nos ordenados mais baixos?
Não! Isso não era de socialista. Quem inquiete fazer que o diga e não se esconda...

E hoje, que TODOS sabemos que "A luta é uma Festa", façamos da justiça, da solidariedade e da honra, princípios a ter em conta neste grave momento que o Pais vive!

Portugal é de TODOS e todos os que podem devem contribuir!