12.2.05

"O MANIFESTO ANTI-POLVO"

(Versão comentada e anotada (de 17/2/2005) - Porque tenho não só o direito, como o dever de pensar alto o porquê de tudo o que à minha volta acontece.)

Nota adicional (de 22/2/2005): Todos os Documentos têm um tempo próprio - são datados-, pelo que qualquer retirada fora de tempo ou de contexto, apenas pode ser interpretada á luz de alguma má fé, que recorrentemente vai tentando "controlar" a revolução de mentalidades, que decidi fazer por aqui...


Nota adicional (de 17/4/2005): Parece que afinal tinha razão, ao escrever este manifesto anti-polvo. Os acontecimentos que se seguiram, nomeadamente a tentativa de um grupo organizado no seio do PS me tentar demitir, antes do PS decidir o seu candidato à Câmara. Foi interessante ver do mesmo lado da barricada, um conjunto diversificado de "interesses", nos quais o mais simpático era o interesse de me derrubar, sem eleições, para colocar outrém no meu lugar. Foi lindo de se ver! Se por acaso não tivesse publicado antes este manifesto, poderiam dizer que eu não tinha avisado, mas enfim, mais um vez tive razão antes do tempo. Errei apenas numa coisa: quando disse que pouco mais me faltava acontecer como Presidente do PS em Tomar. Efectivamente faltava acontecer esta tentativa de "golpe palaciano", claramente derrotado pela Democracia, após abandono da sala pelos promotores, que não tiveram coragem de ir a votos. Aliás, não só não tiveram coragem de votar a Moçao por eles proposta, como não tiveram coragem de propôr, durante mais de 6 meses qualquer candidato para o PS! Só cobardia!
Por tudo isso e por muito mais que se verá, obrigado Carlos Silva: a coragem que falta a outros têm-la tu. E isso faz de ti um Homem muito maior do que qualquer daqueles, que de passeata entre cafés e hordas de maldicência, constroem o seu futuro sobre o decrépito passado da sombra dos fantasmas dos seus corações ocos!


O MANIFESTO ANTI-POLVO (original e comentado)

Há já algum tempo, que não coloco por aqui qualquer observação pessoal, mais concretamente desde o último dia em que era possível terem aparecido candidatos às Primárias para Cabeça de Lista à Câmara, pelo PS.
[Método novo e responsabilizante, que estou certo que de futuro será adoptado pela generalidade das organizações políticas - devemos saber quem quer, em cada momento, fazer o quê!]

Já lá vão três meses e meio! Parece que foi ontem...
Infelizmente ninguém se apresentou, dando corpo ao desejo de efectivamente em Tomar, termos inovado na política e na sua seriedade.

O que tivemos depois disto, foi um "fartar de vilanagem":
[Expressão muito usada nos últimos tempos, adjectivando os oportunismos, daqueles que usam a causa pública, para servirem as "suas" causas privadas]

- "Pseudo-candidatos a tudo", orgulhosos dos seus títulos académicos, em campanha permanente contra o PS e contra os dirigentes que ajudaram a eleger.
[Aliás, nada de novo no "Reino da Dinamarca", pois tem sido essa a obsessão de um conjunto de gente que só tem andado pela vida política, para se "aproveitar". Veja-se o brilhante resultado para Tomar: deixou pura e simplesmente de contar para o "totobola" regional, deixou de ter empregos, deixou de ter sonho e ambição, deixou de ser a terra dos Templários! - Homens corajosos que, a seu tempo, eram a garantia do pensamento e acção estratégica para o desenvolvimento]

- "Caloteiros" de diversa espécie, que na tentativa de jogarem por fora, procuraram condicionar os legítimos dirigentes do PS nas suas escolhas e estratégias.
[Muitas vezes conhecidos por serem "os sempre em pé da política", gozando de "reformas douradas", contribuintes permanentes para a "inacção de café", coniventes com todos os desmandos das últimas décadas, incapazes de terem uma ideia mobilizadora para o futuro de Tomar, "vendilhões do Templo" para os quais o serviço público é o seu serviço individual, braços do Polvo que há anos "amordaça" Tomar e o futuro dos que cá vivem!]


