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25.8.08

DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO PRECISA-SE!

Na "Agenda para o desenvolvimento do Concelho de Tomar" propunha o PS, na sua página 10/11:

De forma a garantir um desenvolvimento equilibrado do Concelho, a revisão do PDM contempla a criação de 3 NOVOS PARQUES EMPRESARIAIS:

- NORDESTE: Alviobeira / Pintado (Proximidade à Zona do Pinhal e nó do IC3/Variante a Ferreira do Zêzere
- SUL: Santa Cita/Asseiceira (Proximidade à A23/A1 e actual Zona Industrial)
- NOROESTE: Vale do Ovos (Proximidade ao Pinhal Litoral e nó do IC9/Estação Fátima)


Promover a criação de condições para o Desenvolvimento Económico, criando:

A Fundação para o Desenvolvimento Económico, Social e Ambiental e Ninhos de Empresas, de forma a optimizar a captação de investimento para o Concelho, criando bolsas de ideias de negócios, por exemplo.

O Sistema de apoio ao Investidor, de forma a desburocratizar e acelerar os procedimentos de criação, instalação e licenciamento das empresas, provendo informação em tempo real (online) do estado do processo de licenciamento municipal.

- A rede de EMBAIXADAS DE TOMAR, utilizando as Associações de Tomarenses, espalhadas pelo Mundo, como embaixadas permanentes da promoção económica do Concelho, onde a Casa do Concelho de Tomar em Lisboa, toma um lugar de destaque.

24.8.08

TOMAR ESTÁ DOENTE

Uma das vantagens do mundo actual é a rápida transmissão de informação. Hoje em dia temos quase tudo on-line (em linha informática), ou seja, exactamente à distância de um clique do rato do nosso computador. O acesso à informação deixou de estar apenas nas mãos de uns quantos esclarecidos, para chegar a todos a todo o tempo, assim se democratizando rapidamente.

Neste novo paradigma informativo, difícil é perceber como alguns pretendem que pensemos que o mundo era como há vinte ou trinta anos, onde ainda era possível esconder ou fazer esquecer os dislates, as incongruências de actuação, o favor ou o jeito colocado de forma amiga na mão que dá de comer...

Este novo tempo é mais justo, é mais perfeito e exige uma cidadania mais activa e forte. Menos tolerante perante a ignorância ou perante o dogmatismo sempre alimentado pelo compadrio de valores e acções.

Tenho a felicidade de pertencer a uma geração totalmente educada já depois do 25 de Abril, onde se leu os “Esteiros” de Soeiro, onde se deu valor ao “pensar pela própria cabeça” e onde ao seguidismo de algumas gerações anteriores perante os fortes e poderosos, o medo às “grandes famílias” das terras pequenas ou os hábitos pequeno-burgueses de uma sociedade ainda muito “Ai Senhor das Furnas, que escuro vai dentro de nós”, por exemplo, não fazem já parte da nossa vivência.

Pertencer a uma geração que tem “mundo na cabeça” é de facto um orgulho que não enjeito e em todas as missões onde me tenho empenhado quer sejam de cariz local, regional, nacional ou europeu, tenho procurado actuar com a probidade e ensinamentos que em cada uma delas vou colhendo. O gosto pelo ler e ouvir as opiniões dos outros, muito especialmente daqueles com os quais estou normalmente em desacordo, muitas vezes me tem ajudado a mudar a minha opinião e com isso a tomar decisões mais audazes, acertivas e justas. Quem comigo teve oportunidade de trabalhar nos últimos anos, na difícil gestão política do PS em Tomar, sabe que assim é.

Uma das verdades que aprendi da vida, nestes 41 anos de que me orgulho, é que nem sempre temos razão. Outra que aprendi é que quando o temos não nos devemos calar, sob pena de se poder achar que somos frouxos, medrosos ou medíocres.

