31.3.05

SINAIS DE ESPERANÇA...

A decisão de José Sócrates, ainda durante a campanha eleitoral, de reforçar a unidade do Distrito de Santarém, reconhecendo a sua identidade e especificidade no contexto da Região de Lisboa e Vale do Tejo, é uma das suas decisões mais importantes para as populações do Distrito de Santarém.

Importante, porque acaba com a separação entre o Médio Tejo, que seria integrado na Região Centro - com sede em Coimbra e a Lezíria do Tejo, que seria integrado na Região do Alentejo - com sede em Évora. A manutenção das duas sub-regiões na Região de Lisboa e Vale do Tejo, faz juz à história conjunta de cerca de meio milhão de portugueses que aqui habitam.

Sob o ponto de vista do desenvolvimento económico esta manutenção, aliado ao compromisso de encontrar uma estratégia nacional que compense o não acesso a muitos dos Fundos Comunitários, reforçará a competitividade desta área territorial, em comparação, por exemplo com a zona de Leiria, que integrada na Região Centro tem acesso a inúmeros fundos estruturais.

Neste contexto, há efectivos sinais de esperança, na destruição do modelo do ex-Secretário de Estado da Administração Local, Miguel Relvas, que fazendo tábua rasa de centanas de anos de história, pretendia destruir uma àrea territorial tão rica, porque diversa, tão complementar, porque única, onde as populações desenvolvem os seus fluxos e intercâmbios de forma homogénia e que provaram, no período 1996-2001, ser a Região do País que maior crescimento económico teve.

Voltar a apostar no Distrito é pois, não só uma atitude de inteligência, do nosso Primeiro Ministro, mas também uma forte "machadada" na provinviana atitude de dividir para reinar, de anteriores governantes.

9.3.05

O IND(TEL)IGENTE

Francisco Louça e os Patos

Contam, que certa vez ao chegar a casa, o Dr. F. Louça ouviu um barulho estranho vindo do seu quintal.

Chegando lá, constatou haver um ladrão tentando levar os seus patos decriação. Aproximou-se vagarosamente do indivíduo e, surpreendendo-o ao tentar pular o muro com os seus amados patos, gritou-lhe assim:

- Oh, bucéfalo anácroto! Não o interpelo pelo valor intrínseco dos bípedes palmípedes, mas sim pelo acto vil e sorrateiro de profanares o recôndito da minha habitação, levando meus ovíparos à sorrelfa e à socapa.

- Se fazes isso por necessidade, transijo; mas se é para zombares da minha elevada prosopopeia de cidadão digno e honrado, dar-te-ei com minha bengalafosfórica bem no alto da tua sinagoga, e o farei com tal ímpeto que tereduzirei à quinquagésima potência do que o vulgo denomina por nada.

E o ladrão, confuso, diz:- Doutor, eu levo ou deixo os patos?