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14.11.07
Várias formas de olhar os Templários, pelo mundo:
http://www.templiers.org/
http://www.templarios.org.br/
Na certeza de que esta não é uma Lista exaustiva e que ele releva para abordagens, desde as mais esotéricas às profundamente religiosas ou anti-religiosas, certo é de que a "Ordem" marca de forma plena o passado e muito provavelmente o futuro da nossa Cidade.
Desconhecer isso não é solução!
http://madrugada.no.sapo.pt/os_templarios.htm
http://www.esquilo.com/templarios_formacao_portugal.html
http://www.i-tomar.info/c_hist_temp.php
12.11.07
A BRIGADA DO REUMÁTICO
A dita cuja, que dá o mote a este artigo, ficou conhecida nos idos de 60, pelo facto de perante uma das últimas tentativas de “renovar” por dentro o regime fascista, ter ido a correr prestar a vassalagem devida ao regime estertor de então. Do cavado dos quartéis surgiram os mais prosaicos coronéis, generais, adjuntos de comando, decrépitos sargentos e até alguns capitães arvorados em majores, afim de dizer alto e bom som ao “generalíssimo” tamanqueiro de Sta.Comba, que podia dormir descansado que no que dependesse deles o regime continuaria por mais mil anos.
Foi o que se viu, conforme todos sabemos.
Disse-me voz amiga que pelos lados do Alto do Piolhinho circundou, que nas recentes eleições internas do PSD foi ver ilustres militantes, com as quotas em dia como convém nestas coisas, qual brigada do reumático, a colocar ordeira a casa onde uns quaisquer desordeiros, que já não obedecem ao Conde de Antanho, se auguraram no desplante de querer o poder da coisa.
Mais me disse tal arauto, que foi coisa nunca vista, que foi gente a “botar” com jeito e esmero na ranhura, a continuidade de Luis Vicente e Miguel Relvas na liderança do PSD local.
E tudo correu bem: a evolução na continuidade lá ficou selada, com uns claros 72% dos votos. Lá pode Carlos Carrão continuar a sonhar com a candidatura a Presidente de Câmara. Lá ficou António Paiva seguro que o céu não lhe cai para já em cima da cabeça, que como todos sabemos é o que mais teme o chefe da aldeia gaulesa de Asterix.
É o que se vai ver, como todos nós sabemos.
O processo da renovação nas sociedades e nos partidos é um processo imparável. Hoje Isabel Miliciano e Luis Graça, com o apoio e ajuda de António Jorge e Ivo Santos, entre outros, perderam. O amanhã alguém poderá prever?
Ao fim de 15 anos a democracia e a alternativa voltaram a um PSD que se vai definhado e que como todos sabemos já não tem a aura de outros tempos. Para o PS o que aconteceu parece ter sido o melhor: continuará o desgaste e a incapacidade cada vez mais gritante e óbvia de nos dar a todos alento, mas para o Concelho foi o pior! Piores Partidos, pior Democracia, logo menos desenvolvimento.
A brigada do reumático aí está para durar mais uns tempos, mas tal como aconteceu no e com o PS, não é para todo o sempre. Felizmente!
9.11.07
6.11.07
A MORTE DE JULIETA GANDRA NÃO FOI NOTÍCIA
Com a vénia devida a Adolfo Maia, companheiro de outras lutas (10/10/2007)
Não foi notícia, na comunicação social portuguesas a morte de Julieta Gandra, a médica portuguesa incriminada pela PIDE em 1959 e condenada no primeiro julgamento político do nacionalismo angolano moderno, o chamado «processo dos cinquenta» onde a par de muitas militantes angolanos figuravam alguns portugueses como António Veloso, Calazans Duarte e Julieta Gandra, que foram deportados para cadeias em Portugal, tendo os angolanos sido deportados para Cabo Verde, onde ficaram internados no campo de concentração do Tarrafal que assim reabria as suas portas em 1960, agora para outros presos políticos, os angolanos.
O falecimento de Julieta Gandra não foi notícia para jornais, rádios ou televisões de Portugal. Apenas a SIC passou em rodapé uma breve informação. Outras pessoas, alguma de bem menor envergadura que J.Gandra preencheram o obituário da comunicação social portuguesa.
Nos anos 50 do século XX, Julieta Gandra, ginecologista (especialidade raríssima na Luanda de então) atendia no seu consultório da Baixa as clientes da sociedade colonial, tirando daí os seus proventos, e, nos musseques, atendia em modesto consultório, a preço simbólico, as mulheres desses bairros suburbanos. Simultaneamente participava em actividades do Cine-Clube e da Sociedade Cultural de Angola realizando também actividade política em organização clandestina do nacionalismo angolano. Por isso foi presa pela polícia do regime salazarista, condenada a pesada pena de prisão, internada em cadeias de Portugal. Quer nos interrogatórios da PIDE, quer nas cadeias, portou-se com uma dignidade exemplar.
Em 1964 foi considerada a presa do ano pela Amnistia Internacional .
Esta breve resenha da vida cívica de Julieta Gandra cabia em qualquer jornal ou bloco informativo de rádio ou televisão mas os profissionais da comunicação social, sem brio nem remorsos, omitem uma curta e última referência a esta médica portuguesa que foi marco na luta pela liberdade da Mulher e dos Povos.
O falecimento de Julieta Gandra não foi notícia para jornais, rádios ou televisões de Portugal. Apenas a SIC passou em rodapé uma breve informação. Outras pessoas, alguma de bem menor envergadura que J.Gandra preencheram o obituário da comunicação social portuguesa.
Nos anos 50 do século XX, Julieta Gandra, ginecologista (especialidade raríssima na Luanda de então) atendia no seu consultório da Baixa as clientes da sociedade colonial, tirando daí os seus proventos, e, nos musseques, atendia em modesto consultório, a preço simbólico, as mulheres desses bairros suburbanos. Simultaneamente participava em actividades do Cine-Clube e da Sociedade Cultural de Angola realizando também actividade política em organização clandestina do nacionalismo angolano. Por isso foi presa pela polícia do regime salazarista, condenada a pesada pena de prisão, internada em cadeias de Portugal. Quer nos interrogatórios da PIDE, quer nas cadeias, portou-se com uma dignidade exemplar.
Em 1964 foi considerada a presa do ano pela Amnistia Internacional .
Esta breve resenha da vida cívica de Julieta Gandra cabia em qualquer jornal ou bloco informativo de rádio ou televisão mas os profissionais da comunicação social, sem brio nem remorsos, omitem uma curta e última referência a esta médica portuguesa que foi marco na luta pela liberdade da Mulher e dos Povos.