Vem isto a propósito de um escrito que guardei, ao qual não terei dado eventualmente o devido valor, mas que revela da visão e leitura política que ao tempo (1995) se fazia daquilo que era a gestão do então Presidente de Câmara eleito pelo PS. Quem o escreve é o actual Vereador Carlos Carrão, eleito pelo PSD e seu mais que provável candidato às eleições de 2009. Deverá ser dado o devido desconto pelo facto deste Vereador ser um adversário político, mas os factos relatados e estado de espírito da época, ajudam-nos a relembrar que esse caminho nunca mais deverá ser trilhado, a bem da nossa sanidade e orgulho como Tomarenses.

Escrevia então Carlos Carrão, no Jornal “O Cidade de Tomar”, do dia 6 de Outubro de 1995, na sua Página 5, sob o título TOMAR ESTÁ DOENTE, com selecção, itálicos e destaque da minha responsabilidade:

“(...)Na realidade, não tenho conhecimento de, na nossa história municipal, antes ou depois do 25 de Abril, terem existido cenas tão tristes (com denúncias, ameaças e chantagens à mistura), na mais importante instituição municipal nabantina, o edifício dos Paços do Concelho. (...)

Discussões como a verificada entre o Presidente da Câmara [Pedro Marques] e um munícipe (construtor civil) em que se utilizaram expressões como:
“o sr. Não perdoa nada, eu também não lhe posso perdoar nada a si, pá...”,
“tenho de lhe dar todas e se eu descarrego a manga, então o sr. presidente é que vai desta... eu tenho o saco cheio...”,
“demita-se sr. presidente, o sr. não está a fazer nada na Câmara... o senhor só quer encher o seu saco e está-se marimbando para os outros...”,
“o sr. não ajuda nada a população, só causa problemas, o sr. é maldoso... por qualquer coisa, o sr. é ruim... entrou para a Câmara e pensa que é dono da Câmara, mas isto não é seu...”,
“pode chamar à vontade a autoridade, sabe bem que, quando eu for preso, o sr. vai primeiro do que eu...”,
“se fosse uma compra feita pelo sr. era tudo fácil...”,
“o sr. pode quando é para os seus amigos”...
quando é para encher o saco, o sr. resolve... eu tenho prova disso e vou mostrar-lhe em breve...” (...), são “diálogos” que travados na sala de reuniões do executivo camarário, envergonham qualquer tomarense...

Tomar está doente! É uma epidemia provocada por parasitas para os quais ainda não foi encontrado o antídoto eficaz. Entretanto a nossa imagem externa está cada vez mais degradada. Tomar que tem as condições para ser o Concelho mais importante da região, vê-se, desta forma, vítima de “chacota”, por parte dos vizinhos. Algo tem de ser feito para inverter este caminho, sob pena de, perante a nossa indiferença, o descrédito se instalar... (...)”


Em política, como na vida direi mesmo, a memória é importante. Cometer o mesmo erro várias vezes ou é sintoma de ignorância ou de masoquismo. Penso que quer por uma razão, quer pela outra, esquecer o que foram os anos de Pedro Marques como Presidente de Câmara em Tomar seria para todos um erro colossal e de consequências imprevisíveis!


Post Scriptum
Nota de vão de escada: Contaram-me arautos que pileca estranha e abatida democraticamente em contenda interna antiga, zurziu um qualquer vómito em defesa de seu dono. Como só ofende quem pode e não quem quer e ao vómito se não responde, apenas se limpa, aconselho vivamente o uso de restaurador Olex p'rá careca da dita!

16.8.08

O que propunha o PS para o Mercado Municipal?



É hora de relembrar, algumas das propostas que o PS assumiu defender e constantes na "Agenda para o desenvolvimento do Concelho de Tomar", aprovada em Julho de 2005, depois de mais de um ano de trabalho.





Num momento em que o debate política vai a caminho de atingir elevados decibéis, convém recentrar a discussão naquilo que é essencial: as propostas, a consistência, as alternativas e a capacidade de com seriedade, as implementar.