- Ex-candidatos a tudo, criando "Plataformas" e outras entidades estranhas aos partidos [Base fulcral da Democracia representativa, que urge reformar, mas defender!],
rapidamente desautorizados pelas respectivas estruturas Distritais.
[que não andam propriamente a dormir... quem não respeita a Democracia, não deve sequer por ela ser respeitado... Há sempre um tempo para tudo: um tempo para campanhas internas, um tempo para desenvolvimento de projectos - colectivos, um tempo para adequar as ambições individuais ao "colectivo", um tempo para estudar, outro para reflectir e outro para agir. Aliás, dentro de um ano há novas eleições para, eventualmente, serem outros a "conduzir"!]


Tudo, de tudo tivemos... até um Vereador a fazer o serviço
[com base numa interpretação errónea]
que o Presidente da Câmara PSD não conseguiu fazer: justificar a incompetência na gestão do dossier "Queimadas"...
[Continuando a teimar em que o PS deveria ser complacente com a incompetência dos Serviços da Câmara, que obrigaram durante meses os munícipes a perder horas em processos borucráticos inócuos e despropositados. A minha convicção é a de que António Paiva - uma das cabeças da Hidra, fez de propósito, arrastando uma situação anedótica no sentido de prejudicar, deliberadamente, quer os responsáveis da Protecção Civil e Bombeiros, quer os Presidnetes de Junta de Freguesia. De qualquer forma, em lugar da Câmara contribuir para "ajudar" os cidadãos a resolverem os seus problemas, apenas desenvolveu uma acção (inacção) tendente a prejudicá-los]

Enfim!

Tenho dito aos meus mais próximos, nesta coisa da política, que pouco mais me resta para acontecer enquanto Presidente do PS de Tomar: num ano já tive de tudo!
[Entenda-se que sabia bem ao que vinha, sabia bem a dificuldade de mudar a forma de encarar o fenómeno político - colocando a ênfase nas políticas, nos caminhos a trilhar para o futuro, nas opções, no lugar que queremos ter na Região, na estratégia para lá chegar, no trabalho que é necessário fazer! Opções bem ao contrário da lógica de "fulanização da política", dos "treinadores de café", cujo suor se conta pelas vezes que levantam a "chávena" numa tarde...]

Desde "roubo" de facturas de hospedagem para o Congresso Nacional,
[já agora pagas por cada um dos dirigentes que lá se deslocou],
a dirigentes que se recusam a pagar os telemóveis do Partido que usaram para seu serviço particular,
[Quebrando claramente a confiança, que em princípio se deve ter por todos, mesmo por aqueles que não concordam conosco: Seriedade e solidariedade!],
a ex-candidatos que se recusam a pagar os mais de mil contos que há sete anos devem, em nome do PS, da sua campanha
[Não acham que é demais?]
,
a ex-candidatos a tudo que se recusam a admitir que talvez o Presidente do PS em Tomar tenha mais dados que eles, e depois se admirem de ter poucos votos para integrarem a lista de candidatos a deputados pelo Distrito, enfim... de Tudo!
[Mais uma vez, e apenas, a fulanização, o "olhar para o umbigo", a incapacidade de ver mais longe. Falta claramente visão e ambição, querer mais, solidariamente e sustentadamente!]

