Desactivado que foi o Plano Municipal de Emergencia, ontem pelas 13H00, julgo de interesse ir fazendo algumas notas, naturalmente breves sobre este acontecimento anómalo e extraordinário, com interesse de que natualmente se reveste escrito por quem esteve na primeira linha.
A ordem é aleatória e adquire a forma de comentário(s), na linha da escrita net.
Primeiro:
Na primeira noite foram realojados pela autarquia 7 cidadãos, entre as dezenas de contactados pelo sistema de protecção civil (PSP, GNR, INEM, bombeiros, segurança social), no final mantinham-se três realojados, aguardando a conclusão da criação de condições de habitabilidade nas suas habitações (duas).
Na primeira noite encontravam-se à disposição do sistema de Proteccao civil, no âmbito do Plano de Emergencia activado alojamentos em duas residenciais na cidade e a disponibilidade do quartel do regimento de infantaria, que não foi necessário utilizar.
Segundo:
O teatro de operações foi dividido em quatro sectores, os quais foram sequencialmente percorridos pelos meios, com o objectivo de pouco a pouco repor as condições de regularização da vida das pessoas, com prioridade para a salvaguarda primeiro das pessoas, depois dos bens, provendo à cobertura de Emergencia das habitações de família.
Terceiro:
O presidente de Camara e o vereador como primeiros responsáveis do sistema, articularam desde a primeira hora a acção de Emergencia com os demais autarcas das juntas de freguesia, procurando que através do comandante operacional Municipal pudesse haver uma intervenção consistente e sistémica nos quatro teatros de operações, resolvendo os casos mais emergentes.
Quarto:
A activação do banco de voluntariado, o levantamento casa a casa dos prejuízos e a manutenção de três postos de atendimento social (na praça da republica, serviço local da seg.social e centro de dia da venda nova), criou condições para que esta fase em que nos encontramos agora (de reconstrução) tenha pleno sucesso.
Quinto:
Os responsáveis acompanharam in-loco ou em posto de comando, as principais operações de Emergencia, entretanto decididas e executadas nos primeiros dias.
Por ultimo:
A Proteccao civil é um sistema integrado e colaborativo entre diversas entidades e não um "serviço". Envolve desde logo as juntas de freguesia, as ipss, a seg social, os serviços de saúde, as forcas de segurança, os bombeiros, os diferentes serviços municipais, como sejam os de obras e de limpeza, entre muitos outros que são activados tendo em conta as necessidades específicas da Emergencia.