A vantagem do PS é ser uma entidade política com história, rosto, número de contribuinte, morada e declaração de princípios e não um qualquer agregado momentâneo para um interesse específico.

Faz portanto todo o sentido aqui se relembrar uma das passagens da "Agenda do PS":





DESENVOLVIEMNTO ECONÓMICO





(...)


A Proposta do Partido Socialista para a ocupação do espaço do Mercado Municipal. contempla a efectivação de uma verdadeira MONTRA REGIONAL, articulando os Mercados da seguinte forma:





a) Manter o mercado dos frescos no espaço actual, com melhoramentos que permitam a instalação de venda de produtos tradicionais;





b) Transferir a venda de outros produtos, na área urbana da cidade, garantindo a ligação dos dois mercados eventualmente através de transportes públicos;





c) Transferir o mercado abastecedor para um dos parques empresariais do Concelho.





(...)



in "Agenda para o Desenvolvimento do Concelho de Tomar", PS Tomar - Julho 2005, Pg.9

14.8.08

Tomar está há 15 anos à deriva - Parte II

O meu anterior post, sobre a deriva que leva Tomar, nestes últimos quinze anos de gestão PSD e de Pedro Marques, mereceu da parte deste último uma resposta pública, inserida na edição de hoje do Jornal “O Templário”, onde me ameaça com queixa judicial por difamação, o que obviamente merece o meu comentário.

Teimosamente o Vereador Pedro Marques insiste em não querer ver os seguintes factos, de matiz essencialmente política, em apreço:

1º Foi durante a sua vigência de Presidente de Câmara, com incidência directa no seu segundo mandato, que “Tomar esteve na boca do mundo como antro de oportunismo e favor fácil”, como escrevi;

2º “O facto de ter sido o único Presidente eleito sobre o qual recaíram suspeitas de favorecimento de interesses particulares, as quais nunca foram provadas”, foi razão próxima à tomada de decisão da Comissão Política do PS de Tomar, em 1996, por unanimidade, da sua não recandidatura a Presidente de Câmara nas eleições 1997;

Ao pretender voltar a ser candidato em 2005 pelo PS, não teve o mesmo ninguém a propô-lo, de entre os 30 elementos com direito a voto na Comissão Política Concelhia do PS, pelo que obviamente nem foi considerado como candidato.
De recordar que um dos actuais Deputados Municipais dos IpT era na altura membro da Comissão Política, só o tendo deixar de ser por não gostar do lugar onde havia sido colocado na lista, participou nas reuniões para decisão do candidato e nem esse membro o propôs para Presidente;

Teimosamente o Vereador continua a ter uma dificuldade imensa em lidar com opinião contrária, diferente, com estratégia diversa, forma alternativa de ver a condução da vida pública autárquica e o desenvolvimento do Concelho. Já era assim durante o seu segundo mandato, nos anos 90, mantendo-se ainda assim hoje. Ou seja, além de obstinado não aprende com o tempo: feitios!

Teimosamente acha que o difamei por o considerar “um cadáver político” e “um furúnculo do sistema político”. Pois que se saiba que é essa a minha opinião: Pedro Marques e a sua forma de gestão, possíveis nos anos 90, nada têm a haver com as necessidades de um Concelho como o de Tomar no Sec.XXI, por isso é um "cadáver político", convencido que a água passa duas vezes por baixo da mesma ponte, o que como todos sabemos não acontece. É um "furúnculo" pelo simples facto de a manter-se no sistema é mais um dos factores de atraso e retrocesso do Concelho - um verdadeiro custo de contexto, certo de que o ficar na mesma significa, nos tempos que correm, andar para trás. Esta é a minha opinião, há qual tenho todo o direito e sobre a qual não retiro uma vírgula!

Teimosamente entende que o recordar que foi “o único Presidente eleito sobre o qual recaíram suspeitas de favorecimento de interesses particulares, as quais nunca foram provadas”, como escrevi no meu anterior post, é também difamação. Pois de facto, como diz o povo, “só enfia a carapuça quem quer”.