Acontece que para azar de toda essa gente, nomeadamente para azar de uma das "cabeças da hidra" (António Paiva), o Luis Ferreira está vivo, cada vez mais vivo politicamente e durante o resto da sua vida política, em Tomar, não mais se livrará dele!
[Se tive a coragem de começar, aos 11 anos, a defender os direitos dos meus colegas de turma (onde era delegado), organizando uma greve, lutando contra a "injustiça" de todas as turmas terem uma visita de estudo organizada à excepção da minha, não é agora aos 38, que me deixarei "controlar" pelos interesses e visões "pequeno-burguesas", daqueles que como Paiva e Relvas, vêm Tomar como uma "coutada" para o seu permanente "dislate mental" e interesse mesquinho.
Pergunto: Qual foi a questão essencial para Tomar que foi resolvida durante os últimos sete anos em que estes senhores mandam em Tomar? É ou não tempo de dizermos toda a verdade e não nos calarmos perante a injustiça?
]

Não é nada de pessoal, mas sim de atitude global perante a vida: sempre abominei pedantes, vaidosos e convencidos e sinceramente, acho que Tomar já teve a sua dose disso, com evidentes resultados negativos para o seu desenvolvimento.
[Onde estão os empregos? Onde está a resolução do problema do trânsito e do estacionamento? Onde está o investimento na fixação de pessoas? Onde está a Habitação social? Onde está o incentivo ao desenvolvimento da indústria e do comércio? Onde está a articulação com as entidades oficiais para o apoio aos mais pobres e necessitados? E o investimento nos mais idosos, valorizando o seu grande contributo de saberes para a sociedade? Onde está o recuperar do orgulho da nossa história? A ligação com o Património único que temos? O turismo como vector de desenvolvimento estratégico? Onde está o investimento nas tecnologias, como forma de servir melhor o cidadão: levando os serviços às pessoas e não obrigando as pessoas a ir aos serviços? Onde está o investimento na Cultura e no Desporto? E a habitação a preços justos e equilibrados? Onde? Onde? ]


Por isso, pela sanidade mental de um Concelho a vitória do PS em Outubro [Obviamente deste novo PS limpo da "tralha" do passado, da conivência com o "Polvo instalado"],
mais do que necessária é um acto de purificação: qual auto de fé.
[Sem dogmatismos, mas com a convicção (fé), de que sem muito mais esforço, é possível fazer muito melhor: ACREDITAR!]

Disse há alguns meses numa reunião de diversos dirigentes de esquerda em Tomar, que não olharia a meios para libertar Tomar do julgo do "desconfigurado mental" de António Paiva!
[Dizem até, que os "polvos" têm mais do que um cérebro. Estou certo, que em Tomar é mesmo o caso. Mas, se "desconfigurado" pode querer dizer fora da configuração - daquilo que entendo ser essencial para Tomar: Desenvolvimento social, económico e ambiental equilibrado, claramente o termo "mental" introduz aqui a interpretação de "fora da minha configuração mental da estratégia que Tomar deve seguir"]

Garanto-vos que é cada vez mais inquebrantável o meu desejo e a minha energia: podem até mandar mais uns "caloteirozitos e políticos queimados" contra mim, que até agradeço!
[Darão força à minha convicção, darão energia e força à minha luta: POR UM CONCELHO DE TOMAR, DO LADO CERTO DO DESENVOLVIMENTO, de rosto mais Humano, respeitador das valências das mulheres e homens, que na Câmara, nas Associações e na sua vida privada, controem - apesar do "dislate da hidra"- uma Tomar que, ainda, tem futuro!]

Podem até nem gostar do meu estilo, mas honestamente o que me interessa é a eficácia da revolução (de mentalidades) que decidi fazer: Em Fevereiro de 2006 os militantes do PS avaliarão se valeu ou não a pena! Até lá...
[Reafirmo: podem não gostar do meu estilo, mas acho que a médio prazo me darão razão. Termino citando, julgo que Zeca Afonso, quando dizia "Que quem tolera um injustiça uma vez na vida, tolera a injustiça como forma de vida." Eu por mim sempre optei por ser LIVRE: o Polvo que se cuide!]

Por Tomar, sempre...

PORQUE, TOMAR MERECE-NOS!