Se “não foram provadas”, porque se preocupa hoje com isso, como fez questão de lembrar em plena Assembleia Municipal de 27 de Junho deste ano, quando o que estava em discussão era uma decisão sobre uma operação urbanística (UOPG4), no seu tempo começada e que já havia dado lugar a um frontal protesto por parte do Vereador do PS, na reunião de Câmara de 22 de Abril de 2008?

O chamar à atenção desse facto, no meu post de 28 de Julho, foi no sentido de relembrar, na minha opinião, o porquê da decisão do PS em 1996. Decisão essa que continuo a considerar hoje bem tomada, como os factos posteriores vieram a demonstrar pois nunca mais Tomar voltou “a estar na boca do mundo como antro de oportunismo e favor fácil”.
Embora que as maiorias PSD que se lhe seguiram na Câmara Municipal, tomaram algumas opções tremendamente erradas que recordo só a título de exemplo, o contrato de concessão do estacionamento tarifado de Tomar (1000 lugares à superfície da Cidade durante 20 anos em troca da polémica construção do parque por detrás da Câmara), feito com a ParqT, que poderá levar a um pagamento por parte da Câmara de mais de dez milhões de euros de indemnização.

Teimosamente o Vereador continua a não querer perceber que todas estas verdades são públicas, testemunhadas por dezenas de pessoas, autarcas e cidadãos, ouvintes das rádios locais, articulistas e leitores dos Jornais locais da época.

Acha-se difamado? Está no seu direito! Mas que não retiro uma única palavra ao que escrevi, isso garanto que não retiro. É a minha opinião de análise política, perante factos da vida pública Tomarense que vivi, testemunhei e onde fui interventor. Recordo que ao tempo era também membro da Comissão Política Concelhia do PS como hoje e Deputado Municipal, também como hoje.

É minha firme convicção que a liberdade de expressão e a livre circulação de informação, incluindo o debate livre e aberto de assuntos de interesse público, são numa sociedade democrática de importância crucial para o desenvolvimento colectivo e realização do homem enquanto ser social, bem como para o progresso e bem estar gerais da sociedade no pleno gozo, por todos, dos direitos e deveres relativos às liberdades fundamentais.

Combato a injustiça desde os 11 anos de idade, pelo que dificilmente hoje, trinta anos passados, poderá o Vereador Pedro Marques colocar uma mordaça na minha livre opinião sobre, nomeadamente, a sua actuação política como homem público que é e como Presidente de Câmara que foi. Tenho esse direito e movo-me perante um outro paradigma de gestão pública, de ética republicana de serviço público, de Homem Livre e à luz dos interesses colectivos da modernidade do Sec.XXI e não do século passado.

Para conseguir amordaçar-me, nem cem processos em Tribunal o conseguiriam! Já outros no passado o tentaram, por outros meios, sem qualquer sucesso. Portanto desengane-se ao ir por aí!

E já agora deveria o Vereador aprender que os fantasmas que o perseguem desde os anos 90, conforme tive oportunidade de escrever no post “Os três equívocos da assembleia municipal”, não é em tribunal que eles se tratam, mas sim noutro local.

De facto os eleitores de Tomar conhecem-no bem, isso é certo.
Não se esquecem do que se passou no seu tempo de Presidente de Câmara, o que também é verdade.
A mim ainda não conhecem, mas se os acasos da vida pública alguma vez me levassem à função que o Vereador ocupou em tempos à frente dos destinos da Câmara de Tomar, esperaria ter aprendido com ele, a bem do interesse público, o que não fazer.

10.8.08

Uma análise do e-escolinha

Esta é uma opinião polémica e negativa para o Programa do Governo, mas de qualquer forma não é descabido analisar.


http://www.sintravox.com/Nacional/178.html

4.8.08

Porque não?

"Criador de anarquias sempre me pareceu o papel digno de um intelectual - dado que a inteligência desintegra e a análise estiola."

Fernando Pessoa, em "O Eu Profundo"